Mentes que visitam

quarta-feira, 24 de abril de 2013

CULTURA ÚTIL!!

Em 2003, um deputado inglês chamado Chris Huhne foi pego por um radar dirigindo em alta velocidade. Pra não perder a carteira, pois na Inglaterra é feio uma autoridade infringir a Lei, a mulher dele, Vicky Price, assumiu a culpa.
O tempo passa, o deputado vira Ministro da Energia, o casamento acaba, a Vicky decide se vingar e conta a história pra imprensa.
Como é na Inglaterra, o tal do Chris Huhne é obrigado a se demitir primeiro do ministério e depois do Parlamento. ACABOU A HISTORIA?
NÃO.
Na Inglaterra é crime mentir para a Justiça e ontem a Justiça sentenciou o casal envolvido na fraude do radar em 8 meses de cadeia pra cada um. E vão ter de pagar multa de 120 mil libras, uns 350 mil reais.
Segredo de Justiça? Nem pensar, julgamento aberto ao público e à imprensa.
Segurança nacional? Nem pensar, infrator é infrator.
E o que disse o Primeiro Ministro David Cameron quando soube da condenação do seu ex-ministro: 'É uma conspiração da mídia conservadora para denegrir a imagem do meu governo.' Certo? Errado.
O que disse o Primeiro Ministro David Cameron acerca do seu ex-ministro foi o seguinte: 'É pra todo mundo ficar sabendo que ninguém, por mais alto e poderoso que seja, está fora do braço da Lei.'
Estes ingleses são um bando de botocudos. Só mesmo em paísinhos capitalistas um ministro perde o cargo por mentir para um guarda de trânsito. Porque aqui neste paraíso a Primeira Lei que um guarda de trânsito aprende é saber com quem está falando.


"Eduquemos as crianças, e não será necessário castigar os homens".
                    
                            P i t á g o r a s.
                      580AC-497AC,Grécia.

Filosofia Japonesa



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FILOSOFIA JAPONESA 


1 - Você sabia que as crianças japonesas limpam suas escolas todos os dias por 15 minutos junto com os professores, o que levou ao surgimento de uma geração de japoneses modestos e entusiasta na limpeza?


2 - Você sabia que qualquer cidadão japonês que tenha um cão, é obrigado a usar sacos de pano especial para apanhar dejetos do cão? O desejo de manter a limpeza e a higiene é parte da ética japonesa?


3 - Você sabia que o trabalhador de limpeza no Japão é chamado "engenheiro da saúde" e pode ter salários de USD 5000-8000 por mês ? Está sujeito a provas escritas e oral!


4 - Você sabia que o Japão não tem recursos naturais, e estão expostos a centenas de terremotos por ano, mas ele ainda conseguiu se tornar a segunda maior economia do mundo?


5 - Você sabia que Hiroshima retornou à sua economia vibrante depois da queda da bomba atômica em apenas 10 anos?


6 - Você sabia que o Japão impede o uso de telefones celulares em trens, restaurantes e decks?


7 - Você sabia que no Japão os alunos do primeiro ao sexto ano devem aprender a ética no trato com as pessoas?


8 - Você sabia que os japoneses, ainda que seja uma das pessoas mais ricas do mundo,  não têm empregados? Os pais são responsáveis pela  casa e os filhos?


9 - Você sabia que não há nenhuma avaliação (exame) do primeiro ao terceiro ano, porque o objetivo da educação é incutir os conceitos e desenvolvimento do caráter, e não apenas o exame e doutrina?


10 - Você sabia que, se você vai a um restaurante no sistema buffet no Japão, vai perceber que as pessoas só pedem o que vão comer e comem tudo o que pediram sem desperdício, e que nenhum alimento é desperdiçado?


11 - Você sabia que os trens bala são de alta velocidade e que o máximo de atraso no Japão é de cerca de 7 segundos por ano!
Eles apreciam o valor do tempo, que são muito pontuais para minutos e segundos?


12 - Você sabia que as crianças em idade escolar devem escovar os dentes e usar fio dental após as refeições na escola para aprender a manter a sua saúde desde cedo?


13 - Você sabia que os alunos terminam suas refeições em meia hora para garantir uma boa digestão? Estes alunos são o futuro do Japão.


Quem sabe um dia, a filosofia de vida dos brasileiros possa ser idêntica a dos japoneses....não custa sonhar !...

