Mentes que visitam

sábado, 29 de setembro de 2012


CÂMARAS NA SALA DE AULA; ISSO É BOM?


REVISTA ISTO É N° Edição: 2238 | 29.Set.12 - 10:46

Iniciativa de escola paulistana causa polêmica e abre debate sobre as
 necessidades e as consequências da vigilância eletrônica 

Natália Martino e Tamara Menezes 





O ambiente está sendo filmado. As imagens são confidenciais e protegidas nos 
termos da lei.? Foi com essa informação impressa em pequenas placas que os alunos
 do terceiro ano do ensino médio do Colégio Rio Branco ? um dos mais conceituados
e tradicionais de São Paulo ? foram surpreendidos quando entraram na sala de aula 
na manhã da segunda-feira 24. Inconformados com a instalação de câmeras para 
vigiar as classes sem que para isso houvesse qualquer discussão anterior, e sob o 
discurso de que estariam com a privacidade tolhida, os estudantes, em protesto, 
ocuparam um dos principais pátios do colégio, dificultando a entrada dos demais 
alunos ? 107 deles foram suspensos por um dia. Na quarta-feira 26, a diretora do 
colégio, Esther Carvalho, admitiu que falhou ao não fazer um comunicado prévio 
sobre a instalação das câmeras e os motivos que levaram à sua decisão. 
Ela também explicou que a punição dada aos alunos não se deveu apenas ao 
protesto da segunda-feira, mas foi uma resposta da escola a recorrentes atos de 
indisciplina que o grupo vinha protagonizando nos últimos meses, desafiando a 
direção, questionando notas e métodos de avaliação sem usar os canais adequados
para isso. Justa ou não a punição, o certo é que, durante a semana passada, as 
câmeras instaladas dentro das salas de aula do Colégio Rio Branco viraram tema de
uma oportuna discussão sobre a necessidade e as consequências pedagógicas da 
vigilância eletrônica em salas de aula.


SURPRESA
Instalação de câmeras sem aviso-prévio
gerou protesto no Colégio Rio Branco (SP)

Câmeras na entrada, nas quadras e nos corredores de escolas particulares e 
públicas são comuns. A novidade, que não é uma exclusividade do Colégio Rio 
Branco, foi a instalação das câmeras na sala de aula, o que divide a opinião dos 
especialistas. 
Os que se manifestam favoráveis à vigilância alegam que a indisciplina dos jovens 
de hoje está tão fora do controle que qualquer ferramenta que ajude a policiá-los é 
válida. ?Estamos vivendo em uma selva?, diz Victor Notrica, presidente do 
Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Rio de Janeiro. ?É muito triste a 
pessoa ter que se sentir vigiada, mas com os problemas de segurança e de disciplina
 acaba sendo aceitável.? A presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, 
Quézia Bombonatto, concorda com a necessidade de impor mais limites aos jovens 
e acredita que a estratégia das câmeras não prejudica o aprendizado. ?Não podemos
 condenar uma medida que, em última instância, vai acabar inibindo práticas 
inadequadas, como o bullying?, avalia. ?Quanto ao professor, se o seu trabalho é 
adequado às propostas pedagógicas da escola, não há com que se preocupar. 
Pode ser até bom para evitar agressões contra o profissional, que são cada vez 
mais comuns?, afirma. 



No colégio Alfa CEM, no Rio de Janeiro, por exemplo, as câmeras estão presentes
na sala de aula e são usadas para vigiar o comportamento dos alunos. Segundo a 
diretora, Maria Carolina Alves, as imagens gravadas já foram usadas para provar a
alguns pais a participação de seus filhos em episódios de indisciplina. Em outro 
colégio carioca, o Pensi Ipanema, a diretora, Débora Goulart, atesta os bons 
resultados da medida adotada no ano passado. ?Inibe um pouco os alunos em 
relação à bagunça?, diz ela. ?As carteiras e as paredes das salas estão mais limpas 
e os adolescentes muito mais comportados?, relata a diretora.

