Mentes que visitam

sábado, 28 de dezembro de 2013

Filhos de Militares

Foi exatamente assim que nossos filhos, seus pais  viveram e foram criados. 

Todo mundo sabe que os filhos de militares têm uma capacidade quase camaleônica de se misturar ao novo meio. Somos geneticamente mimados para gostar de tudo a nosso volta, seja frio, calor, elegância, pobreza, água, seca ou qualquer outra condição física, psicológica, geográfica, climática, financeira, etc...

Para quem está de fora, criticar tudo isso é muito bom, “Os pobres coitados dos filhos de militares não tem amigos e nem laços afetivos com lugar nenhum!”. Os fofoqueiros que me desculpem, mas meus laços afetivos são com o Brasil e meus amigos estão espalhados pelo mundo.

Quantas pessoas podem dizer que têm vivência nacional? Aprender sobre a Amazônia no meio da selva, ouvir os dois lados da história e escolher em qual acreditar, ter orgulho de ver seu pai tentar resolver os problemas de outros países. Quantas pessoas podem dizer que seu herói está dentro de casa? E não adianta um civil tentar se comparar com os nossos capitães, sargentos,  coronéis, tenentes... Eles nunca vão entender que você se muda sim, mas que dentro da sua casa, onde realmente importa, nada muda. 

Os filhos de militares aprendem a amar à distancia, a entender o lado bom de tudo, a montar e desmontar uma casa em dois dias, a acolher até quem morou a vida toda na mesma casa, a conservar bons amigos com o carinho, mesmo sem a presença. 

A cidade que você mora pode não ser a melhor de todas, pode até ser a pior, mas dentro de casa, lá sim, está o melhor lugar do mundo e os filhos de militares sabem fazer o melhor lugar do mundo em qualquer lugar, não importa aonde você chegue, dentro da casa de um militar sempre haverá um refúgio de carinho e amizade criado pelos nossos laços com o Brasil e pelos nossos amigos espalhados pelo mundo.

Os militares sabem que suas escolhas afetam a vida de suas famílias e sofrem ao ver seus filhos deixando os amigos, namorados e suas casas para trás, mas compensam suas famílias com uma chuva de amor e cultura. Engana-se quem
acredita que somos “pobres filhos de militares”. Somos orgulhosos, gratos, felizes, ricos, privilegiados, inteligentes e acima de tudo amados filhos de militares. As casas podem mudar, mas nossos lares são construídos em torno de uma família não de um lugar. 

O estilo de vida que meu pai me proporcionou fez de mim quem eu sou hoje, uma aspirante a jornalista com uma bagagem cultural gigante, que pode encher a boca e dizer que viveu e não leu toda essa cultura.

Obrigada, Pai, por escolher ser militar.

Bárbara Miranda.
(Trabalho elaborado em Faculdade de Jornalismo)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O Relógio da Vida

Há muitos anos, Al Capone controlava virtualmente Chicago. Capone não era famoso por nenhum ato heróico.

Ele era notório por empastar a cidade com tudo relativo a contrabando, bebida, prostituição e assassinatos.

Capone tinha um advogado apelidado 'Easy Eddie'. Era o seu advogado por um excelente motivo. Eddie era um bom profissional!

Sua habilidade, manobrando no cipoal legal, manteve Al Capone fora da prisão por muito tempo.


Para mostrar seu apreço, Capone lhe pagava muito bem. Não 
só o dinheiro era grande, como Eddie também tinha vantagens especiais. Por exemplo, ele e a família moravam em uma mansão protegida, com todas as conveniências possíveis.

A propriedade era tão grande que ocupava um quarteirão inteiro em Chicago. Eddie vivia a vida da alta roda de Chicago, mostrando pouca preocupação com as atrocidades que ocorriam à sua volta.

No entanto, Easy Eddie tinha um ponto fraco.

Ele tinha um filho que amava afetuosamente. Eddie cuidava que seu jovem filho tivesse o melhor de tudo: roupas, carros e uma excelente educação. Nada era poupado. Preço não era objeção. E, apesar do seu envolvimento com o crime organizado, Eddie tentou lhe ensinar o que era certo e o que era errado. Eddie queria que seu filho se tornasse um homem melhor que ele.

Mesmo assim, com toda a sua riqueza e influência, havia duas coisas que ele não podia dar ao filho: ele não podia transmitir-lhe um nome bom ou um bom exemplo.

Um dia, o Easy Eddie chegou a uma decisão difícil. Easy Eddie tentou corrigir as injustiças de que tinha participado.

Ele decidiu que iria às autoridades e contaria a verdade sobre Al 'Scarface' Capone, limpando o seu nome manchado e oferecendo ao filho alguma semelhança de integridade.

Para fazer isto, ele teria de testemunhar contra a quadrilha, e sabia que o preço seria muito alto. Ainda assim, ele testemunhou.

Em um ano, a vida de Easy Eddie terminou em um tiroteio em uma rua de Chicago.


Mas aos olhos dele, ele tinha dado ao filho o maior presente 
que poderia oferecer, ao custo do maior preço que poderia pagar.

A polícia recolheu em seus bolsos um rosário, um crucifixo, uma medalha religiosa e um poema, recortado de uma revista.

O poema:
'O relógio da vida recebe corda apenas uma vez e nenhum homem tem o poder de decidir quando os ponteiros pararão, se mais cedo ou mais tarde. Agora é o único tempo que você possui. Viva, ame e trabalhe com vontade. Não ponha nenhuma esperança no tempo, pois o relógio pode parar a qualquer momento.'