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O MARTÍRIO DA PORTA ARROMBADA


 “A justiça nada mais é do que um jogo, cujas regras são criadas pelos governantes e fundamentadas em seus próprios interesses.”
PLATÃO
Waldo Luís Viana*

         O governo brasileiro positivamente não é preventivo. Ele reflete a tendência cultural do povo, que gosta da última hora, do último dia na fila, como se a sua vida fosse constituída de uma esperteza completa. Não ter tempo pra nada, nem pra cumprir os próprios deveres – eis aí o típico da Nação, exemplarmente refletido por Nélson Rodrigues, nosso Shakespeare de direita: “o brasileiro é um feriado.”
         Ora, se somos um feriado e 90% da população deseja reduzir para 16 anos a maioridade penal, o que faz nosso pobre governo, sitiado pela completa falta de ideias, a não ser a de reeleição a qualquer preço?
         “Não” – diz ele. Como levar os menores tadinhos pro sistema penitenciário adulto, se ele é o descalabro que é? Esquece, no tíbio argumento,  de que, em dez anos de poder, a pelegada aparelhada nada fez pelo sistema. Ele continua degradado e é a cara de nossas autoridades, policiais e juízes, vale dizer, uma cloaca de corrupção, uma universidade de bandidagem sem igual.
         A nossa justiça é “ppp”, ou seja, só prende preto, pobre e prostituta, não necessariamente nessa ordem, e em discussões acadêmicas ou de deontologia jurídica, apressa-se a exibir a toga privilegiada, arguindo velhos argumentos dos anos 1940 para defender os “di menor”.
         Em países desenvolvidos, nem há limite de idade para crimes hediondos: delinquiu, matou barbaramente, vai pra cadeia, em qualquer idade. Aí vêm os juristas do PT argumentar que os menores podem votar pra presidente, mas não devem ser responsabilizados por crimes de sangue, porque não têm “a cabecinha formada”.
         Então, o que ocorre é que se forma, burocraticamente, um limite para a impunidade: eu sou “di menor” e posso matar qualquer um, bastando me apresentar à polícia com a mamãe a tiracolo (“coitado do meu filho, não teve oportunidades!”) e do outro lado uma família enlutada e destruída para quem o Estado acena com um adeusinho e um solene “vá a merda”...
         Esse quadro, renitente e percuciente, volta a toda hora, à espera de que um “di menor” mate um filho de autoridade: de ministro, governador ou general da cúpula. Mas qual! Eles vivem cercados de seguranças, “comme Il fault!”, e jamais serão atingidos. Seus fins de semana são abençoados por helicópteros, ilhas paradisíacas e surubas memoráveis sem o alcance da patuléia desagradável das periferias.
         Puxadinho, churrasco, baile funk e música caipira é coisa de pobre desvalido, cuja cangalha misturada sempre arbitra a violência dos baixos instintos, porque a gentalha não pensa, não articula pensamentos na língua-mãe, não conhece sentimentos de cor pastel e, portanto, quando se manifesta é para decidir o mundo através do sistema reptiliano do cérebro, à mercê dos instintos mais vis.
         Uma sociedade que não educa os próprios filhos, a reboque do bolsa-família e de outros artifícios eleitoreiros, infelizmente, senhores, não tem futuro. É um arremedo de sociedade, à procura de um destino. Nós, no Brasil, não temos projeto de civilização, a não ser o de servir a empreiteiras e políticos corruptos em busca de reeleição.
         Para esses, é fundamental remunerar bem os que punem os outros: juízes, políticos e governantes, enquanto a horda dos que nos vigiam, policiais, professores, médicos, enfermeiros, cientistas, jornalistas, escritores e outros, ganham muito mal e não há greve que dê jeito. Esse modelo salarial é invariável, porque a sociedade brasileira, não preventiva para os pobres, prevê o foro privilegiado para os políticos e/ou os muito ricos. São sempre eles que nos punem, mercê inclusive de nossos votos...
         A porta arrombada é o vaticínio de luz das quimeras jurídicas. Sempre uma lei pra tapar um buraco. Será que ela pega? Ou não pega? Vá explicar a um estrangeiro que temos uma pletora de leis que não pegam?
         E julgamentos que demoram um decênio com uma procissão de recursos? Já calcularam os honorários advocatícios e o preço dos recursos? Já imaginaram o desespero dos juízes, ganhando cerca de 30 mil reais, a julgar causas de 180 milhões capitaneadas por louros de olhos azuis? Como coça a consciência da natureza humana, não é? Que desespero, meu Deus...
         Confiar na justiça brasileira e nos governantes que gerem todas as portas arrombadas é um verdadeiro exercício patriótico de hipocrisia. O cidadão que fica reclamando nas filas de bancos ou por linhas telefônicas (com intermináveis musiquinhas) sabe muito bem que o seu destino é ser enganado pela molecagem superior.
         Na verdade, o brasileiro gosta e admira os ladrões e infelizmente – devo dizer, apesar dos muitos que não me pouparão – que nossa representação política é ainda melhor do que o povinho que a elege.
         O brasileiro é deseducado, safado, hipócrita e merece o que tem. Para nós, quanto mais ladrão, mais querido – uma lei inelutável da nossa cultura macunaímica e bandidesca.
         Enquanto for assim, não haverá saída, porque numa sociedade em que todos querem levar vantagem, quem escapa para cima recebe a aura do encanto e o perdão dos miseráveis.
         Quanto aos menores, aproveitados como mão-de-obra barata por traficantes e milicianos, nosso “futuro da Pátria”, como não têm eira nem beira, serão a massa do martírio, a nossa mais veemente porta arrombada, demonstrando na prática o quanto fracassamos como sociedade.
         E o futuro, com certeza, cobrará nossa responsabilidade, sem, contudo, evitar a procissão dos mortos que ainda hão de vir...
         Até quando, meu Deus???
____
Waldo Luís Viana é escritor, economista e poeta, consciente de que clama no deserto e sempre serve a causas inúteis...