Embora os resultados práticos da medida sejam positivos, a estratégia é 
questionável do ponto de vista da formação dos adolescentes. ?As normas precisam
ser interiorizadas para que a pessoa ganhe autonomia e não há como isso acontecer 
em um ambiente que condiciona o bom comportamento à vigilância?, diz Silvia 
Colello, professora de psicologia da educação na Faculdade de Educação da 
Universidade de São Paulo (USP). ?Os jovens precisam ser conscientizados sobre 
as regras de convivência, não coagidos a segui-las. Vamos ensiná-los a se comportar
só quando alguém estiver olhando??, pergunta.



De acordo com os especialistas ouvidos por ISTOÉ, as câmeras podem ser uma 
solução urgente e concreta para os graves problemas de indisciplina enfrentados 
pelas escolas atualmente, mas é necessário analisar a questão de forma mais ampla?
Não adianta só identificar o aluno que agrediu o colega. É preciso saber o que fazer 
com ele, como garantir que ele não repita o ato. A escola não é um presídio onde a 
regra é vigiar, ali a regra deve ser formar, ensinar?, diz Silvia, da USP. Para a 
educadora, a escola é um microcosmo da sociedade e os conflitos são inevitáveis. 
Por isso, as instâncias de mediação do colégio, que incluem professores, 
coordenadores e inspetores, têm de saber como lidar com isso. ?Vigiar as salas só 
vai fazer com que os alunos transfiram as práticas indesejadas para outros lugares, 
sejam os banheiros, seja a calçada em frente à escola?, diz. Segundo ela, a imposição 
de limites e o aprendizado das regras de convivência começam em casa. Mas, em 
alguns casos, o que se vê são pais que reconhecem sua incapacidade de exercer a 
autoridade e tentam transferir para a escola a função de controlar o filho.


BIG BROTHER
Colégio Alfa CEM, no Rio: a direção diz
que a disciplina melhorou com a vigilância

A questão também é polêmica do ponto de vista do professor. As câmeras são 
aliadas na hora de garantir a disciplina e podem até funcionar como ferramenta de
aprimoramento profissional. Com elas, o docente passa a ter a possibilidade de 
rever suas aulas e descobrir como melhorar. O equipamento de vigilância, porém, 
pode prejudicar a espontaneidade na relação com o aluno ou na utilização de 
métodos alternativos de ensino, como brincadeiras, por exemplo. ?Esse terceiro 
elemento no ambiente sempre vai causar apreensão e inibir discussões sobre 
assuntos polêmicos e necessários, como drogas e discriminação?, exemplifica 
Silvia Bárbara, diretora da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, 
há mais de três décadas no magistério. A autoridade do docente para administrar 
os conflitos dos seus alunos também fica em xeque, pois esse papel é transferido 
para um árbitro que vai decidir com base nas filmagens.



No Colégio Rio Branco, onde a polêmica se instalou, a direção da escola informa 
que o equipamento de vigilância em sala de aula é parte de um projeto iniciado há 
quatro anos. No total, a instituição conta agora com 112 câmeras. Elas foram 
instaladas primeiramente nas áreas comuns e depois nos laboratórios. Apesar de 
admitir que as imagens podem ocasionalmente ser usadas para a resolução de 
conflitos entre os alunos e entre eles com os professores, a diretora garante que 
esse uso será secundário. ?É para segurança patrimonial?, afirma a diretora Esther.
 Depois de o episódio ganhar notoriedade, a direção da escola se reuniu com pais e 
explicou os motivos que levaram o colégio a adotar a medida. Até o fim da semana, 
porém, os alunos seguiam insatisfeitos. ?Quando um adolescente diz que não é 
ouvido, é bom questionarmos se ele realmente não está sendo ouvido ou se apenas 
suas demandas não foram integralmente atendidas, apesar de terem sido avaliadas?,
diz a diretora. 

Fotos: Marcelo Justo/folhapress; reprodução

domingo, 16 de setembro de 2012

Uma belíssima aula de português!



Foi elaborado para acabar de vez com toda e qualquer dúvida se tem presidente ou presidenta. 