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

PALAVRAS-CHAVES NUMEROLÓGICAS


Há uma formidável "coincidência" que há entre os trinta e um Provérbios de Salomão e os dias de nascimento possíveis. Estudos aprofundados revelaram que cada um desses provérbios tem uma destinação correta, interpretando e aconselhando as pessoas nascidas naquele dia específico. 
Como se sabe, cada número representa uma vibração e cada dia representa um número. Cada dia corresponde a um dos provérbios e neles você, conforme seu dia de nascimento, encontrará sabedoria, prudência e habilidade. Copie o seu, mantendo-o sempre consigo. Numa dúvida, numa indecisão, num momento de atribulação ou quando precisar de algum tipo de auxílio, leia-o e medite na mensagem que, há centenas de anos atrás, por inspiração divina, alguém escreveu para você. 
Por outro lado, você pode destacar as palavras-chaves de seu provérbio, mandando imprimi-las em tudo que utilizar, como cartões de apresentação, envelopes, impressos, etc. Segundo sábios que estudaram a fundo esse Livro da Bíblia, são as seguintes as palavras-chaves para cada um dos dias de nascimento e que servem de um precioso guia para a vida diária de cada um. 


PALAVRAS-CHAVES NUMEROLÓGICAS 
DIA 1: "Meu filho, ouve o que teu pai te ensina e não desprezes os conselhos de tua mãe, porque serão uma coroa de graça para a tua cabeça e colares para o teu pescoço." 
DIA 2: "Porque Deus dá a sabedoria, de sua boca vem a inteligência e o discernimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os puros e dá proteção para os que caminham na sinceridade." 
DIA 3: "Confia em Deus com todo o seu coração e não te estribes no teu próprio discernimento. Reconhece Sua presença em todos os teus caminhos e ele endireitará tuas veredas." 
DIA 4: "A vereda dos juntos é semelhante à luz da aurora, que surge e vai brilhando cada vez mais, até se tornar um dia perfeito. 
DIA 5: "Os caminhos dos homens estão diante dos olhos de Deus e ele observa todas as suas veredas." 
DIA 6: "Livra-te do infortúnio como a gazela que foge do caçador ou o pássaro que evita a gaiola." 
DIA 7: "Escreve meus mandamentos na tábua do teu coração. Dize à sabedoria: és minha irmã! E ao discernimento chama de teu parente. 
DIA 8: "Eu amo aqueles que me amam. Todos que procuram por mim, encontram-me. Riqueza, honra, bens e justiça estarão sempre comigo." 
DIA 9: "Não repreendas o ignorante, pois somente te aborrecerás. Repreende o sábio e ele te amará." 
DIA 10: "Quem preserva sua honestidade, caminha tranqüilo, mas aquele que tentar manchar sua honra, será descoberto." 
DIA 11: "A mulher virtuosa será honrada, da mesma forma que o homem bondoso atrai a bondade para si mesmo." 
DIA 12: "Quem ama a disciplina, ama também o conhecimento, mas quem se aborrece com uma repreensão é um estúpido." 
DIA 13: "Aquele que preserva sua boca, preserva também a sua alma, mas o que muito fala a si mesmo se arruína." 
DIA 14: "Por sua própria malícia o perverso é derrubado, enquanto que o justo, mesmo à beira da morte, ainda pode ter esperanças." 
DIA 15: "Melhor é ter pouco na graça no Senhor do que ter tesouros fundados na inquietação." 
DIA 16: "Através da misericórdia e da verdade é que se expia a culpa e pelo temor de Deus os homens evitam o mal." 
DIA 17: "Melhor é uma fatia de pão seco com tranqüilidade do que a mesa farta de comida e de desavenças." 
DIA 18: "Fortaleza indestrutível é o nome do Senhor, onde o justo se abriga e está seguro." 
DIA 19: "O temor de Deus conduz o homem à vida. Todo aquele que o tiver estará protegido e mal nenhum o visitará." 
DIA 20: "Os propósitos do coração do homem são como águas profundas, mas aquele que tem inteligência saberá descobrí-los." 
DIA 21: "Aquele que cuida de sua própria boca e de sua própria língua preserva sua alma de angústias inúteis." 
DIA 22: "Não removas os antigos marcos que foram postos por teus pais. São teus guias e te ensinam os caminhos da retidão." 
DIA 23: "Acaso olharás o que nada significa e que é para ti como a águia que voa pelos céus?" 
DIA 24: "Se te mostras fraco no dia da tua angústia, a tua força será sempre pequena." 
DIA 25: "Como aquele que se despe num dia frio e como vinagre posto sobre feridas, assim é aquele que canta junto a quem sofre." 
DIA 26: "Aquele que abre uma cova nela cairá e quem revolver uma pedra poderá ser soterrado por ela." 
DIA 27: "São leais as feridas feitas por aquele que ama, porém são enganosos os beijos daquele que odeia." 
DIA 28: "Àquele que lavra a terra jamais faltará o pão, mas àquele que se junta com vadios se fartará de pobreza." 
DIA 29: "Observa o homem precipitado em suas palavras, pois há mais esperanças para o insensato do que para ele." 
DIA 30: "Nada acrescentes a tuas palavras para que ninguém possa te repreender e te chamar de mentiroso." 
DIA 31: "Fala com sabedoria e as lições de bondade estarão sempre em tua língua." 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

9 coisas que irão desaparecer:


1. O Correio

Prepare-se para imaginar um mundo sem Correios. Eles estão afundando tanto em problemas financeiros que provavelmente não há maneira de sustentá-los a longo prazo. E-mail, FedEx, DHL e UPS têm praticamente dizimado a receita mínima necessária para manter os Correios vivos. A maioria do que você recebe pelo correio todos os dias é ”lixo” e contas.

2. O cheque 
A Grã-Bretanha já está preparando o terreno para acabar com o cheque até 2018. O processamento de cheques custa  bilhões de dólares por ano ao sistema financeiro. Cartões plásticos e transações on-line vão levar à eventual extinção do cheque. Isto joga direto para a morte dos Correios. Se você nunca pagar suas contas pelo correio e nunca receber os boletos pelo correio, os Correios absolutamente estarão fora do negócio.