Teresópolis, 13 de abril de 2013.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Direito à propriedade privada no Brasi

Folha de S. Paulo -16/03/13
 O MST e os genéricos estão sempre em ação

















DIREITO À PROPRIEDADE PRIVADA NO BRASIL JÁ CORRE SÉRIA AMEAÇA. PAÍS CAMINHA PARA UM REGIME COMUNISTA.

Em artigo intitulado "Milícias do Pensamento", a Senadora Kátia Abreu (PSD-TO) faz uma revelação aterradora, ou seja, que o PT e seus sequazes introduziram no texto do projeto do novo Código de Processo Civil, dispositivo que, a rigor, acabará com a propriedade privada no Brasil. A Senadora Kátia Abreu, no entanto, não revela quais são os parlamentares que defendem o fim da propriedade privada, fato que transformará o Brasil, a médio prazo, numa República Comunista. 
É de estranhar que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) silencie sobre mais esse atentado à democracia e à liberdade. Sem falar que caso isso seja aprovado terá impacto profundo no setor produtivo brasileiro, pois afugentará investidores determinando no futuro crises de escassez de alimentos, como vem ocorrendo na Venezuela corroída pelo regime comuno-chavista. 

Também a grande imprensa brasileira que cobre o Congresso silencia sobre esse absurdo. E o que é mais grave é o silêncio dos parlamentares dos partidos de oposição como o PSDB e o DEM, já que o PSD de Kátia Abreu não chove e não molha. Essa senadora tem sido das poucas vozes a se levantar contra o ataque do PT à democracia, embora seu partido continue mantendo uma posição ondulante em termos políticos e ideológicos.

Transcrevo na íntegra abaixo o artigo da senadora Kátia Abreu. Leiam pois é sumamente importante que todos saibam o que se passa nas sombras do Congresso dominado pelo PT e seus áulicos da base aliada onde se cava a cova para enterrar o cadáver da democracia brasileira.

Do ponto de vista jurídico esse projeto é inconstitucional. Digo e afirmo isso como advogado, pois além de jornalista sou advogado inscrito na OAB-SC. O direito de propriedade é consagrado na Constituição Brasileira e o artifício encontrado pelos comunistas do PT para incluir esse dispositivo no CPC constitui um flagrante atentado à ordem constitucional. Me admira muito é a profunda ignorância, a má fé ou a bajulação pura e simples, ou tudo isso junto, dos assessores jurídicos do Congresso Nacional. Leiam:

MILÍCIAS DO PENSAMENTO
O filósofo italiano Antonio Gramsci ensinava que o teatro de operações da revolução comunista não era o campo de batalha, mas o ambiente cultural, a trincheira do pensamento.

Enquanto Lênin pregava o ataque direto ao Estado, Gramsci sustentava que o novo homem, anunciado por Marx, emergiria não do terror revolucionário, mas da transformação das mentes.

