Mentes que visitam

domingo, 26 de agosto de 2012

Brasil Carinhoso


Profª MARTA PANUNZIO


> Bom dia, dona Dilma!

> Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera
 do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meucontracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO.

> Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista?
 Faça-me o favor, senhora presidentA! É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil.

> Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos
 entre 0 a 06 anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o  convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para "engordar" sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem  dúvida, um plano qüinqüenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.

> É muito fácil dar bom dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer
 gracinha, jogar para a platéia. É fácil e é um sintoma evidente de que  se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente. 

> Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo por mim. Não votei na senhora.
 Sou bastante madura, bastante politizada, marxista, sobrevivente da  ditadura militar e radicalmente nacionalista. Eu jamais votei nem  votarei num petista, simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT  é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no  mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do "quanto pior, melhor".  São discricionários, praticantes do "bullying" mais indecente da  História do Brasil.

> Em 1988 a Assembléia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço
  espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e  moderna. No seu Art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei*. Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição,  enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de imposto seu  modus governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei,  menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das  bolsas-esmola. A partir de vocês. Sr. Luís Inácio e dona Dilma, negro  é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que  vá para a pqp. 

Vocês selecionaram estes brasileiros e brasileiras,  colocaram-nos no tronco, como eu faço com o meu gado, e os marcaram  com ferro quente, para não deixar dúvida de que são mal-nascidos. Não  fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza,  publicamente, uma apartação étnica e social. E o PROUNI se transformou  num balcão de empréstimo pró escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação.  Faculdades capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido  fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual,  empresarial, cultural e política do País. A Câmara Federal endoidou? O Senado endoidou? O STJ endoidou? O ex-presidente e a atual  presidentA endoidaram? Na década de 60 e 70 a gente lutou por uma  escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse  que estava lá, nesta trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma? Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!

> Uma escola pública decente, realista, sintonizada com um País
 empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem remunerados, bem preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disto  que o Brasil precisa. Para ontem. De ensino técnico, profissionalizante. Para ontem. Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada. Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros. Não sabe o nome dos Estadosnem de suas capitais. Em casa não sabe consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de fritar um ovo. O estudante e a estudantA brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste. Nossos meninos e jovens lêem (quandoleem), mas não compreendem o que leram. Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isto com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública  mineira, por opção política e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.

> Seu presente para as mães miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e umaescola de um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isto? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A GEOGRAFIA DA FOME. Releia Anísio Teixeira. Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho efluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o senador Cristovam Buarque para um café-amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina.

> A senhora se lembra dos CIEPs? É disto que o Brasil precisa. De escola
 em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as  camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeiçõesdiárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente.  Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso. Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina de casa. De zero a dezessete anos. Dê um pulinho na Finlândia, dona Dilma. No aerolula  dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a  educação pública com responsabilidade e resultado. Enquanto os  finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante. Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa. Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente. Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos governos. Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicta.

> Antes que eu me esqueça e para ser bem clara: planejamento familiar
 não tem nada a ver com controle de natalidade. Aliás, é a única medida capaz de evitar a legalização do controle de natalidade, que é uma medida indesejável, apesar de alguns países precisarem recorrer a ela.  Uberlândia, inspirada na lei de Cascavel, Paraná, aprovou, em novembro  de 1992, a lei do planejamento familiar. Nossa cidade foi a segunda do Brasil a tomar esta iniciativa, antecipando-se ao SUS. Eu, vereadora à  época, fui a autora da mesma e declaro isto sem nenhuma vaidade,  apenas para a senhora saber com quem está falando.
> Senhora PresidentA, mesmo não tendo votado na senhora, torço pelo  sucesso do seu governo como mulher e como cidadã. Mas a maior torcida  é para que não lhe falte discernimento, saúde nem coragem para empunhar o chicote e bater forte, se for preciso. A primeira chibatada  é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim,  precisado de muito amadurecimento e aprendizado. O planeta terra é  muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária fajuta que vocês estão promovendo. Sou fazendeira e  ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isto não perco a sensatez. Deixe o Congresso pensar um pouco mais, afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem instalados e bem remunerados, para  isto mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que seaproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada. Outros usaram? E daí? A senhora não é  "os outros". A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para  ser a presidentA do Brasil, e não a presidentA de um partidinho de aluguel, qualquer.


> Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disto, é claro.
  Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães  excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante, sabe porquê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores de impostos,  sustentamos a carruagem milionária e a corte perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz.