3. The Newspaper (o jornal)
A geração mais jovem simplesmente não lê jornal. Eles certamente não assinam um jornal impresso que lhes seja entregue. Isso pode acontecer como foi com o leiteiro e o tintureiro. Quanto a ler o jornal on-line, prepare-se para pagar por isso. O aumento dos dispositivos móveis de Internet e e-readers tem motivado todos os jornais e editoras de revistas para formar alianças. Eles reuniram-se com a Apple, Amazon, e as grandes empresas de telefonia celular para desenvolver um modelo de serviços de assinatura paga.


4. O livro
Você diz que nunca vai desistir do livro físico que você segura em sua mão e vira as páginas. Eu disse a mesma coisa sobre o download de música do iTunes. Eu queria que meu CD tivesse cópia impressa. Mas eu rapidamente mudei de ideia quando eu descobri que eu poderia obter álbuns pela metade do preço sem sair de casa para conseguir a última música. A mesma coisa vai acontecer com os livros. Você pode navegar em uma livraria on-line e até mesmo ler um capítulo pré-visualizado antes de comprar. E o preço é menos da metade de um livro real. E pensar na conveniência! Uma vez que você começar movendo os dedos na tela em vez do livro, você vai se achar perdido na história, e não pode esperar para ver o que acontece a seguir, e você se esquece de que está segurando umgadget em vez de um livro.


5. O telefone fixo
A menos que você tenha uma família grande e faz muitas chamadas locais, você não precisa mais do telefone fixo. A maioria das pessoas o mantém simplesmente porque sempre o tiveram. Mas você está pagando encargos duplos para este serviço. Todas as empresas de telefonia celular permitem chamar os clientes do mesmo provedor de celular sem nenhum custo adicional.

6. Music (música)
Esta é uma das partes mais tristes da história da mudança. A indústria da música está morrendo uma morte lenta. Não apenas por causa de downloads ilegais. É a falta de oportunidade para a nova música inovadora chegar às pessoas que gostariam de ouvi-la. A ganância e a corrupção é o problema. As gravadoras e os conglomerados de rádio estão simplesmente se auto-destruindo. Mais de 40% das músicas compradas hoje são "Itens de Catálogos", o que significa a música tradicional com a qual o público está familiarizado. Os mais antigos artistas consagrados. Isto também é verdade no circuito de concertos ao vivo. Para explorar este tema fascinante e perturbador ainda, confira o livro, "Appetite for Self-Destruction", de Steve Knopper, e o documentário em vídeo, "Antes que a música morra."

7. Televisão 
As rendas das redes tem caído drasticamente. Não apenas por causa da economia. As pessoas estão assistindo TV e filmes transmitidos a partir de seus computadores. E elas estão jogando e fazendo muitas outras coisas que ocupam o tempo que costumava ser gasto assistindo TV. Shows de horário nobre degeneraram abaixo do menor denominador comum. Taxas de TV a cabo estão subindo rapidamente e os comerciais rodam a cada 4 minutos e 30 segundos. Eu digo boa viagem para a maior parte de tudo isso. É hora das companhias de cabo serem postas para fora de nossa miséria. Deixem as pessoas escolher o que querem assistir on-line e através de Netflix.

8. As coisas que você possui 
Muitos dos bens que usamos e possuimos nós não poderemos realmente possui-los no futuro .Eles podem simplesmente residir na "nuvem ". Hoje o seu computador tem um disco rígido e armazena suas fotos, músicas, filmes e documentos. O software está em um CD ou DVD, e você sempre pode reinstalá-lo se for necessário. Mas tudo isso está mudando. Apple, Microsoft e Google estão terminando seus últimos "serviços em nuvem". Isso significa que quando você ligar o computador, a Internet vai ser incorporada ao sistema operacional. Assim, o Windows, o Google, e o Mac OS serão vinculados diretamente para a Internet. Se você clicar em um ícone, ele vai abrir algo na nuvem Internet. Se você salvar alguma coisa, ela será salva para a nuvem. E você pode pagar uma taxa de assinatura mensal para o provedor de nuvem. Neste mundo virtual, você pode acessar a sua música ou os seus livros, ou qualquer coisa do gênero a partir de qualquer computador portátil ou dispositivo portátil. Essa é a boa notícia. Mas, se você realmente possui alguma dessas "coisas" tudo será capaz de desaparecer a qualquer momento em um grande "Poof ". Será que a maioria das coisas em nossas vidas é descartável e caprichosa? Isso faz você querer correr para o armário e retirar o álbum de fotos, pegar um livro da prateleira, ou abrir uma caixa de CD e apertar a inserção.

9. Privacidade
Se já houve um conceito que podemos olhar para trás com nostalgia, seria privacidade. Isso acabou. Ele se foi há muito tempo de qualquer maneira. Há câmeras na rua, na maior parte dos edifícios, e até mesmo  em seu computador e celular. Mas você pode ter certeza que 24 horas por dia, 7 dias na semana, "Eles" sabem quem você é e onde você está, até as coordenadas GPS, e o Google Street View. Se você comprar alguma coisa, o seu hábito é colocado em um zilhão de perfis e os seus anúncios serão alterados para refletirem os hábitos. "Eles" vão tentar levá-lo a comprar algo mais. Uma e outra vez.

Tudo o que tivermos perdido e que não pode ser alterado são "Memórias" ...

E então, provavelmente, o Alzheimer vai tirar isso de você também!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A ÁRVORE DOS PROBLEMAS


Fonte: Autor desconhecido

 Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.

O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil.
O pneu do seu carro furou.
A serra elétrica quebrou.
Cortou o dedo.
E ao final do dia, o seu carro não funcionou.