A presidenta foi estudanta?
Existe a palavra: PRESIDENTA?

Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto? 

Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná.

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. 
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... 
Qual é o particípio ativo do verbo ser? 
O particípio ativo do verbo ser é ente
Aquele que é: o ente. 
Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos 
anteente ou inte. 

Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE
e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.
Diz-se: capela ardente, 
e não capela "ardenta"; 
se diz estudante, 
e não "estudanta"; 
se diz adolescente, 
e não "adolescenta"; 
se diz paciente, 
e não "pacienta". 

Um bom exemplo do erro grosseiro seria: 

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".   

Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repassem essa informação..


Temores de Rousseau


Alberto Afonso Landa Camargo


Jean-Jacques Rousseau estabelece no seu "Contrato Social" três formas de governo: democracia, aristocracia e monarquia. 
Ele vê coisas boas e coisas más em todas elas, mas acaba se desiludindo com todas graças aos homens que as deturpam. Isto é uma dedução minha, talvez não a encontrem em autores que o analisam.

Segundo B. de Juvenel, em "O Poder", "Rousseau viu perfeitamente que os homens do Poder formam corpo, que esse corpo é habitado por uma vontade de corpo, e que visa apropriar-se da soberania".
E parece que Juvenel tem razão ao ver nele este desencanto, pois segundo analistas de sua obra, fascinado pelo que chama de "esforço contínuo" de qualquer governo a lutar contra a própria soberania, denuncia "o vício inerente e inevitável que, desde o nascimento do corpo político, tende infatigavelmente a destruí-lo, assim como a velhice e a morte acabam por destruir o corpo do homem".

Depois de tantas conjeturas e análises sobre o contrato, em que o povo entrega a administração do Estado para que o soberano o exerça conforme a vontade do povo, Rousseau diz magistralmente, conforme análise de Jean-Jaques Chevallier, que
 "...se queremos formar uma organização duradoura, não pensemos, pois, de maneira alguma em torná-la eterna. Pensemos tão somente em prolongá-la o mais possível, dando-lhe a constituição que se opõe ao perigo denunciado - anarquia ou tirania - os mais eficazes obstáculos. E, uma vez que o princípio da vida política está na autoridade soberana ou poder legislativo 'coração do Estado', é conservando a autoridade soberana que se conservará o Estado. Conservar a autoridade soberana, porém, é, essencialmente, preservar a vontade geral contra as vontades particulares que, não podendo destruí-la - porque ela é indestrutível - desejariam ao menos subordiná-la e vencê-la".

Em tempos em que a política está à nossa volta, com candidatos de todos os matizes com suas idiotices grotescas anunciando a redenção do Brasil uma vez eleitos após as eleições municipais, conveniente seria a releitura de tantos pensadores como Rousseau para ver até que ponto as propostas contemplam a constituição de mecanismos que se oponham aos perigos que enfrentamos e estão aos nossos narizes a cada minuto a demonstrar que aqui é fácil corromper e corromper-se em proveito próprio o sistema. É bom para que vejamos quantos se tentam eternizar no poder buscando - e na maioria das vezes conseguindo - vencer a vontade geral, ou tentando subordiná-la para colocar interesses particulares acima da vontade soberana geral do povo.

Quem sabe o povo, soberano, sendo mais consciente separe e se livre daqueles que visam apropriar-se da soberania em proveito próprio e acabe por demonstrar que o Brasil não é a comprovação dos temores de Rousseau.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Carta à humanidade


As pessoas constroem seus castelos de areia e acabam esquecendo que um dia o mar avança, criam fantasias em torno de sua própria existência por não serem fortes o bastante para suportar a dor, aprisionam o que dizem amar porque sabem que são incapazes de admitir seus próprios erros, criam rótulos para tudo que invejam por não terem coragem de lutar, se alimentam de utopias por preguiça de mudar a realidade, inventam mundos e se deixam cegar por suas próprias mentiras, repetem o que lhes foi transmitido mesmo sem saber exatamente do que se trata. Fingem. E aqui estamos nós em nosso teatro cotidiano, em nossas prisões de papel coloridas com tinta guache, subsistindo a cada segundo, acreditando que um dia seremos recompensados por abrirmos mão da nossa felicidade e, crendo que a vida é assim mesmo.

