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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Divulgando Poesia - PRÓFUGOS DA AURORA I

PRÓFUGOS DA AURORA -

É tão batido o amor, tanto soneto
que eu mesmo fiz, na emoção da aurora,
que insisti em redigir na exausta hora
e inda compus no fosso mais secreto.

Amor em que teimei, por puro afeto
ao próprio amor, com toda a sua demora,
amor já morto, que ainda amei, embora
o seu presente me fosse bem discreto.

Amor que lembro em clara nostalgia,
esse amor que sobrevinha e depois ia,
tão certamente como o Sol se vai

e que lambo em meus dedos, quando sai
a farpa desse anseio em noite fria,
por amor morto, que mesmo assim, não cai.

William Lagos 

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