O homem que contratou o carpinteiro ofereceu uma carona para casa.
Durante o caminho, o carpinteiro não falou nada.
Quando chegaram a sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer sua família.

Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos.

Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se.
Os traços tensos do seu rosto transformaram-se em um grande sorriso, e ele abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa.

Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro.
Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou:
- Por que você tocou na planta antes de entrar em casa???

- Ah! Esta é a minha Árvore dos Problemas.

- Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa. Então, toda noite, eu deixo os meus problemas nesta Árvore quando chego em casa, e os pego no dia seguinte.
- E você quer saber de uma coisa?
- Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus problemas, ele não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Apenas Amor...


Durante o nosso caminhar pela Vidaaprendemos a viver com os mais variados sentimentos existentes à nossa disposição. Aprendemos a odiar e agostar das coisas. Aprendemos a desejar e a repelir infinitas ações. A cada passo, os diversos sentimentos vão se modificando em nosso ser. Para uns, o orgulho, a vaidade, o ódio, etc..., são como necessidades do bel prazer. Para outros, a humildade, o respeito e o amor são nutrientes necessários à vida.

Mas falando de amor...como saber se realmente amamos nosso marido ou nossa mulher? Então Barbet não vê outro caminho senão falar do que não é Amor...vivemos em busca do amor e na maioria das vezes, nem sabemos o que esse sentimento realmente significa; talvez, olhando dentro de nós mesmos, sozinhos, mesmo que nunca contemos a ninguém, consigamos nos conhecer melhor e assim...amar melhor.

1.    Se você precisa de alguém para ser feliz, isso não é amor...
 É carência.
2.    Se você tem ciúme, insegurança e faz qualquer coisa para conservar alguém ao seu lado, mesmo sabendo que não é amado, e ainda diz que confia nessa pessoa, mas não  nos outros, que lhe parecem todos rivais, isso não é amor. É falta de amor próprio.
3.    Se você acredita que "ruim com ela(e), pior sem ela(e)", e sua vida fica vazia sem essa pessoa; não consegue se imaginar sozinho e mantém um relacionamento que já acabou só porque não tem vida própria - existe em função do outro - isso não é amor. É dependência.
4.    Se você acha que o ser amado lhe pertence; sente-se dono(a) e senhor(a) de sua  vida e de seu corpo; não lhe dá o direito de se expressar, de ter escolhas, só para afirmar seu domínio, isso não é amor. É egoísmo.
5.    Se você não sente desejo; não se realiza sexualmente; prefere nem ter relações sexuais com essa pessoa, porém sente algum prazer em estar ao lado dela, isso não é amor. É amizade.
6.    Se vocês discutem por qualquer motivo; morrem de ciúmes um do outro e brigam por qualquer coisa; nem sempre fazem os mesmos planos; discordam em diversas situações; não gostam de fazer as mesmas coisas ou ir aos mesmos lugares, mas sexualmente combinam perfeitamente, isso não é amor.  É desejo.
7.    Se seu coração palpita mais forte; o suor torna-se intenso; sua temperatura sobe e desce vertiginosamente, apenas em pensar na outra pessoa, isso não é amor. É paixão.

Agora, sabendo o que não é Amor, fica mais fácil analisar, verificar o que está acontecendo e procurar resolver a situação.
Ou se programar para atrair alguém por quem sinta carinho e desejo; que sinta o mesmo por você, para que possam construir um relacionamento equilibrado no qual haja, aí sim, o verdadeiro e eterno amor.




"Não me importa que Deus esteja do meu lado.O que espero ardentemente
é que eu me ache ao lado D'Ele"

(Abraham Lincoln)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

De onde vêm algumas expressões populares?

 Vejam algumas expressões curiosas  da linguagem que circulam até hoje entre nós e que marcam a riqueza histórica de nossa língua.

 Algumas dessas matérias foram resgatadas de revistas especializadas  como LÍNGUA PORTUGUESA – Ed. SEGMENTO e AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril . Continuaremos somando complementos a esse artigo sempre atribuindo os devidos créditos aos autores e aos veículos que fizeram as publicações originais.



1. “Sangue nos olhos”
Quanto mais vontade de vencer, melhor o termo é usado para caracterizar pessoas que são destemidas, amam desafios e encaram os obstáculos com uma gana incondicional de superá-Ios. De acordo com Luís da Câmara Cascudo em Locuções Tradicionais do Brasil, um dos primeiros brasileiros notórios a ostentar o atributo foi dom Pedro I - em Portugal, dom João lI. A origem da expressão também chegou ao país vinda de terras portuguesas. "Tan­to valia ser godo e neto dos antigos conquistadores como ter os olhos abrasados", escreveu o autor João Ribeiro. A diferença é que em Por­tugal o termo era usado em sinal de fidalguia. No Brasil, no entanto, ele denuncia homens audaciosos e corajosos. CAROLINA SILVA. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 2. “Amarrar o bode”
Depois de preso, o bicho fica arisco e perigoso.