Desculpem-me os aristocratas e conservadores de plantão, mas a verdade é que somos carcereiros de nós mesmos, criamos nosso próprio purgatório por supormos que o mundo que é cruel demais. Todos os dias sorrimos gritos de desespero, esperamos que algo nos salve de nossa ignorância, mas jamais abrimos mão da arrogância humana que sempre se julgou superior.O futuro é sempre nossa solução para tudo, nos absolvemos de nossos pecados em datas marcadas, ajudamos por piedade e nos julgamos melhores por isso, esquecemos que amor é uma palavra sagrada e o culpamos por nossas ações mais mesquinhas e patológicas. Envenenamos nossos corpos em busca do alívio que existe na nossa remota essência, trocamos a inteligência dos heróis pela esperteza dos tiramos em busca da recompensa imediata, compramos o que deveríamos conquistar, viramos marionetes de nós mesmos.

E, prosseguimos, sempre ao lado da nossa vaidade absoluta, fugindo da solidão em outras pessoas por não suportarmos conviver com nossa figura, indo a caminho do caos por medo de ser diferente, acendendo nossa fogueira sem perceber. Somos tolos, autopiedosos, egoístas e hipócritas, este é nosso maior adjetivo, não amamos nem a nós mesmos, então criamos caricaturas para que o resto das pessoas sintam, ao menos, afeição pelo nosso personagem. Em resumo, temos medo da realidade crua criada pela nossa maldade, vergonha do que somos e dos que corrompemos, criamos nosso grandioso castelo de areia e ignoramos que o oceano é imensamente maior e está muito próximo, seremos arrastados e soterrados em nossa criação.

Aos que tiverem coragem eu proponho fugir da costa e nos unirmos para construir um novo lar, com bases fortes e reais, preciso dizer que o processo é cansativo e doloroso, mas é uma nova chance para sermos verdadeiramente humanos e deixarmos cair as máscaras que nos aprisionam e sugam nosso curto tempo.

Mabel Oliveira Teixeira

domingo, 9 de setembro de 2012

Bispo da Igreja se manifesta sobre programação da TV brasileira



http://blog.cancaonova.com/tiba/files/2012/01/dom-henrique-soares.jpgPor Dom Henrique Soares, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracajú-SE

A situação é extremamente preocupante: no Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação. Sem nenhum controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos (aqueles que se podem assistir gratuitamente) fazem a cabeça dos brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram pela frente: a sacralidade da família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião, o temor amoroso para com Deus.

Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo! Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal… A vida é sucesso, é romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que cada um faz e constrói como bem quer e entende! Na telinha tem a Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho… Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê… Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória… Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família… Na telinha tem o show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama… Enquanto na realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, temos adolescentes grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a injustiça social… E a telinha destruindo valores e criando ilusão…

E quando se questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas:
(1) assiste quem quer e quem gosta,
(2) a programação é espelho da vida real,
(3) controlar e informação é antidemocrático e ditatorial…

Assim, com tais desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…

Um triste e último exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…). Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa: “Meus heróis! Meus guerreiros!” – Pobre Brasil! Que tipo de heróis, que guerreiros! E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!

Como o programa é feito por pessoas reais, como são na vida, é ainda mais triste e preocupante, porque se pode ver o nível humano tão baixo a que chegamos! Uma semana de convivência e a orgia corria solta… Os palavrões são abundantes, o prato nosso de cada dia… A grande preocupação de todos – assunto de debates, colóquios e até crises – é a forma física e, pra completar a chanchada, esse pessoal, tranqüilamente dá-se as mãos para invocar Jesus… Um jesusinho bem tolinho, invertebrado e inofensivo, que não exige nada, não tem nenhuma influência no comportamento público e privado das pessoas… Um jesusinho de encomenda, a gosto do freguês… que não tem nada a ver com o Jesus vivo e verdadeiro do Evangelho, que é todo carinho, misericórdia e compaixão, mas odeia o fingimento, a hipocrisia, a vulgaridade e a falta de compromisso com ele na vida e exige de nós conversão contínua! Um jesusinho tão bonzinho quanto falsificado… Quanta gente deve ter ficado emocionada com os “heróis” do Pedro Bial cantando “Jesus Cristo, eu estou aqui!”

