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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Até quando politicamente correto?

As mazelas de uma sociedade de apenas uma linha de pensamento válida.

Atualmente o Brasil vive a democracia de uma só corrente de opinião.
Toda e qualquer opinião contrária a essa tal opinião democrática é automaticamente rechaçada como fascismo, mesmo que não exista sequer uma linha fascista na opinião, ou posicionamento proferido.
Ah claramente hoje no estado não uma democracia de apenas um ponto de vista, mas na verdade o que existe é a ditadura de uma só interpretação, que se transveste em histeria e pânico quando confrontados com opiniões divergentes. 
Quem não assistiu, presenciou, ou ao menos ouviu falar nos gritos, berros, choros ao se questionar qualquer coisa que é tido como correto no atual senso comum?
A mulher grita: - Estuproooo!
A sociedade cobra o cárcere instantâneo.
O cidadão desavisado questiona se foi feita investigação e se está sendo respeitado o devido processo legal. Se não há talvez possibilidade de haver armação, por um jogo de interesses, quem sabe?
Pobre do cidadão...
Feministas em desespero e aos gritos: "machista", "a vítima nunca tem culpa", etc...
Se ousar questionar para que cotas raciais para acesso a pós-graduação, afinal o cidadão desavisado vai se sentir curioso com o fato de que o mesmo já se aproveitou da cota para entrar na faculdade e na faculdade se espera que o mesmo seja nivelado a todos os outros, então por que afinal cotas para entrar na pós-graduação também?
(...) ah, pobre desse nosso cidadão... Ele ainda não entendeu a nova regra que estamos vivenciando...
- RACISTA! GENOCIDA! Branco matador de escravos!
- Ei, calma, branco não! Eu me declarei pardo! - Dirá o pobre cidadão que ainda não captou a mensagem dessa massa democrática.
- Pardo? Seu fenótipo é branco!
- Mas eu me declarei pardo ao IBGE, meus pais são pardos também!
- Isso não vale nada, é auto declaração! Você só declarou pardo pelas cotas, quer roubar a minha cota! Você usa dessa política elitista onde a maior parte é branca para se proteger! Essa política não representa o Brasil pois o Brasil não é de maioria branca!
- Como você sabe que a maior parte do congresso é branco e que o Estado não é de maioria branca?
- Pelos dados do IBGE!
- Mas esses dados não valem nada quando é para mim? Mas são ponto alto de seu discurso quando é para você? Eu sou pardo para ser sua maioria, mas sou branco para entrar na universidade contigo? (http://g1.globo.com/são-paulo/noticia/2016/04/aprovados-por-cotas-podem-ter-que-comprovar-origem-rac...)
(...) Ei, ei, ei! Amigo cidadão, melhor deixar a discussão agora para trás; ou será caçado por um grupo insano do movimento dele e você vai apanhar, democraticamente claro... (provavelmente decidirão de forma democrática onde lhe aplicarão os socos mais fortes, vai saber).
The word 'racism' is like ketchup. It can be put on practically anything - and demanding evidence makes you a 'racist.' - Thomas Sowell
E nem ouse questionar porque dentro de sua faculdade federal os que se dizem oprimidos são os que nunca trabalharam e ficam o dia inteiro na faculdade sustentados pelos pais, vão de carro próprio para os estudos e viajam todo final do ano para o exterior, atualmente está na moda cuspir, vomitar, etc... Melhor deixar suas dúvidas para lá meu parceiro cidadão, até porque com esses questionamentos, nessa sociedade nem para cidadão você serve. (http://rodrigoconstantino.com/artigos/professor-de-filosofiaeintimidado-na-ufpe-por-militantes-de-... )
A linha de pensamento desses grupos é clara e apelando sempre para o emocional se afastando completamente do racional defendem primeiro que só existe uma verdade: a verdade deles. Que representam os oprimidos e as minorias e que o questionamento a essas ideias é antidemocrático e fascista, mesmo que não se encontre na linguística sentido algum nesse tipo de nomeação que estão lhe aplicando para o caso concreto.