Quando dizemos que alguém amarrou o bode é porque a pessoa está de cara amarrada, mal-humo­rada, ranzinza e muito irritada. A origem da expressão deriva do próprio comportamento do animal que dá nome à expressão. Nor­malmente criados em liberdade perambulando pelo pasto, quando amarrados, os bodes se tornam impacientes e rebeldes e dão iní­cio a um verdadeiro berreiro. A expressão é usada, então, para indicar a insatisfação de alguém perante determinada situação. Mas o termo pode ainda ser usa­do para indicar o fim da liberdade (amorosa), no momento em que um casal resolve assumir um re­lacionamento sério. C. S. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 3. “Sangria desatada”
 No século 16, era sangue para todo lado

Ainda antes de Hipócrates, du­rante o século 5 a.C., os médicos tinham o costume de sangrar o paciente para expelir os agentes da doença que o acometia. Mas, às vezes, a prática saía pela culatra e o doente embalava num sangra­mento que podia o levar à morte. Essa hemorragia, também conhe­cida como fleborrexis, ainda era praticada no século 16. "É verdade que há pouco roguei em uma carta que não sangrasse mais!", escreveu a madre Maria Bautista à priora de Valladolid, na Espanha. Esse san­gramento descontrolado exige cui­dados rápidos e eficientes. Assim, quando dizemos que alguma coisa não é uma "sangria desatada", es­tamos querendo dizer que ela não precisa ser resolvida com urgência desmedida. JOANA SANTOS. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


4. “Mundos e fundos”
 Expressão surgiu das navegações espanholas
Quando se diz que alguém prometeu "mundos e fundos", é porque essa pessoa fez promessas infundadas ou exageradas. A origem da expressão remonta às navegações espanholas. Segundo uma antiga promessa que rogava "O Céu pediu estrelas/ O pei­xe pediu fundura", os aventureiros tinham uma impressão abissal do mar. Para eles, a noção de mundo e da fundura do oceano era algo re­corrente e trivial no dia a dia - daí o termo com os dois exageros. Reafirma sobre mundo, o escritor José Alcânta­ra: "Boca do mundo é uma expressão típica da multidão anônima". J. S. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 5. “Gato por lebre”
 Até Camões caía nesse tipo de golpe
Levar gato por lebre é ser engana­do, levar algo sem valor acreditando ser bem mais caro. A expressão teve origem em Portugal, onde o "churras­quinho de gato" era bem mais apre­ciado do que por aqui. Os lusitanos gostavam tanto da carne do pobre bi­chano que, no século 19, a caçada aos gatos para fins culinários virou moda entre os estudantes de Coimbra.
Como a carne do felino era mais barata, algumas estalagens de Portu­gal e da Espanha serviam gato como se fosse lebre. Era uma prática tão co­mum que Luís de Camões, no Auto dos Enfatriões, escreveu: "Fantasia de don­zela / não há quem como eu as quebre / porque certo cuidam elas / que com palavrinhas belas / nos vendem gato por lebre." LíVIA LOMBARDO. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


6. “Preto no branco”
 Expressão teve origem em outra, mais antiga
Colocar o preto no branco é re­gistrar, por escrito, uma promessa ou acordo para que depois não se corra o risco de ficar o dito pelo não dito. De acordo com o folclorista brasileiro Luís da Câmara Cascu­do, essa expressão teria surgido no Brasil do século 19 como substituta para uma outra, bem mais antiga, datada da segunda metade do sécu­lo 9: cum cornu et cum alvende. Cornu significava tinteiro e alvende era o alvará, o decreto. Assim, a frase em latim faz referência a um decreto ou documento escrito e assinado. Na versão posterior e abrasileirada da expressão, preto significaria a tinta e branco, o papel. L.L. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


7. “Ir para a cucuia”
Cemitério é uma das origens da expressão
Quando alguma coisa termina mal, dizemos que "foi para a cucuia". Existem duas versões diferentes para explicar a origem desta expressão. A mais aceita refere-se ao antigo cemi­tério da Cacuia, localizado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. O local foi inaugurado em janeiro de 1904 e, desde então, "ir para a Cacuia" tornou-­se sinônimo de "bater as botas". Aos poucos, no entanto, a expressão foi se generalizando e passou-se a utilizá-Ia também para se referir a outras situ­ações com finais nada felizes.
A outra explicação para o ditado vem do tupi. Na língua indígena, kui significa cair, ir para a decadência. A duplicação de kui teria resultado em kukui, que, por sua vez, deu em cucuia. LÍVIA LOMBARDO. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 8. “Torcer a orelha”
Frase teve origem com a deusa da memória
"Torcer a orelha" é o mesmo que arrepender-se, lastimar-se por não ter feito algo que poderia trazer bons resultados. A origem da expressão remota a Mnemosine, a deusa da me­mória. Segundo a mitologia, ela era a responsável por impedir o esqueci­mento das pessoas - e a orelha era o órgão dedicado a essa deusa gregaAssim, torcer as orelhas era uma forma de estimular a memória e ga­rantir que erros cometidos não fossem esquecidos. O gesto acabou virando um ato de autopunição. A expressão foi registrada pela primeira vez em 1533, na obra Romagem de Agravados, de Gil Vicente: "Nunca o nosso agravo fora, / Nem eu torcera a orelha”. L.L. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 9. “Dar uma banana”
Gesto vulgar reflete desabafo ou ofensa
O ato de erguer o punho direito cerrado com força, apontando o coto­velo de um jeito meio brusco, tem sido cada vez mais preterido em favor dos pesados palavrões usados no dia a dia. Acredita-se que a expressão "dar uma banana" não só surgiu depois, como foi inspirada no gesto ofensivo e vulgar. O acréscimo da fruta (com conotação fálica), no entanto, acon­teceu apenas em território brasileiro. Em Portugal, sua terra natal, o gesto é acompanhado de diferentes expres­sões: "fazer as armas de santo Antô­nio", "manguito" ou "dar manguito" - no país europeu, a referência às ar­mas da Ordem Terceira de São Fran­cisco, em que figuravam dois braços cruzados, tem a mesma intenção de xingamento. EDUARDO LUCENA. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 10. “Do arco da velha”
Origem da expressão está ligada ao arco-íris
Usada para designar histórias inacreditáveis, fora do comum, absurdas ou muito antigas e em desuso, a expressão tem origem nas páginas do Antigo Testamento. O termo se refere ao arco-íris que surgiu no céu após o grande dilúvio contado pela Bíblia. O arco de sete cores simbolizava a aliança entre Deus e os homens, representados por Noé. Mas, crítica a um acontecimento fantasioso ou distante da realidade, a alcunha foi criada também com base em ilustrações medievais que mostravam velhas senhoras (possivelmente bruxas) ao lado de arco-íris. O termo velha surge, então, como uma tradução das forças adversárias da normali­dade, que aparecem ligadas à bru­xaria e aos malefícios à fecundida­de vegetal e animal. E. L. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 11. “Fazer de gato-sapato”
Expressão pode ter surgido de uma brincadeira
Quando alguém é tratado com desprezo, dizemos que a pessoa foi feita de gato-sapato. A origem mais provável para a alcunha está em um jogo antigo conhecido como gato­-sapato. Na brincadeira, uma criança de olhos vendados tinha de agarrar um colega. Enquanto tentava, outras crianças batiam nela com sapatos. Daí a expressão "fazer de gato-sapato".
Já o escritor Marcelo Duarte apon­ta outra possível origem para a ex­pressão. Segundo ele, tudo poderia ter começado numa época em que era moda abreviar palavras. Sapato, que se escrevia com "ç", era reduzido para "çato". Dependendo da letra de quem escrevia ou da atenção de quem lia, "çato" poderia ser facilmente confun­dido com "gato". LÌVIA LOMBARDO. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 12. “Engolir sapo”
Só brasileiros "engolem" o anfíbio
A expressão engolir sapo, usada quando somos obrigados a tolerar coisas desagradáveis sem podermos responder, é um regionalismo típico do Brasil. Mas por que engolir sapo e não cobra, borboleta ou jacaré? De acordo com Luís da Câmara Cascudo, em Dicionário do Folclore Brasileiro, o sapo é indispensável nas bruxarias. Acreditava-se ainda que existia uma pedra na cabeça dos anfíbios eficaz nos sortilégios. Ou seja, além de gos­mento, os bichos eram associados às forças ocultas.
Há também um episódio bíblico que conta que Deus castigou um faraó egípcio enviando um enxame de rãs, que invadiram casas e fornos. L.L. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


