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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O Relógio da Vida

Há muitos anos, Al Capone controlava virtualmente Chicago. Capone não era famoso por nenhum ato heróico.

Ele era notório por empastar a cidade com tudo relativo a contrabando, bebida, prostituição e assassinatos.

Capone tinha um advogado apelidado 'Easy Eddie'. Era o seu advogado por um excelente motivo. Eddie era um bom profissional!

Sua habilidade, manobrando no cipoal legal, manteve Al Capone fora da prisão por muito tempo.


Para mostrar seu apreço, Capone lhe pagava muito bem. Não 
só o dinheiro era grande, como Eddie também tinha vantagens especiais. Por exemplo, ele e a família moravam em uma mansão protegida, com todas as conveniências possíveis.

A propriedade era tão grande que ocupava um quarteirão inteiro em Chicago. Eddie vivia a vida da alta roda de Chicago, mostrando pouca preocupação com as atrocidades que ocorriam à sua volta.

No entanto, Easy Eddie tinha um ponto fraco.

Ele tinha um filho que amava afetuosamente. Eddie cuidava que seu jovem filho tivesse o melhor de tudo: roupas, carros e uma excelente educação. Nada era poupado. Preço não era objeção. E, apesar do seu envolvimento com o crime organizado, Eddie tentou lhe ensinar o que era certo e o que era errado. Eddie queria que seu filho se tornasse um homem melhor que ele.

Mesmo assim, com toda a sua riqueza e influência, havia duas coisas que ele não podia dar ao filho: ele não podia transmitir-lhe um nome bom ou um bom exemplo.

Um dia, o Easy Eddie chegou a uma decisão difícil. Easy Eddie tentou corrigir as injustiças de que tinha participado.

Ele decidiu que iria às autoridades e contaria a verdade sobre Al 'Scarface' Capone, limpando o seu nome manchado e oferecendo ao filho alguma semelhança de integridade.

Para fazer isto, ele teria de testemunhar contra a quadrilha, e sabia que o preço seria muito alto. Ainda assim, ele testemunhou.

Em um ano, a vida de Easy Eddie terminou em um tiroteio em uma rua de Chicago.


Mas aos olhos dele, ele tinha dado ao filho o maior presente 
que poderia oferecer, ao custo do maior preço que poderia pagar.

A polícia recolheu em seus bolsos um rosário, um crucifixo, uma medalha religiosa e um poema, recortado de uma revista.

O poema:
'O relógio da vida recebe corda apenas uma vez e nenhum homem tem o poder de decidir quando os ponteiros pararão, se mais cedo ou mais tarde. Agora é o único tempo que você possui. Viva, ame e trabalhe com vontade. Não ponha nenhuma esperança no tempo, pois o relógio pode parar a qualquer momento.'

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