Se tem um pouco de John Rawls e muito de Antônio Gramsci não se pode ter certeza, mas que eles conseguiram o que Karl Marx nunca conseguiu, não dá para negar (http://www.espacoacademico.com.br/083/83protasio.htm). Através da doutrinação cultural e do controle linguístico e didático, hoje é difícil sair da escola com o seu ponto de vista sobre as coisas, já que é uníssono que o estudante vai aprender apenas o lado obscuro da coisa e treinado a repelir qualquer ponto de vista diferente, o curioso é que esse modelo de doutrinação vem justamente de um modelo de pensamento da esquerda que se chama "teoria crítica".
Meu sonho é ver um bom grupo de adolescentes sair do ensino médio se perguntando: "'Pera' aí, se os comunistas lutavam pela redemocratização do Estado Brasileiro, porque eles foram treinados e financiados por países ditatoriais como Cuba e China?"
Ou simplesmente se perguntarem: ''por que meu livro de história prega que a Ditadura Militar foi a pior ditadura possível, se ela sequer retirou liberdades individuais em quase toda sua existência e ainda permitia eleições até para governadores e senadores?"
Tente ousar questionar os homicídios de LGBTTs para ver o resultado.
“Mas onde que garante que os homicídios sejam oriundos do crime de ódio? Os dados dos poucos estados que filtram isso fica bem claro que a maior parte dos crimes é passional”.
-Não existe crime passional! O amor não mata! Isso é criação dos homofóbicos e dos machistas!
Ou ainda: “Como assim as prisões são senzalas da idade moderna? Ok que a população negra é a mais pobre, mas existe negro rico e não há negro rico na cadeia, assim como existe branco pobre em menor número e há branco pobre na cadeia, não seria então uma questão social muito mais que racial? ”
- Não me venha com esse discurso racista! Só pararemos quando a prisão ficar mais branca e menos negra!
- E vai ter gente que vai dizer que esse texto não tem valor porque defende (?) a ditadura, e o autor será chamado provavelmente não só de machista (?) e racista (?) (fascista (!) também, claro), mas também e ainda de militarista e intervencionista.
Hoje isso tudo é impossível graças aos livros extremamente ideológicos que formam nossos filhos. As universidades públicas que cada vez mais deixam de ser cátedras do ensino e da pesquisa para se tornarem grandes centros doutrinadores e assim perdem cada vez mais o prestígio como centros de desenvolvimento de conhecimento que outrora orgulhosamente ostentavam.
Os grupos que representam os movimentos das tais minorias são carregados de preconceitos permitidos por essa ideologia de esquerda que nos enfiam desde os 8 anos de idade (senão antes).
Uma análise mais cuidadosa de qualquer um que tenha um olhar menos carregado por essas posições vai perceber claramente que no movimento negro a culpa de tudo é do Branco e ninguém levanta a bandeira do racismo e da cultura do ódio racial. Mas vai dizer o contrário para ver qual alcunha carregará até seus últimos dias nesse planeta.
O movimento feminista sobre de uma misandria patológica (http://www.unicamp.br/cemarx/ANAIS%20IV%20COLOQUIO/comunica%E7%F5es/GT4/gt4m3c6.PDF ehttps://we.riseup.net/radfem/a-nova-misandria-joanna-russ) e qualquer questionamento que faça, mesmo que seja no intuito de sugerir algo em prol do todo e muito provavelmente verá a maior histeria possível.
Essa cultura do politicamente correto, transformou até a gramática em 'uma mulher' machista. É 'X' e 'arroba' em todos os lugares, assassinando a pobre da gramática sem que sejam acusados pelo homicídio. Assim fica difícil, até gente que só escreve no feminino já está surgindo e vai fazer piada e só escrever no masculino para ver o que lhe acontece. (Http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/patrulha-gayzistaefeminazi-chega-ao-colegio-pedro-ii-...)