Até quando a televisão vai assim? Até quando os brasileiros ficaremos calados? Pior ainda: até quando os pais deixarão correr solta a programação televisiva em suas casas sem conversarem sobre o problema com seus filhos e sem exercerem uma sábia e equilibrada censura? Isso mesmo: censura! Os pais devem ter a responsabilidade de saber a que programas de TV seus filhos assistem, que sites da internet seus filhos visitam e, assim, orientar, conversar, analisar com eles o conteúdo de toda essa parafernália de comunicação e, se preciso, censurar este ou aquele programa. Censura com amor, censura com explicação dos motivos, não é mal; é bem! Ninguém é feliz na vida fazendo tudo que quer, ninguém amadurece se não conhece limites; ninguém é verdadeiramente humano se não edifica a vida sobre valores sólidos… E ninguém terá valores sólidos se não aprende desde cedo a escolher, selecionar, buscar o que é belo e bom, evitando o que polui o coração, mancha a consciência e deturpa a razão!

Aqui não se trata de ser moralista, mas de chamar atenção para uma realidade muito grave que tem provocado danos seríssimos na sociedade. Quem dera que de um modo ou de outro, estas linha de editorial servissem para fazer pensar e discutir e modificar o comportamento e as atitudes de algumas pessoas diante dos meios de comunicação.


sábado, 8 de setembro de 2012

Coisa


A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.
   
Gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
    
Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha..
     
Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha. [Incentivando crianças ao uso de baseado???!!!]
     
Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica "O Coisa" em 1943."

A Coisa" é título de romance de Stephen King.

Simone de Beauvoir escreveu "A Força das Coisas", e Michel Foucault, "As Palavras e as Coisas."
     
Em Minas Gerais , todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
      
Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro.

"Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
      
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).

Em 1997, a NASA lançou a "Missão Mars Pathfinder", enviando um robô para explorar Marte. O mecanismo foi programado para ser acionado a partir do som de uma música e a escolhida foi um samba de Jorge Aragão/Almir Guineto/Luis Carlos da Vila. Assim, o robô da Nasa, foi "acordado" com a música: "Ô coisinha tão bonitinha do pai...". Lembram?
      
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
      
Coisa de cinema! "A Coisa" virou nome de filme de Hollywood, que tinha o "seu Coisa" no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".
       
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré: "Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar", e A Banda, de Chico Buarque: "Pra  ver a banda passar / Cantando coisas de amor". Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
      
Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
      
Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade afinal, "são tantas coisinhas miúdas".

"Todas as Coisas e Eu" é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer  coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música "Qualquer Coisa", de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."
       
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal.

O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa.

Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
      
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
       
Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema "Eu, Etiqueta", Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".
       
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para serem usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas?

Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.
      
Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda.

Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento:

"AMARÁS A DEUS SOBRE TODAS AS  COISAS".
     
ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA?

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Frei
                                                          Beto
Por Frei Beto