13. “Perder as estribeiras”
Expressão surgiu nos jogos de cavalaria
Quando uma pessoa se descontrola ou fica momentaneamente desatinada, dizemos que ela "perdeu as estribeiras". A origem dessa expres­são está nos jogos europeus de cavalaria dos séculos 15 a 17. Literalmente, perder as estribeiras significava ficar sem contato com os estribos, aros que pendem de cada lado da sela do cavalo e são utilizados como ponto de apoio para o pé do cavaleiro.
Nas antigas corridas de argolinhas, torneios em que os cavaleiros a galope precisam atingir com a pon­ta de uma lança as argolas pendu­radas em fios, perder as estribeiras desclassificava automaticamente os cavaleiros do páreo. Já nas corridas de cavalos sertanejas do Brasil, quem co­metesse esse erro era zombado e tinha que pagar a bebida dos companheiros como castigo. LÍVIA LOMBARDO. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 14. “Da pá virada”
Era assim que se falava de uma pessoa desocupada
Atualmente, a expressão "da pá virada" pode ser usada com vários significados bem diferentes. Ela serve, por exemplo, para qualificar uma criança travessa e inquieta. Também se fala assim de pessoas de má índole e que são criadoras de casos. Além disso, a frase ainda pode servir para elogiar indivíduos corajosos e competentes.
Em sua origem, porém, essa frase tinha um único significado. Uma pá de pedreiro virada, voltada para o solo, é um instrumento inútil, sem nenhuma serventia. Assim, a construção verbal era utilizada para designar indivíduos vadios, sem ocupação, que não traba­lhavam e, da mesma maneira que uma pá virada, não serviam para nada. De acordo com o historiador Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), a ex­pressão é brasileira, e provavelmente surgiu no século 19. L.L. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