> A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários
 da Bolsa-família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar  qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o  benefício. Estou firmemente convencida de que este novo programa,  BRASIL CARINHOSO, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda tem o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita  incessantemente pelo governo petista na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro, a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis,  se contentando até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e  brasileiras vão ficar chupando prego, entregues ao deus-dará, na ociosidade que os levará à delinquência e às drogas.

> Quem cala, consente. Eu não me calo. Aos setenta e quatro anos, o que eu mais queria era poder envelhecer despreocupada, apesar da
  pancadaria de 1964. Isto não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos a  obrigação de votar e o direito de votar e ser votado, mas gostou da xyzwhijp de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, desprecisada e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade,  mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, esta foi a escolha de vocês.

> A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu
 pagar. Vai. Tomou esta decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro-de-carga brasileiro, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis. Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos, pense  bem! Torraram uma grana preta com o FOME ZERO, o bolsa-escola, o bolsa-família, o vale-gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais.  Esta sangria nos cofres públicos não salvou ninguém? Não refrescou niente? Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil  miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo  de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do  BRASIL CARINHOSO. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de  dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de  capital. Democracia é isto, minha cara. Transparência. Não ofende.  Não dói.

> Ah, antes que eu me esqueça, a palavra certa é PRESIDENTE. Não sou
 impertinente nem desrespeitosa, sou apenas professora de latim,  francês e português. Por favor, corrija esta informação.

> Se eu mandar esta correspondência pelo correio, talvez ela pare na
 Casa Civil ou nas mãos de algum assessor censor e a senhora nunca  saberá que desagradou alguém em algum lugar. Então vai pela internet. Com pessoas públicas a gente fala publicamente para que alguém,  ciente, discorde ou concorde. O contraditório é muito saudável.

> Não gostei e desaprovo o BRASIL CARINHOSO. Até o nome me incomoda.
 R$2,00 (dois reais) por dia para cada familiar de quem tem em casa uma  criança de zero a seis anos, é uma esmolinha bem insignificante, bem insultuosa, não é não, dona Dilma? Carinho de presidentA da república do Brasil neste momento, no meu conceito, é uma campanha institucional  a favor da vasectomia e da laqueadura em quem já produziu dois filhos.  É mais creche institucional e laica. Mais escola pública e laica em  tempo integral com quatro refeições diárias. É professor dentro da sala de aula, do laboratório, competente e bem remunerado. É ensinoprofissionalizante e gente capacitada para o mercado de trabalho.

> Eu podia vociferar contra os descalabros do poder público, fazer da
 corrupção escandalosa o meu assunto para esta catilinária. Mas não.
Prefiro me ocupar de algo mais grave, muitíssimo mais grave, que é um
 desvio de conduta de líderes políticos desonestos, chamado populismo, utilizado para destruir a dignidade da massa ignara. Aliciar as classes sociais menos favorecidas é indecente e profundamente desonesto. Eles são ingênuos, pobres de espírito, analfabetos, excluídos? Os miseráveis são. Mas votam, como qualquer cidadão produtivo, pagador de impostos. Esta é a jogada. Suja.

> A televisão mostra ininterruptamente imagens de desespero social. Neste momento em todos os países, pobres, emergentes ou ricos, a
  população luta, grita, protesta, mata, morre, reivindicando oportunidade de trabalho. Enquanto isto, aqui no País das Maravilhas, a presidente risonha e ricamente produzida anuncia um programa de estímulo à vagabundagem. Estamos na contramão da História, dona Dilma!

> Pode ter certeza de que a senhora conseguiu agredir a inteligência da
 minoria de brasileiros e brasileiras que mourejam dia após dia para
sustentar a máquina extraviada do governo petista.

> Último lembrete: a pobreza é uma conseqüência da esmola. Corta a
 esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro.

> Não me leve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de
 protestar, sabe por quê? Porque, de cada delírio seu, quem paga a  conta sou eu.
> Atenciosamente,
Martha de Freitas Azevedo Pannunzio
Fazenda Água Limpa, Ub erlândia, em 16-05-2012
marthapannunzio@hotmail.com
  a CPF nº 394172806-78

 
*CONSTITUIÇÃO FEDERAL
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
 natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes  no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,  à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos
 
desta Constituição;


De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra,
 de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem
chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. - RUI BARBOSA.

 
Repasse para todos os seus contatos.

Isso dá uma tristeza.....


PRONUNCIAMENTO DO DR.IVES GRANDA. 


           
MEU PROBLEMA!!!!!!!!!!!