 Al viajar por el Oriente, mantuve contacto con los monjes del Tibet, en Mongolia, Japón y China.
  Eran hombres serenos, solícitos, reflexivos y en paz con sus mantos de color azafrán.
  El otro día, observaba el movimiento del aeropuerto de San Pablo: la sala de espera llena de ejecutivos con teléfonos celulares, preocupados, ansiosos, generalmente comiendo más de lo que debían.
  Seguramente, ya habían desayunado en sus casas, pero como la compañía aérea ofrecía otro café,
todos comían vorazmente.
  Aquello me hizo reflexionar: "¿Cuál de los dos modelos produce felicidad?"
  Me encontré con Daniela, de 10 años, en el ascensor, a las 9 de la mañana, y le pregunté: "¿No fuiste a la escuela?"  Ella respondió: "No, voy por la tarde."
  Comenté: "Qué bien, entonces por la mañana puedes jugar, dormir hasta más tarde."
  "No", respondió ella, "tengo tantas cosas por la mañana..."
  "¿Qué cosas?", le pregunté.
  "Clases de inglés, de baile, de pintura, de natación", y comenzó a detallar su agenda de muchachita robotizada.
Me quedé pensando: "Qué pena, que Daniela no dijo: "¡Tengo clases de meditación!"
Estamos formando súper-hombres y súper-mujeres, totalmente equipados, pero emocionalmente infantiles.
Una ciudad progresista del interior de San Pablo tenía, en 1960, seis librerías y un gimnasio; hoy tiene sesenta gimnasios y tres librerías!
No tengo nada contra el mejoramiento del cuerpo, pero me preocupa la desproporción en relación al mejoramiento del espíritu. Pienso que moriremos esbeltos: "¿Cómo estaba el difunto?". "Oh, una maravilla, no tenía nada de celulitis!"
Pero cómo queda la cuestión de lo subjetivo? De lo espiritual? Del amor?
Hoy, la palabra es "virtualidad". Todo es virtual. Encerrado en su habitación, en Brasilia, un hombre puede tener una amiga íntima en Tokio, sin ninguna preocupación por conocer a su vecino de al lado! Todo es virtual. Somos místicos virtuales, religiosos virtuales, ciudadanos virtuales. Y somos también éticamente virtuales...
La palabra hoy es "entretenimiento"; el domingo, entonces, es el día nacional de la imbecilidad colectiva.
Imbécil el conductor, imbécil quien va y se sienta en la platea, imbécil quien pierde la tarde delante de la pantalla.
Como la publicidad no logra vender felicidad, genera la ilusión de que la felicidad es el resultado de una suma de placeres: "Si toma esta gaseosa, si usa estas zapatillas, si luce esta camisa, si compra este auto, usted será feliz!"
El problema es que, en general, no se llega a ser feliz! Quienes ceden, desarrollan de tal forma el deseo, que terminan necesitando un analista. O de medicamentos. Quienes resisten, aumentan su neurosis.
El gran desafío es comenzar a ver cuán bueno es ser libre de todo ese condicionamiento globalizante, neoliberal, consumista. Así, se puede vivir mejor. Para una buena salud mental son indispensables tres requisitos: amistades, autoestima y ausencia de estrés.
Hay una lógica religiosa en el consumismo post-moderno.
En la Edad Media, las ciudades adquirían status construyendo una catedral; hoy, en Brasil, se construye un shopping-center.
Es curioso, la mayoría de los shopping-center tienen líneas arquitectónicas de catedrales estilizadas; a ellos no se puede ir de cualquier modo, es necesario vestir ropa de misa de domingo. Y allí dentro se siente una sensación paradisíaca: no hay mendigos, ni chicos de la calle, ni suciedad...
Se entra en esos claustros al son gregoriano post-moderno, aquella musiquita de esperar dentista.
Se observan varios nichos, todas esas capillas con venerables objetos de consumo, acolitados por bellas sacerdotisas.
Quienes pueden comprar al contado, se sienten en el reino de los cielos.
Si debe pagar con cheque post-datado, o a crédito se siente en el purgatorio.
Pero si no puede comprar, ciertamente se va a sentir en el infierno...
Felizmente, terminan todos en una eucaristía post-moderna, hermanados en una misma mesa, con el mismo jugo y la misma hamburguesa de Mac Donald...
Acostumbro a decirles a los empleados que se me acercan en las puertas de los negocios: "Sólo estoy haciendo un paseo socrático". Delante de sus miradas espantadas, explico: "Sócrates, filósofo griego, también gustaba de descansar su cabeza recorriendo el centro comercial de Atenas. Cuando vendedores como ustedes lo asediaban, les respondía: ..."Sólo estoy observando cuántas cosas existen que no preciso para ser feliz”.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O Prêmio Klunge aprofunda o fosso que separa um estadista de um sucessor rancoroso