15.“Quebrar o galho”
Duas histórias explicam a origem da expressão

Quando alguém nos ajuda a re­solver um problema, dizemos que essa pessoa nos "quebrou um ga­lho". Existem duas versões diferen­tes para explicar a origem desse re­gionalismo tão usado no Brasil. Um dos significados da palavra galho é "conjunto de riachos que se reúnem para formar um rio". Assim, para os viajantes, "quebrar um galho" significa abrir um caminho em um afluente de rio para desembocar de forma mais rápida no rio principal.
A segunda versão está ligada a Exu Quebra-Galho, entidade da umbanda que, acredita-se, exerce forte domínio sobre as mulheres. Exu é procurado por muitos homens para "quebrar galhos" amorosos com trabalhos de amarração. LÍVIA LOMBARDO. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 16. “De ara que”
Insulto está ligado a bebida alcoólica árabe
 Uma coisa "de araque" é sem valor ou de mentira. A origem desse insulto está em uma bebida chamada "arak", trazida ao Brasil por imigrantes ára­bes de origem não-muçulmana. Trata-­se de um licor de alto teor alcoólico, que, puro, pode chegar a 80% de álco­ol. Em geral, ele é diluído em água.
Por ser muito forte, o drinque é capaz de provocar grandes bebedei­ras em pessoas não acostumadas. AI­coolizadas, elas começam a falar bes­teiras. Daí o surgimento da expressão pejorativa "de araque" para se referir a algo que é tão desacreditado quanto uma pessoa de porre. L.L. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 17. “ Olha o passarinho”
 Ave na gaiola deixava criançada imóvel na hora da foto
Quando a fotografia foi inventada, a im­pressão da imagem no filme não se da­va rapidinho como hoje. Ver a foto nu­ma telinha digital segundos após ela ser tirada, podendo apagá-Ia e fazer de no­vo se alguém piscou, tampouco passava pela cabeça dos fotógrafos. Por isso po­sar era um processo bastante lento.
Na metade do século 19, os fotogra­fados tinham de permanecer parados por até 15 minutos a fim de que sua imagem fosse impressa dentro da má­quina. E fazer as crianças ficarem imó­veis por tanto tempo era um verdadei­ro desafio. Por isso, gaiolas com pássa­ros ficavam penduradas atrás dos fotó­grafos e chamavam a atenção dos pe­quenos, tornando mais fácil a brinca­deira. Assim, a expressão "olha o passa­rinho" ficou conhecida como a frase di­ta pelo fotógrafo na hora da pose. A.L. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 18. “As paredes têm ouvidos”
 Expressão se originou de um antigo provérbio persa
Tanto ocidentais quanto orientais con­cordam com a expressão que alerta para os perigos de sermos escutados sem saber. O dito existe, nessa mesma for­ma, em línguas como alemão, francês e chinês. Sua origem remonta a um anti­go provérbio persa que dizia: "As paredes têm ratos, e ratos têm ouvidos".
Um dos primeiros registros de provér­bio semelhante em inglês aparece no clás­sico medieval The Canterbury Tales, es­crito por Geoffrey Saucer entre 1387 e 1400. Saucer descreve algo como "aque­le campo tinha olhos, e a madeira tinha ouvidos" em um dos contos.
A expressão ganhou um sentido quase literal, que pode ser teste­munhado até hoje em castelos me­dievais e, principalmente, palácios re­nascentistas. Muitos deles - como o Palácio dos Doges, em Veneza, Itália ­escondem dutos e aberturas pelas pare­des, construídas na época para possi­bilitar a audição, em outras salas, de encontros políticos a portas fechadas. ADRIANA LUI. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 19. “Dar uma canja”
Iniciais do Clube dos Amigos do Jazz originaram o dito
Nos anos 60, o Clube dos Amigos do Jazz, entidade brasileira formada por fãs do gênero, era conhecido pela sigla Canja. Um dos costumes dos membros do clube era deixar seus instrumentos à disposição. Assim, os freqüentadores do local podiam se aventurar em apre­sentações de improviso. De "tocar no Canja” para "dar uma canja" foi um pulo - e hoje todo músico que partici­pa, de graça, de uma apresentação não planejada está "dando uma canja.
Corre entre músicos outra história para explicar a expressão: ela teria vin­do da famosa distribuição de sopa fei­ta aos mais pobres aqui no Brasil. As­sim como o prato era distribuído gra­tuitamente, os artistas que não rece­biam para subir ao palco estavam "dan­do uma canja”. A.L. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


20. " Fazer o diabo a quatro”
Dizemos que fulano "fez o diabo a qua­tro" numa festa, por exemplo, quando queremos dizer que ele fez algo inacre­ditável ou uma grande bagunça. De acor­do com Reinaldo Pimenta, autor do li­vro A Casa da Mãe Joana, que explica a origem de palavras e expressões, esta nas­ceu na França (o original é fàire le dia­ble à quatre) durante a Idade Média.
Nas peças de teatro daquela época, um dos personagens que sempre apare­cia era o diabo. Quando o autor das re­presentações queria fazer algum barulho, criava papéis para um ou dois diabos. Quando a idéia era causar espanto real­mente, fazer uma verdadeira bagunça na peça, escalava quatro diabos. "Daí o 'dia­bo a quatro' significar coisas espantosas, grande confusão", escreve Pimenta. CLÁUDIA DE CASTRO LIMA. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril) 


 21. “Estar na pindaíba”
Liso, na pior, sem um tostão furado. Es­tar ou andar na pindaíba é não ter di­nheiro nem para õ essencial, passar por uma fase de grande penúria financeira.
Há pelo menos três explicações para a origem da frase. Uma delas é do lingüis­ta Batista Caetano, autor deVocabulá­rio. Segundo ele, pindaíba é uma pala­vra de origem tupi que significa "vara de anzol" (pinda é anzol e iba, vara). Estar na pindaíba era dispor apenas de uma vara para a sobrevivência.
A outra versão, também de origem tupi, é do filólogo João Ribeiro, em A Língua Nacional: pindaíba era uma sel­va densa de cipós onde, às vezes, os ín­dios ficavam presos - ou seja, em gran­de dificuldade. A terceira explicação, por fim, é de Nei Lopes, estudioso de lín­guas africanas. De acordo com ele, a fra­se se incorporou ao português pela lín­gua quimbundo, falada em Angola. Pin­daíba viria de uma junção dembinda, "miséria", e uaíba, "feia" - e significaria estar na mais completa miséria. BRUNO COSTA. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


