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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Divulgando Poesia - PRÓFUGOS DA AURORA III

PRÓFUGOS DA AURORA III

Já escrevi do amor que nunca houve,
do amor por um perfume pressentido,
sem que a fonte sequer tivesse havido
para as papilas que o olfato louve.

Sei lá que amor minhas narinas move
em tal instante, meu faro desnutrido:
talvez perfume de mulher sentido,
talvez de flor que o imaginar comove.

Talvez apenas um desses detergentes
que alguma casa enchem de fragrância,
anéis benzoicos de odor hexagonal,

meu romantismo a recompor frequentes
esses estímulos em feminina instância,
como a ânsia insaciada do sensual.

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