Para tanto, impunha-se a infiltração e o domínio pelo partido dos meios de comunicação --jornais, cinema, teatro, editoras etc.-- e a quebra gradual dos valores cristãos (que ele preferia chamar de burgueses), por meio do que chamava de guerra psicológica.

Segundo ele, é preciso uma reforma intelectual e moral, que leve à superação do senso comum, para a construção de outro consenso monitorado pelo partido.

A relativização desses valores resultaria, numa primeira etapa, numa sociedade mais fraca, destituída de parâmetros morais, mais propícia a absorver os valores do socialismo.

Desnecessário dizer que essa revolução está em pleno curso no Brasil --e não é de hoje.

Entre os consensos construídos, está o de que o produtor rural é um usurpador social, que deve ser permanentemente molestado.

Disso resultou o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), organização sem personalidade jurídica (insuscetível de ser processada por seus atos criminosos), mas com existência concreta, munida de verbas do Estado por meio de ONGs e transgressora recorrente do direito de propriedade, cláusula pétrea constitucional.

Dentro da estratégia gramsciana, as milícias do pensamento valem-se de escaramuças, que consistem em lançar ao debate teses que sabem serão rejeitadas num primeiro momento.
Importa, porém, romper a aura de tabu e acostumar a sociedade a gradualmente absorver o que sempre rejeitou.

Exemplo disso foi o Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH), de 2009.

Trata-se de um conjunto de transgressões democráticas, propondo censura à imprensa, legalização das invasões de propriedades (tirando do Judiciário o poder de arbitragem e incluindo o invasor como instância de mediação), proibição do uso de símbolos religiosos em locais públicos, revisão do currículo das academias militares etc.

Agora, o PNDH-3 que a sociedade rejeitou volta como um fantasma na redação dada por alguns deputados ao artigo 159 do novo Código de Processo Civil.

Constam no texto, entre outras pérolas, que, "nos casos de litígio coletivo pela posse ou propriedade de imóvel urbano ou rural, antes do exame do requerimento de concessão da medida liminar, o juiz deverá designar audiência de justificação prévia de conciliação entre as partes e seus representantes legais".

Isso significa que, em vez da defesa natural da propriedade rural ou urbana, em caso de invasão, os invasores --com seus facões e foices, fazendo uso de cárcere privado de trabalhadores-- deveriam ser previamente ouvidos e defendidos. Os criminosos, preliminarmente, colocariam suas exigências. Imagine se a moda pega e a proposta é estendida a roubo e homicídio.

A aberração não para aí. Diz o parágrafo 2º que, "sempre que necessário à efetivação da tutela jurisdicional, o juiz deverá fazer-se presente na área do conflito".

Não basta, por exemplo, a polícia, que passaria, então, a ter um papel meramente secundário. O próprio juiz, nesses casos, deveria ser obrigado a deixar suas funções para comparecer pessoalmente para ouvir os invasores, os criminosos.
 
Mais adiante, no parágrafo 4º, outro absurdo: "O juiz requisitará aos órgãos da administração direta ou indireta da União, do Estado ou do Distrito Federal e do município informações fiscais, previdenciárias, ambientais, fundiárias e trabalhistas referentes ao imóvel".

Parece evidente, salvo para crédulos e radicais, que tal forma de mediação visa nada menos do que inviabilizar, tornar nulo o instituto da reintegração de posse. E, junto com a anulação, desapareceria o direito de propriedade, ferido de morte.

Gramsci, no inferno, deve estar celebrando.  


terça-feira, 2 de abril de 2013

Especialistas e Generalistas













Por Alan Schlup Sant’Anna

Isaac Newton, físico e matemático inglês (1643-1727), dominava boa parte da ciência desenvolvida até sua época e é considerado por muitos como o maior cientista de todos os tempos.
No entanto, se Newton vivesse hoje, e com todo respeito à sua genialidade, dificilmente ele conseguiria aprender uma milésima parte da ciência conhecida.

Uma das conseqüências do enorme volume e grande complexidade do conhecimento humano moderno, é que precisamos de especialistas. Diante da impossibilidade de dominar todo o conjunto do conhecimento temos que optar por uma parte dele e nos especializar.
Até aí tudo bem. A coisa, no entanto, se complica quando o especialista se concentra tanto naquele pequeno pedaço do Universo que perde a visão de conjunto.