Não existe democracia de apenas uma opinião e é uma interpretação errada, entender que Jean Jacques Rousseau defende que a opinião da minoria é a opinião errada na disputa democrática ‘Rousseauniana’, muito embora Edmund Burke já o tenha desmentido além da conta (https://www.ukessays.com/essays/politics/contrasting-edmund-burke-and-jean-jacque-rousseau-politics-.... Além de que no Brasil atual muitas vezes não é a opinião da maioria numérica que se repete por aí, mas a opinião dos mais estridentes.
Dizem se preocupar com as liberdades individuais no que tange aborto e as drogas, mas esquecem da liberdade individual ao falar do porte de armas, dizem que são da paz, mesmo tendo feito do Brasil com essa cultura um dos países mais violentos do mundo e não se preocupando em explicar porque não lutam por um processo para obtenção de licença para dirigir mais eficaz, já que o trânsito mata muito mais que o porte de armas no mundo, mesmo em proporção.
Dizem ser contra a cultura do estupro, mas apoiam as festas funk nos morros do Rio de Janeiro, inclusive com financiamento público e querem a punição de todos os estupradores, mesmo os que não foram sequer investigados, desde que sejam maiores de idade, se menores o perdão está dado, após os 18 anos o sistema é inocentado e o estuprador pode levar toda a culpa, antes disso a culpa é sua, minha, nossa, MAS NUNCA do estuprador (http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/tres-menores-praticam-estupro-coletivo-feministaseesq....
São contra as piadas de mal gosto, qualquer piada que use negro é racismo, que use a mulher é machismo, mas se quiserem fazer piada de judeus, cristãos, carecas ou mesmo anões, aí 'ta' liberado.
Não desejam a igualdade, não querem colocar todos num mesmo patamar de possibilidades, mas querem sim inverter o eixo das coisas, como se um lado fosse melhor que o outro e querem punir quem quer deixar do jeito que está, ou quem prefere um caminho mais focado no indivíduo e menos em detalhes como o sexo que prática, o sexo que nasceu, ou a cor de pele.
Daqui uns dias sexo só com contrato reconhecido em cartório. Mas a verdade é que daqui uns dias...
Por que é benéfico carregar de preconceitos para com a verdade dos fatos em prol de se levar a vida toda uma verdade mentirosa? Porque assim se justifica uma ideologia implantada a mais de 50 anos no território nacional.
Essa cultura vai dividindo o País ao invés de nos tornar cada vez mais unidade.
Essa cultura não sucinta o discurso, já que ela não é pautada na razão, mas sim na emoção.
Não medem esforços para diminuir as opiniões divergentes, quem defende o porte de armas é chamado de bancada da bala (nessa hora, como já citado, a esquerda esquece a tal defesa das liberdades individuais), mas vai chamar a bancada que pede a liberação das drogas de ‘a bancada dos nóias’ para ver (...).
Finalmente, essa cultura não criou apenas o 'nós', mas sim o" 'nós' contra o 'eles' ".

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Idiota à brasileira

Ele fura fila. Ele estaciona atravessado. Acha que pertence a uma casta privilegiada. Anda de metrô - mas só no exterior. Conheça o PIB (Perfeito Idiota Brasileiro). E entenda como ele mantém puxado o freio de mão do nosso país

Ele não faz trabalhos domésticos. Não tem gosto nem respeito por trabalhos manuais. Se puder, atrapalha quem pega no pesado. Trata-se de uma tradição lusitana, ibérica, reproduzida aqui na colônia desde os tempos em que os negros carregavam em barris, nos ombros, a toilete dos seus proprietários, e eram chamados de "tigres" - porque os excrementos lhes caíam sobre as costas, formando listras.
O Perfeito Idiota Brasileiro, ou PIB, também não ajuda em casa. Influência da mamãe, que nunca deixou que ele participasse das tarefas - nem mesmo pôr ou tirar uma mesa, nem mesmo arrumar a própria cama. Ele atira suas coisas pela casa, no chão, em qualquer lugar, e as deixa lá, pelo caminho. Não é com ele. Ele foi criado irresponsável e inconsequente.