NÃO SOU:    NEM NEGRO,     NEM ÍNDIO,    NEM HOMOSSEXUAL,    NEM ASSALTANTE,    NEM GUERRILLHEIRO,     NEM INVASOR.

 
Como Faço??

Sou Cidadão Branco, Honesto, Cristão, Contribuinte, Eleitor, Hetero...Para quê??? 
Ives Gandra da Silva Martins
*
Hoje, tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 185 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele.. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.

Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas com unidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram de 
Lula e da Presidente Dilma Roussef o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências - algo que um cidadão comum jamais conseguiria!

Os 
invasores de terras, que violentam, diariamente, a Con stituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', porque cumpre a lei.
Desertores, assaltantes de bancos e assassinos
, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasi leiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que é de perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

( *Ives Gandra da Silva Martins é renomado professor emérito das universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo ).


Para os que desconhecem este é o :
Inciso IV do art. 3° da CF a que se refere o Dr. Ives Granda, em sua íntegra:
 
"promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação." 


Assim, volta a ser atual, ou melhor nunca deixou de ser atual, a constatação do grande Rui Barbosa:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86).

Liberdade não é cigarro, mas vicia, e se não for preservada, pode virar fumaça.  Não basta pintar a cara e dizer que é rebelde, tem que ser guerreiro, ir à luta e pôr um fim nestes diferenciais racistas. 
O Absurdo não cede direito ao retorno dos erros; se, por lei, racismo é crime, que ela seja cumprida, e não investida contra os nossos cidadãos. Respeito não peço, exijo.



Você sabe o que é Gestão de Resultados?


Em uma cidade do interior, viviam duas mulheres que tinham o mesmo nome:
Flávia. Uma era freira e, a outra, taxista.
Quis o destino que morressem no mesmo dia.
Quando chegaram ao céu, São Pedro as esperava.
- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Não, a taxista...
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bem, ganhastes o paraíso. Leva esta túnica com fios de ouro. Pode entrar. 
A seguinte...
- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Sim, eu mesma.
- Bem, ganhastes o paraíso... Leva esta túnica de linho. Pode entrar.

A religiosa diz:
- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou Flávia, a freira!
- Sim, minha filha, e ganhastes o paraíso. Leva esta túnica de linho...

- Não pode ser! Eu conheço a outra Flávia, Senhor. 
Era taxista, vivia na minha cidade e era um desastre! Subia as calçadas,
batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as 
pessoas. 
Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. 
E quanto a mim, passei 65 anos pregando todos os domingos na paróquia. 
Como é que ela recebe a túnica com fios de ouro e eu esta?

- Não há nenhum engano - diz São Pedro. 
É que, aqui no céu, adotamos uma gestão mais profissional do que a de vocês
lá na Terra...
- Não entendo!
- Eu explico. Já ouviu falar de Gestão de Resultados
Agora nos orientamos por objetivos, e observamos que nos últimos anos, 
cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. 
E cada vez que ela conduzia o táxi, as pessoas rezavam! 
Resultado é o que importa.

Isso é Gestão de Resultado!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

União estável entre três pessoas é oficializada em cartório de Tupã, SP


Um homem e duas mulheres, que já viviam juntos na mesma casa há três anos, oficializaram a união em um cartório de notas de Tupã, SP.  A união dos três foi oficializada por meio de uma escritura pública de União Poliafetiva. A identidade do trio não foi divulgada pelo cartório.
De acordo com a tabelião que fez o registro, Cláudia do Nascimento Domingues, a escritura foi feita há 3 meses, mas, só se tornou pública nesta semana. “A declaração é uma forma de garantir os direitos de família entre eles. Como eles não são casados, mas, vivem juntos, portanto, existe uma união estável, onde são estabelecidas regras para estrutura familiar”, destaca.
O jurista Natanael do Santos Batista Júnior, que orientou o trio na elaboração do documento, explica que a escritura é importante no sentido assegurar os direitos no caso de separação ou morte de uma dos parceiros. "O documento traz regras que correspondem ao direito patrimonial no caso de uma fatalidade, nele eles se reconhecem como uma família, e dentro do previsto no código civil, é estabelecida a forma de divisão do patrimônio no caso de um dos parceiros falecer ou num caso de separação", destaca. O jurista afirma ainda que o documento é o primeiro feito no país.
"O objetivo é assegurar o direito deles como uma família, com esse documento eles podem recorrer a outros direitos, como benefícios no INSS, seria o primeiro passo. A partir dele, o trio pode lutar por outros direitos familiares", afirma.
O presidente da Ordem dos Advogados de Marília, Tayon Berlanga, também ressalta que o documento funciona como uma sociedade patrimonial, pontanto, não compreende todos os direitos familiares. “Ele dá direito ao trio no que diz respeito à divisão de bens em caso de separação e morte. No entanto, não garante os mesmo direitos que uma família tem de, por exemplo, receber pensão por morte ou conseguir um financiamento no banco, para a compra da casa própria por exemplo, ser dependente em planos de saúde e desconto de dependente na declaração do imposto de renda”, completa.
Para o jurista, o mais importante do registro da escritura de União Poliafetiva é a visibilidade de outras estruturas familiares. "É a possibilidade dos parceiros se relacionarem com outras pessoas sem que isso prejudique os envolvidos. A escritura visa dar proteção as relações não monogâmicas, além, de buscar o respeito e aceitação social dessa estrutura familiar", explica. Quanto à questão de filhos, Batista Júnior ressalta que a escritura não compreende direitos de filiação. "Essa uma questão jurídica, se há o interesse do registro de três pessoas na certidão de nascimento, a ação deve ser feita no campo judiciário".
 