Mauro Pereira
 
Ao receber do Congresso norte-americano o prêmio Klunge, versão alternativa do Nobel sueco, em reconhecimento à inquestionável obra intelectual e ao notável desempenho como Chefe do Governo brasileiro, Fernando Henrique Cardoso não só esparge um pouco de luz sobre a embolorada intelectualidade do País do Carnaval como também desagrava a Presidência da República, instituição tão vilipendiada nos últimos nove anos.
Hoje, todos os brasileiros desprovidos de rancores rendem homenagens ao risonho octogenário que mudou a história política e social do Brasil pós-ditadura. A lamentar, apenas a pouca disposição da imprensa para compreender a importância do evento. As publicações que noticiaram o acontecimento não foram além de textos comprometidos pelo espaço acanhado e pelo laconismo. Todos se abstiveram de contar aos leitores o que levou os julgadores a considerar FHC o maior pensador da América Latina, e a premiá-lo com a soma de 1 milhão de dólares.
Democrata autêntico, avesso à retórica vazia e oportunista, Fernando Henrique retirou o Brasil da categoria de república terceiromundista para colocá-lo no patamar reservado às grandes nações. Sábio, ensinou que é possível fortalecer a sociedade sem fragilizar o estado. Hábil, restituiu aos cidadãos o poder de definir os rumos do país.

O sucesso irrefutável de sua administração transformadora fez com que aflorassem sentimentos pouco nobres, como o ciúme e a inveja. Incentivados pela omissão dos companheiros de partido do ex-presidente, adversários políticos afundados em rancores e na miséria ética colocaram em prática uma sórdida campanha cujo único propósito era a desconstrução impiedosa do grande legado administrativo, político e moral deixado pelo governante formidável.
Abandonado por correligionários pusilânimes e injustiçado por grande parte da imprensa, o maior presidente de nossa história travou praticamente sozinho a luta desigual em defesa das grandes conquistas de seu governo. Liderados por Lula, seus algozes tentaram consumar outro linchamento moral com uma violência jamais vista. Bilhões de reais foram torrados na tentativa de apagar da memória política nacional o líder que venceu a hiperinflação que vitimava sobretudo os mais pobres, estabeleceu os fundamentos do equilíbrio macroeconômico ─ preservados até hoje por seus detratores, ressalte-se ─, consolidou a democracia e fixou as diretrizes de programas sociais que, expropriados cinicamente pelo PT, desembocaram no Bolsa Família.
FHC saiu mais fortalecido da ofensiva permanentemente alimentada pelo ódio inexplicável do seu sucessor. Aos 80 anos, sereno e extraordinariamente lúcido, a vítima dos ataques virulentos coleciona demonstrações de admiração e respeito oferecidas por brasileiros decentes, pelas plateias das conferências que tem feito no exterior por leitores das obras que se espalham pelas bibliotecas das universidades de dezenas de países.
 A conquista do Prêmio Klunge aprofunda o formidável fosso que separaFernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. O confronto das inumeráveis diferenças atesta que FHC, sem nunca ter reivindicado tal status, é o estadista que Lula imagina ser, porém jamais será. O prêmio concedido pela Biblioteca do Congresso norte-americano não deve ser visto como mais um exemplo de que “a justiça tarda mas não falha”. No caso de FHC, um dos intelectuais mais reverenciados do século XX, a justiça jamais tardou, tampouco falhou. Seus inimigos é que se divorciaram dela.

