PRÓFUGOS DA AURORA II
Já escrevi do amor bem sucedido,
que certamente os tive na minha vida
ou desse amor que só nalma tem guarida
e nunca foi às claras pretendido;
já descrevi sexual amor desimpedido,
falando claramente em voz despida,
da hipocrisia em seu calor nutrida,
amor do corpo, gozado e sem sentido;
já recebi do amor o cintilante
orgasmo multicor que rasga os ossos,
que lança o sangue contra o precipício,
salto mortal de risco culminante,
o próprio cérebro a derramar em fossos
de um outro corpo, em elegia ou vício.
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