É o tipo de cara que pede um copo d'água deitado no sofá. E não faz nenhuma questão de mudar. O PIB é especialista em não fazer, em fazer de conta, em empurrar com a barriga, em se fazer de morto. Ele sabe que alguém fará por ele. Então ele se desenvolveu um sujeito preguiçoso. Folgado. Que se escora nos outros, não reconhece obrigações e adora levar vantagem. Esse é o seu esporte predileto - transformar quem o cerca em seus otários particulares.
O tempo do Perfeito Idiota Brasileiro vale mais que o das demais pessoas. É a mãe que fura a fila de carros no colégio dos filhos. É a moça que estaciona em vaga para deficientes no shopping. É o casal que atrasa uma hora para um jantar com amigos. As regras só valem para os outros. O PIB não aceita restrições. Para ele, só privilégios e prerrogativas. Um direito divino - porque ele é melhor que os outros. É um adepto do vale-tudo social, do cada um por si e do seja o que Deus quiser. Só tem olhos para o próprio umbigo e os únicos interesses válidos são os seus.
Idiota brasileira
O PIB é o parâmetro de tudo. Quanto mais alguém for diferente dele, mais errado esse alguém estará.
Ele tem preconceito contra pretos, pardos, pobres, nordestinos, baixos, gordos, gente do interior, gente que mora longe. E ele é sexista para caramba. Mesma lógica: quem não é da sua tribo, do seu quintal, é torto. E às vezes até quem é da tribo entra na moenda dos seus pré-julgamentos e da sua maledicência. A discriminação também é um jeito de você se tornar externo, e oposto, a um padrão que reconhece em si, mas de que não gosta. É quando o narigudo se insurge contra narizes grandes. O PIB adora isso.
O PIB anda de metrô. Em Paris. Ou em Manhattan. Até em Buenos Aires ele encara. Aqui, nem a pau. Melhor uma hora de trânsito e R$ 25 de estacionamento do que 15 minutos com a galera do vagão. É que o Perfeito Idiota tem um medo bizarro de parecer pobre. E o modo mais direto de não parecer pobre é evitar ambientes em que ele possa ser confundido com um despossuído qualquer. Daí a fobia do PIB por qualquer forma de transporte coletivo.
Outro modo de nunca parecer pobre é pagar caro. O PIB adora pagar caro. Faz questão. Não apenas porque, para ele, caro é sinônimo de bom. Mas, principalmente, porque caro é sinônimo de "cheguei lá" e "eu posso". O sujeito acha que reclamar dos preços, ou discuti-los, ou pechinchar, ou buscar ofertas, é coisa de pobre. E exibe marcas como penduricalhos numa árvore de natal. É assim que se mostra para os outros. Se pudesse, deixaria as etiquetas presas ao que veste e carrega. O PIB compra para se afirmar. Essa é a sua religião. E ele não se importa em ficar no vermelho - preocupação com ter as contas em dia, afinal, é coisa de pobre.
O PIB também é cleptomaníaco. Sua obsessão por ter, e sua mania de locupletação material, lhe fazem roubar roupão de hotel e garrafinha de bebida do avião e amostra grátis de perfume em loja de departamento. Ele pega qualquer produto que esteja sendo ofertado numa degustação no supermercado. Mesmo que não goste daquilo. O PIB gosta de pagar caro, mas ama uma boca-livre.
E o PIB detesta ler. Então este texto é inútil, já que dificilmente chegará às mãos de um Perfeito Idiota Brasileiro legítimo, certo? Errado. Qualquer um de nós corre o risco de se comportar assim. O Perfeito Idiota é muito mais um software do que um hardware, muito mais um sistema ético do que um determinado grupo de pessoas.
Um sistema ético que, infelizmente, virou a cara do Brasil. Ele está na atitude da magistrada que bloqueou, no bairro do Humaitá, no Rio, um trecho de calçada em frente à sua casa, para poder manobrar o carro. Ele está no uso descarado dos acostamentos nas estradas. E está, principalmente, na luz amarela do semáforo. No Brasil, ela é um sinal para avançar, que ainda dá tempo - enquanto no Japão, por exemplo, é um sinal para parar, que não dá mais tempo. Nada traduz melhor nossa sanha por avançar sobre o outro, sobre o espaço do outro, sobre o tempo do outro. Parar no amarelo significaria oferecer a sua contribuição individual em nome da coletividade. E isso o PIB prefere morrer antes de fazer.