22. “Vale quanto pesa”
Duas origens são aceitas - uma delas é brasileira
A expressão significa dar valor a algo por meio de seu peso e substância. "Quer dizer que você não está pagan­do mais do que uma coisa de fato vale, nem um centavo a mais por grama ine­xistente", afirma Reinaldo Pimenta, au­tor de A Casa da Mãe Joana, livro que desvenda a origem de expressões.
Há duas origens para ela. Uma re­monta a uma lei medieval de povos do norte da Europa, que determinava que o assassino deveria pagar uma quantia em ouro ou prata à família do morto, calcu­lada sobre o peso do falecido. A outra ver­são é bem brasileira: na época do comér­cio de escravos, os homens ganhavam va­lor proporcional à idade e ao peso, características relacionadas à sua força. Por is­so, nos mercados de escravos, havia ba­lanças próprias disponíveis para aferir os quilogramas da "mercadoria”.  ADRIANA LUI. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 23. “ Fazer uma vaquinha”
Expressão está relacionada ao futebol e ao jogo do bicho
O ato de juntar algumas pessoas para co­letar um dinheirinho passou a ser conhe­cido como "fazer uma vaquinha' no sé­culo 20 por causa do futebol. Nas déca­das de 20 e 30, quase nenhum jogador de futebol ganhava salário - luxo só garan­tido aos atletas do Vasco da Gama.
Nesses tempos bicudos, muitas ve­zes a própria torcida reunia-se a fim de arrecadar, entre si, um "prêmio" para agraciar os craques. A grana era paga de acordo com o resultado obtido em campo. Os valores dessas "bolsas" as­sociavam-se aos números do jogo do bicho, loteria criada nos fins do Impé­rio. Se arrecadassem 5 mil-réis, por exemplo, chamavam o prêmio de "um cachorro", já que 5 é o número do ca­chorro no jogo. Dez - mil réis eram "um coelho". Quinze mil-réis, "um jacaré". Vinte mil, "um peru". Vinte e cinco mil, o prêmio máximo, era chamado de "uma vaca". Nascia a expressão "fa­zer uma vaquinha". A.L. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 24. “Rodar a baiana”
Quando alguém ameaça com um "pare com isso ou eu vou rodar a baiana", qual­ quer pessoa discreta pára na hora ­ou, pelo menos, toma cuidado. A ameaça, na verdade, consiste em dar um escândalo público.
Diferentemente do que possa parecer, essa expressão não tem sua origem relacionada à Bahia, e sim ao Rio de Janeiro. A região era palco, já no início do século 20, de famosos desfiles dos blocos de Carnaval.
No meio desses blocos, alguns espertinhos tascavam beliscões nas nádegas das moças que desfilavam. Para acabar com o problema, alguns capoeiristas passaram a se fantasiar de baianas, com direito a saia roda­da e turbante na cabeça. Assim, ao primeiro sinal de desrespeito, apli­cavam um golpe de capoeira. As pes­soas que assistiam aos desfiles não entendiam nada: só viam a baiana rodar - e começar toda a confusão.. LÍVIA LOMBARDO. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 25. “Cabra da peste”
 Empregada para designar um indivíduo bom, confiável e, principalmente, corajoso, es­sa locução tipicamente nordestina em nada tem a ver com a coitada da fêmea do bode. Cabra, no Nordes­te brasileiro, é sinônimo de homem.
Assim, é comum na região expres­sões como "cabra bom", para se re­ferir a alguém decente, ou "cabra besta", para alguém considerado um orgulhoso sem razão.
Mas por que "da peste"? A ra­zão é que epidemias eram um mal muito comum na região no come­ço do século 20 e, com a falta de re­cursos da população, tornavam-se muito perigosas e levavam à morte.
Dessa forma, quando alguém ficava doente, todos se afastavam com medo de serem contaminados pelo "cabra da peste". A expressão acabou, mais tarde, tornando-se si­nônimo de alguém que, por sua va­lentia, causa medo nas pessoas, a ponto de afastá-Ias. LL. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


26. “Cor de burro quando foge”
 Frase é inspirada em ditado centenário
 Várias espécies animais se trans­formam quando ameaçadas. O ca­maleão muda de cor. O polvo solta uma tinta escura que funciona como camuflagem. Não é esse o caso do burro. Portanto, a frase, muito usada em todo o Brasil para tratar de uma cor indefinida, não tem explicação no comportamento do bicho. A resposta mais provável para a origem do termo está em um registro feito no começo do século 20 pelo gramático Antônio de Castro Lopes (1827-1901), que docu­mentou o uso popular da construção "corro de burro quando foge". A repe­tição provocou uma frase que não faz o menor sentido, e que mesmo assim ficou consagrada. JUAN TORRES. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 27. “Onde Judas perdeu as botas”
Lenda sobre o apóstolo deu origem à expressão
 Bíblia não faz nenhuma refe­rência às botas de Judas, o apósto­lo que, de acordo com os relatos do Novo Testamento, entregou Jesus Cris­to aos guardas romanos em troca de 30 moedas de prata - e depois, arre­pendido, acabou se enforcando.
Mas, de acordo com uma lenda popular, Judas escondeu seus calça­dos junto com o dinheiro, e esse local nunca foi encontrado. Daí que "onde Judas perdeu as botas" faz referência a um local difícil de ser encontrado. "Muitas vezes, algumas expressões idiomáticas ganham corpo baseadas em crenças da religiosidade popular, sem ter tradição bíblica ou teológica", diz Josias da Costa Júnior, mestre em Ciências da Religião da Universidade Estadual Paulista (Unesp). J.T. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 28. “Negócio da China”
Expressão surgiu com as Guerras do Ópio
Não é necessário ter muita ima­ginação para pensar no potencial de venda de qualquer lojinha em um país com 1,3 bilhão de pessoas. É por isso que, tanto hoje como no passado, os grandes países produtores querem atuar na China. No século 19, esse mercado gigantesco foi assediado pela Inglaterra, que estava no auge da Revolução Industrial e precisava de consumidores para seus produtos.
 Só que era difícil ter acesso ao país, que permanecia fechado ao Oci­dente. O jeito foi partir para a briga. Nessa época, aconteceram as Guerras do Ópio, em duas etapas (1839-1842 e 1856-1860). Vitoriosos, os ingleses impuseram o monopólio da comer­cialização do ópio com os chineses e ainda ocuparam a ilha de Hong Kong, só devolvida em 1997. Um negócio da China mesmo. JUAN TORRES. (AVENTURAS NA HISTÓRIA - Ed. Abril)


 29. “Uma andorinha só não faz verão”
Frase vem de livro do filósofo Aristóteles
 Geralmente, as expressões idiomá­ticas têm origem popular. Não é este o caso. A primeira menção conhecida ao ditado está no livro Ética Nicômano, de Aristóteles (384-322 a.C.). Na obra, o filósofo grego escreve que "uma andorinha só não faz primavera", no sentido de que um indivíduo não deve ser julgado por um ato.