sábado, 18 de agosto de 2012

Seu Pendrive tem Blutufe?


Estorinha bem bolada, mostrando a rapidez da modernidade, difícil, quase impossível, para os velhinhos acompanharem! 


Oswaldo tirou o papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à balconista: 
Moça, vocês têm pendrive? 
Temos, sim. 
O que é pendrive? Pode me esclarecer? Meu filho me pediu para comprar um........

Bom, pendrive é um aparelho em que o senhor salva tudo o que tem no computador. 
Ah, É como um disquete... 
Não. No pendrive o senhor pode salvar textos, imagens e filmes. O disquete, que nem existe mais, só salva texto. 
Ah, tá bom. Vou querer. 
Quantos gigas? 
Hein? 
De quantos gigas o senhor quer o seu pendrive? 
O que é giga? 
É o tamanho do pen.
Ah, tá.................. Eu queria um pequeno, que dê para levar no bolso sem fazer muito volume. 
Todos são pequenos, senhor. O tamanho, aí, é a quantidade de coisas que ele pode arquivar. 
Ah, tá. E quantos tamanhos têm? 
Dois, quatro, oito, dezesseis gigas.............
Hmmmm, meu filho não falou quantos gigas queria. 
Neste caso, o melhor é levar o maior. 
Sim, eu acho que sim. Quanto custa? 
Bem, o preço varia conforme o tamanho. A sua entrada é USB? 
Como? 
É que para acoplar o pen no computador, tem que ter uma entrada compatível. 
USB não é a potência do ar condicionado? 
Não, aquilo é BTU. 
Ah! É isso mesmo. Confundi as iniciais. Bom, sei lá se a minha entrada é USB !!!!!!!

USB é assim ó: com dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do computador. O outro tipo é este, o P2, mais tradicional, o senhor só tem que enfiar o pino no buraco redondo. O seu computador é novo ou velho? Se for novo é USB, se for velho é P2. 
Acho que o meu tem uns dois anos. O anterior ainda era com disquete. Lembra do disquete? 
Quadradinho, preto, fácil de carregar, quase não tinha peso. O meu primeiro computador funcionava com aqueles disquetes do tipo bolacha, grandões e quadrados. Era bem mais simples, não acha?Os de hoje nem têm mais entrada para disquete. Ou é CD ou pendrive. 
Que coisa! Bem, não sei o que fazer. Acho melhor perguntar ao meu filho. 
Quem sabe o senhor liga pra ele? 
Bem que eu gostaria, mas meu celular é novo, tem tanta coisa nele que ainda nem aprendi a discar........

Deixa eu ver. Poxa, um Smarthphone! Este é bom mesmo! Tem Bluetooth, woofle, brufle, trifle, banda larga, teclado touchpad, câmera fotográfica, flash, filmadora, radio AM/FM, TV digital, dá pra mandar e receber e-mail, torpedo direcional, micro-ondas e conexão wireless.... 
Blu... Blu... Blutufe? E micro-ondas? Dá prá cozinhar com ele? 
Não senhor. Assim o senhor me faz rir. É que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido. 
Pra que serve esse tal de blutufe? ??????