Carta aberta ao jornalista Chico Pinheiro


Espero que o senhor tenha tido a oportunidade de assistir ao quadro “SOLETRANDO” no programa Caldeirão do Huck, no sábado, dia 25 de Agosto, coincidentemente o dia que se comemorava o Dia do Soldado, data em que se homenageia a figura de Duque de Caxias, insigne herói e patrono do Exército Brasileiro, 1ª instituição em credibilidade nas diversas pesquisas realizadas no Brasil.
O programa é da mesma emissora que lhe paga para você destilar o ódio e falar o que quiser, mesmo que para isso tenha que atacar e vomitar raiva, como fez recentemente,no tele jornal BOM DIA BRASIL, em matéria sobre o resultado do IDEB, onde das 30 melhores escolas públicas do país, DEZ SÃO MILITARES.
Ali, o senhor  fez o que pode para atacar e tentar desmerecer a posição de destaque alcançada por Colégios Militares do Exército e da Polícia Militar. Só não conseguiu porque  Rodrigo Pimentel,ex-aluno do Colégio Militar e mesmo sendo atacado por você, soube defender a instituição que tão bem conhece.
Pois bem, no referido programa, acima citado, dois jovens alunos, um menino de Recife e uma menina de Manaus, travaram uma batalha cultural, poucas vezes vista naquele programa, demonstrando enorme conhecimento da nossa língua portuguesa. Passaram mais de vinte minutos, soletrando e acertando diversas palavras, que segundo o Professor Sérgio Nogueira, eram palavras dificílimas e pouco usuais no nosso dia-a-dia.
Depois de muito tempo a menina errou uma palavra e foi desclassificada. E o que isso tem com o assunto de escolas militares. É que os dois jovens são alunos de Colégios Militares do Exército. A menina é do Colégio Militar de Manaus e o garoto é do Colégio Militar de Recife.
Assim como no IDEB, eles passaram por um concurso e uma avaliação nacional. Ultrapassaram e venceram vários concorrentes, por seus méritos e por sua formação chegaram à semifinal do programa Soletrando, sendo que o rapaz, ao vencer sua concorrente, já está nas finais do programa.
Diferentemente do que o senhor falou no BOM DIA BRASIL, nos Colégio Militares não é do tipo: “eu mando e você obedece”. Isso chama-se muito estudo,disciplina e hierarquiaque deve existir até no seu emprego. Experimente chegar atrasado, drogado, ou bêbado, na Globo, na hora de apresentar seu jornal, ou ainda, fale mal do seu chefe e veja o que vai acontecer.
Isso não é militarismo, édisciplina e hierarquia, que serve para todos os segmentos da sociedade e de nossa vida. Nos Colégio Militares os professores não faltam, não fazem greve, cumprem horários. Os alunos também cumprem os horários e respeitam os mais velhos, principalmente os professores.
Falo em meu nome, mas tenho certeza que os militares acham que você não precisa falar bem deles e de suas organizações militares em seus programas, mas pedem e exigem que o senhor respeite,  elogie e concorde com o que diz o Ministério da Educação,Órgão Federal do Executivo, do  QUAL FIZ PARTE COMO FUNCIONÁRIA DURANTE 30 ANOS DA MINHA VIDA, no cargo de Técnica em Assuntos Educacionais, Nível Superior,  que faz  parte  de um governo que deve ter a sua matiz e  que não deve ser contestada: o ensino nos colégios, administrados pelos militares, está entre os melhores do país.
Por que o senhor  não desfila o mesmo ódio pelos "maus feitos" ocorridos nos segmentos do governo, tais como "mensalão", "dinheiro na cueca"  e tantos outros desvios de condutas de políticos ligados ao governo.
O resto é demagogia e incompetência, inclusive de quem ignora isso ao noticiar essa verdade em rede nacional de televisão.
Por coincidência nesse sábado, 1 de setembro, mais um jovem se classificou para as finais do Soletrando e sabe onde ele estuda, no Colégio Militar de Porto Alegre.
Como disse Luciano Huck, no programa de ontem:
- "Teremos uma final do Soletrando, com três alunos só de Colégios Militares do Exército.
É isso aí, seja pelo menos coerente e pense antes de tecer comentários e opiniões que só dizem respeito ao senhor mesmo.
Maria Helena ---Professora, Pedagoga, Bacharel em Direito, Pós-Graduada em Gerenciamento e Administração de Recursos Humanos.