Diz-se por aí que: “especialista é aquele que sabe cada vez mais sobre cada vez menos, até que fica sabendo praticamente tudo sobre praticamente nada”.
Especialista é o sujeito que examina o mundo com um microscópio e descobre muita coisa interessante, mas como ele olha muito de perto acaba produzindo uma interpretação muito estreita da realidade.

É neste momento que entra a famosa interdisciplinaridade. É preciso trabalhar em equipe e, sobretudo, saber interagir de modo eficaz com os membros da equipe. É preciso consultar outras pessoas que tenham especialidades, paradigmas e visões diferentes da nossa.

Muitas organizações já passaram pelo clássico drama da chamada promoção para a incompetência, ou seja, você promove um excelente especialista para um cargo em que as habilidades generalistas são absolutamente indispensáveis, e é claro perde o funcionário.

Vamos exemplificar:
Diante do afastamento do presidente de uma empresa, os sócios decidem oferecer a vaga ao diretor financeiro, o Sr. B. Ele fazia um trabalho excepcional nas finanças e já provara competência e dedicação.

Algo errado? Talvez.
Acontece que o Sr. B é muito mal preparado nas áreas de recursos humanos e marketing, por exemplo. Para completar a tragédia, ele tem desprezo por estas especialidades e as julga como questões de menor importância, recusando-se, portanto, a estudá-las e a valer-se, mesmo que temporariamente, da experiência dos especialistas destas áreas na organização.

O resultado é previsível.
Como a empresa não se faz apenas com uma boa administração financeira, as coisas começam a ir mal e antes que todo o barco afunde os sócios tem duas opções, que são, demiti-lo ou oferecer a ele o cargo anterior, o que via de regra ele não aceitará.
Saldo do erro: queda temporária nos resultados da empresa e a perda de um excelente diretor financeiro.

Posições de liderança devem ser ocupadas por generalistas, com uma ampla visão de conjunto e grande inteligência emocional, que lhes permita liderar eficazmente pessoas de especialidades muito diferentes.
É preciso esclarecer que as condições de especialista e generalista, não são, em hipótese alguma, mutuamente excludentes.

Alguém altamente especializado pode ter uma excelente visão de conjunto de uma atividade ou até, em termos mais amplos, do conhecimento e da experiência humanos.
Além de indispensável pré-requisito para a liderança, as habilidades generalistas são de grande valia, mesmo fora dos postos de comando. A visão de conjunto ou holística, permite àquele que a possui, perceber ameaças e oportunidades onde um especialista restrito nada vê.

Mas como construir uma visão ampla, holística, generalista?
O primeiro passo é desenvolver respeito por todas as áreas da atividade humana, da ciência à religião, passando pelas artes, esportes, negócios e até a política. Deve-se evitar preconceitos e valorizar todas as áreas de atividade do homem, evidentemente observando preceitos mínimos, como o respeito à vida e à liberdade responsável.

O segundo passo é desenvolver interesse por um amplo leque de conhecimentos e atividades. É preciso ser curioso, fazer perguntas, investigar, conhecer realidades diferentes daquelas a que estamos acostumados.
Livres de preconceitos, e munidos de legítimo interesse, o passo seguinte é interagir com as pessoas, ler, ler muito, e aproveitar as oportunidades de aprendizado que o Universo nos oferece. Tudo isto a nossa volta é uma enorme escola, para quem souber aproveitar.

Se você é médico cardiologista e, em uma viagem, sentou-se ao seu lado um comandante da marinha mercante, converse com ele sobre o seu trabalho, aprenda com ele, amplie sua visão de mundo, independente da “distante” relação que transporte naval possa ter com cardiologia.
Todos nós somos em maior ou menor grau, especialistas, mas temos que estar atentos para não fechar as portas de nossas mentes para outras realidades fora de nossa especialidade. Todos podemos ser, ao mesmo tempo, especialistas e generalistas.

Quero voltar a insistir na questão da leitura. Ler! Ler muito!
Não há substituto eficaz para a leitura e, em minha opinião, é muito difícil construir uma mente inteligente com pouca leitura. Portanto, leia!

Lembre-se, amigo leitor, o Mundo é uma grande escola e para o bom aluno ela tem muito a ensinar. Bom trabalho!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

SARAMAGO E A CEGUEIRA MENTAL



“O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, 

as pequenas covardias do cotidiano, tudo isto contribui para 

essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em 

estar no mundo e não ver o mundo, ou

só ver dele o que, em cada momento, 

for suscetível de servir os nossos interesses.” 


(José Saramago)