É para um celular comunicar com outro, sem fio. 
Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os celulares já não se comunicam com os outros sem usar fio? Nunca precisei fio para ligar para outro celular. Fio em celular, que eu saiba, é apenas para carregar a bateria... 
Não, já vi que o senhor não entende nada, mesmo. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu celular para outro, sem usar fio. Lista de telefones, por exemplo. 
Ah, e antes precisava fio? 
Não, tinha que trocar o chip. 
Hein? Ah, sim, o chip. E hoje não precisa mais chip... 
Precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor. 
Legal esse negócio do chip. O meu celular tem chip? 
Momentinho... Deixa eu ver... Sim, tem chip. 
E faço o quê, com o chip? 
Se o senhor quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe. 
Sei, sim, portabilidade, não é? Claro que sei. Não ia saber uma coisa dessas, tão simples? Imagino, então que para ligar tudo isso, no meu celular, depois de fazer um curso de dois meses, eu só preciso clicar nuns duzentos botões... 
Nããão! É tudo muito simples, o senhor logo apreende. Quer ligar para o seu filho? Anote aqui o número dele. Isso. Agora é só teclar, um momentinho, e apertar no botão verde... pronto, está chamando.


Oswaldo segura o celular com a ponta dos dedos, temendo ser levado pelos ares, para um outro planeta:
 
Oi filhão, é o papai. Sim. Me diz, filho, o seu pen drive é de quantos... Como é mesmo o nome? Ah, obrigado, quantos gigas? Quatro gigas está bom? Ótimo. E tem outra coisa, o que era mesmo? Nossa conexão é USB? É? Que loucura. 
Então tá, filho, papai está comprando o teu pen drive. De noite eu levo para casa. 
Que idade tem seu filho? 
Vai fazer dez em março. 
Que gracinha... 
É isso moça, vou levar um de quatro gigas, com conexão USB. 
Certo, senhor. Quer para presente? 

Mais tarde, no escritório, examinou o pendrive, um minúsculo objeto, menor do que um isqueiro, capaz de gravar filmes! !!!!!!!!Onde iremos parar? 
Olha, com receio, para o celular sobre a mesa. "Máquina infernal", pensa. Tudo o que ele quer é um telefone, para discar e receber chamadas. E tem, nas mãos, um equipamento sofisticado, tão complexo que ninguém que não seja especialista ou tenha a infelicidade de ter mais de quarenta, saberá compreender.
Em casa, ele entrega o pen drive ao filho e pede para ver como funciona. O garoto insere o aparelho e na tela abre-se uma janela. Em seguida, com o mouse, abre uma página da internet, em inglês. Seleciona umas palavras e um 'havy metal' infernal invade o quarto e os ouvidos de Oswaldo......... Um outro clique e, quando a música termina, o garoto diz: 
-Pronto, pai, baixei a música. Agora eu levo o pendrive para qualquer lugar e onde tiver uma entrada USB eu posso ouvir a música. No meu celular, por exemplo.
Teu celular tem entrada USB? 
É lógico. O teu também tem. 
É? Quer dizer que eu posso gravar músicas num pen drive e ouvir pelo celular? 
Se o senhor não quiser baixar direto da internet...
 
 
Naquela noite, antes de dormir, deu um beijo em Clarinha e disse: 
Sabe que eu tenho Blutufe? Como é que é? 
 
Bluetufe. Não vai me dizer que não sabe o que é? 
 
Não enche, Oswaldo, deixa eu dormir. 
 
Meu bem, lembra como era boa a vida, quando telefone era telefone, gravador era gravador, toca-discos tocava discos e a gente só tinha que apertar um botão, para as coisas funcionarem? 
 
Claro que lembro, Oswaldo. Hoje é bem melhor, né? 
Várias coisas numa só, até Bluetufe você tem. E conexão USB também.
Que ótimo, Oswaldo, meus parabéns. 
Clarinha, com tanta tecnologia a gente envelhece cada vez mais rápido. Fico doente de pensar em quanta coisa existe, por aí, que nunca vou usar. 
 
Ué? Por quê? 
 
Porque eu recém tinha aprendido a usar computador e celular e tudo o que sei já está superado. 
 
Por falar nisso temos que trocar nossa televisão. 
 
Ué? A nossa estragou? 
 
Não. Mas a nossa não tem HD, tecla SAP, slowmotion e reset.
 
Tudo isso? 
 
Tudo. 
 
A nova vai ter blutufe?
 
Boa noite, Oswaldo, vai dormir que eu não agüento mais...
(o autor é desconhecido, mas pode ser algum de nós, ou alguém, que nasceu nos anos 40, 50, 60,70 até nos 80.)