Na verdade, basta um teste simples para identificar outras atitudes que definem o PIB: liste as coisas que você teria que fazer se saísse do Brasil hoje para morar em Berlim ou em Toronto ou em Sidney. Lavar a própria roupa, arrumar a própria casa. Usar o transporte público. Respeitar a faixa de pedestres, tanto a pé quanto atrás de um volante. Esperar a sua vez. Compreender que as leis são feitas para todos, inclusive para você. Aceitar que todos os cidadãos têm os mesmos direitos e os mesmo deveres - não há cidadãos de primeira classe e excluídos. Não oferecer mimos que possam ser confundidos com propina. Não manter um caixa dois que lhe permita burlar o fisco. Entender que a coisa pública é de todos - e não uma terra de ninguém à sua disposição para fincar o garfo. Ser honesto, ser justo, não atrasar mais do que gostaria que atrasassem com você. Se algum desses códigos sociais lhe parecer alienígena em algum momento, cuidado: você pode estar contaminado pelo vírus do PIB. Reaja, porque enquanto não erradicarmos esse mal nunca vamos ser uma sociedade para valer.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Banana para o racismo

A inesperada reação do jogador Daniel Alves diante de mais uma inescrupulosa ofensa racista no mundo futebolístico surpreendeu e repercutiu no mundo todo. Todo racismo constitui uma imbecilidade porque, desde logo, traz consigo um deplorável fundamentalismo, ancorado na suposição de uma superioridade individual sobre o seu semelhante. Nosso genial Lima Barreto (1881-1922), filho de escravos, escreveu: “A capacidade mental dos negros é discutida a priori e a dos brancos, a posteriori” (Contos Completos, Companhia das Letras, 2010, p. 602).
Só existe racismo porque algumas condutas irracionais contam com solidariedade grupal. Nada que um bom ensino de ética não possa mudar. Educação (disse o próprio Daniel Alves). O racismo nada mais é que uma manifestação de um preconceito, que é uma valoração desfavorável frente a alguma pessoa, que se caracteriza pela emocionalidade baseada em crenças, julgamentos ou generalizações sobre indivíduos ou grupos (veja Luís Mir, Guerra civil). Do preconceito se passa para a discriminação (ato que exterioriza um preconceito) e essa discriminação muitas vezes possui motivo racista.
O racista é um alienado porque ostensivamente discrimina outra pessoa, julgando-a gratuitamente uma inimiga, não por razões racionais, sim, em virtude de uma dinâmica social incivilizada. O racismo, tanto quanto o bullying, desapareceria da face da terra, se não tivesse o apoio social de setores da sociedade. O mais deplorável nele é o fato de o racista desumanizar a sua vítima, ou seja, julgá-la desumana ou sub-humana. Quando alguém é desumanizado por um indivíduo ou um grupo, a aberrante ofensa se torna absurdamente palatável no meio em que ele vive, ficando muitas vezes imune às repreensões morais, porque (consoante as convicções racistas) não se sancionam os ataques contra os inválidos, os inferiores, contra os desprezados, os discriminados.
Enquanto uma parcela das sociedades continuar aceitando a animalização ou desumanização dos semelhantes, não vamos nunca sair do grande meio-dia de Nietzsche, ou seja, não vamos nunca evoluir e aceitar que todas as populações saíram da África (e que a pelé branca não tem mais do que 10 ou 15 mil anos, que não são nada nesse transcurso do processo evolutivo darwiniano, que já conta com mais de 7 milhões de anos). Os discriminadores e xenófobos são, assim, bípedes ignorantes e incultos, que perambulam pela terra sem nenhuma noção do que é a ciência e a história. Sua estupidez somente não é maior que sua ignorância e sua irresponsabilidade intelectual e social. Uma banana, portanto, para o racismo e para os racistas!