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sábado, 26 de janeiro de 2013

RS ABAIXO DA MÉDIA E LONGE DO TOPO



BOLETIM VERMELHO. Enem acende alerta para a sala de aula. 
Mais de 60% das escolas do Estado ficaram abaixo da média nacional

MARCELO GONZATTO

Oresultado das escolas gaúchas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)2011,
 divulgado esta semana, coloca em xeque o ensino praticado em salas de aula 
públicas e privadas no Estado.

A listagem de desempenho mostra que 65,8% dos colégios de todas as redes ficaram
abaixo da média geral nacional de 519. Especialistas avaliam que, embora a prova 
não seja utilizada oficialmente para comparações entre regiões, a performance 
rio-grandense revela deficiências preocupantes.

Enquanto quase sete em cada 10 estabelecimentos gaúchos não alcançaram a 
média do país, em outros Estados a situação é inversa. No Rio de Janeiro, por 
exemplo, que apresentou o melhor resultado neste quesito, 70% dos colégios 
superaram o patamar médio brasileiro.

O Ministério da Educação e o governo gaúcho sustentam que, por ser voluntário e 
permitir a participação de egressos do Ensino Médio formados em qualquer época, 
o Enem não é o melhor instrumento para comparar a qualidade vigente de 
sistemas de ensino.

No entanto, especialistas como Roselane Costella, professora da Faculdade de 
Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pesquisadora 
do Enem, sustentam que os resultados anunciados quinta-feira escancaram 
imperfeições do ensino gaúcho. Uma das principais é a filosofia de ensino baseada 
em um modelo que o exame nacional despreza: disciplinas estanques, com muita 
memorização e pouquíssima 
aplicação prática.

– Em outros Estados brasileiros, que têm escolas com as melhores médias do 
Enem, há algum tempo essa filosofia já vem sendo substituída por uma educação
mais voltada para o desenvolvimento de habilidades e a resolução de problemas –
avalia Roselane.

O Rio Grande do Sul tende a ir mal no teste do Ensino Médio, segundo ela, porque
as questões propostas muitas vezes apresentam conteúdo das disciplinas ao 
participante em vez de solicitá-lo, mas exige que o aluno cruze essas informações 
com outras, raciocine e encontre a resposta para um problema.

– Nossa educação, o que inclui as escolas privadas, ficou muito voltada para o 
tradicional modelo de vestibular, em que havia até macetes para decorar fórmulas.
Não há mais macetes no Enem – complementa a especialista.

Investimento é um obstáculo

Essa é a mesma avaliação da professora da UFRGS Elizabeth Krahe, para quem
as escolas gaúchas são mais fiéis ao ensino isolado de disciplinas e com pouca 
referência à vida real. O secretário estadual da Educação, Jose Clovis Azevedo, 
afirma que a reforma do Ensino Médio em andamento tem como um de seus 
objetivos diminuir essas barreiras.

– A escola, que sempre foi lugar de repetição, hoje tem de ser lugar de criação –
avalia Jose Clovis.

Esse desafio esbarra em outros nós do ensino rio-grandense, como a formação
de professores. Embora cerca de 90% do magistério estadual tenha formação 
superior, segundo Roselane os cursos universitários seguem formando educadores
com perfil tradicional. Na rede pública, o Rio Grande do Sul ainda enfrenta outros
obstáculos para melhorar. Por exemplo:
1) Dificuldade de investimento: a proporção de inativos, o abismo entre os maiores
os menores salários e os parcos recursos do governo reduzem a verba para a 
educação. A fração do PIB gaúcho aplicada em educação, que já foi de 1,5%, em
2011 ficou em 0,3%.

2) Baixos salários: com poucos recursos e uma folha de pagamento que já consome
perto de 90% do orçamento, o governo tem dificuldade para cumprir a Lei do Piso.

3) Polarização política:temas como plano de carreira, meritocracia e reorganização 
de turmas costumam envolver opositores ferrenhos, e o Estado não consegue 
definir uma política de longo prazo.

O presidente do Sindicato do Ensino Privado, Osvino Toillier, admite que outros 
Estados têm uma média diária de horas de aula superior. Mas acredita que o fato
de o Estado não ter nenhum estabelecimento particular entre as cem melhores 
instituições do país também se explica por outras razões:

– Os demais Estados têm uma maior preocupação com o Enem,programam-se
e se estruturam para preparar os alunos com o objetivo de alcançar uma boa 
média.

Roselane Costella, professora e pesquisadora da UFRGS

O aluno gaúcho está desanimado porque o conteúdo ensinado não dá mais 
conta dessa geração. Precisa estabelecer relações, compreender o mundo de 
outra forma. Do jeito que está, vamos cair ainda mais posições no Enem. 
Não é uma prova excepcional, mas cobra coisas que devem ser cobradas.

Jose Clovis Azevedo, secretário estadual da Educação

O Enem não é um indicativo seguro para se discutir qualidade de ensino, mas 
temos vários indícios de que precisamos mudar (...). Não é fácil sair dessa visão
tradicional em que se estuda o conteúdo pelo conteúdo para uma visão de que 
ele é uma ferramenta para aplicar e ter novas percepções de ciência, cultura.

Sinto Vergonha de Mim


Sempre é oportuno relembrar esta grande poema de Rui Barbosa apresentado por Rolando Boldrim. A canalhada continua solta e frouxa. 
Rolando Boldrin Sinto Vergonha de Mim - Sr Brasil
www.youtube.com
Rolando Boldrin declama Sinto Vergonha de Mim (Cleide Canton/ Rui Barbosa)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

As Estrelas Do Mar:


Um escritor que morava numa praia tranqüila, junto a uma colônia de pescadores. Todas as manhãs passeava a beira-mar para se inspirar e de tarde ficava em casa escrevendo.

Um dia, caminhando na praia,ele viu uma pessoa que parecia dançar. Quando chegou perto viu que era um jovem pegando na areia as estrelas-do-mar, uma por uma, e jogando novamente de volta ao oceano.

Chegou perto e disse:
- Por que você está fazendo isso?
- Você não vê !? Disse o jovem. - A maré está baixa e o sol está brilhando. - Elas vão secar no sol e morrer se ficarem aqui.

O escritor riu e disse ao jovem:
- Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pelas praias.
- Que diferença faz, você joga umas poucas de volta ao oceano e a maioria vai perecer de qualquer forma?

O jovem pegou mais uma estrela na areia, jogou de volta ao oceano, olhou para o escritor e disse:
-Mas para a vida dessa estrelinha eu fiz a diferença...

Naquela noite o escritor não conseguiu dormir nem sequer escrever. De manhazinha foi para a praia, reuniu-se ao jovem, e juntos salvaram mais estrelinhas jogando-as de volta ao mar.

Podemos fazer deste universo um lugar melhor para vivermos. 
Fazendo cada um a sua parte. 
Fazendo cada um a diferença.

Autor desconhecido

O DESAFIO DA ESCOLA PÚBLICA


ZERO HORA  | N° 17263

EDITORIAIS


Repete-se e amplia-se, na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio, a 
conclusão de que a realidade das escolas públicas é desalentadora. O desempenho
dos colégios mantidos pelos Estados piorou no ano passado em relação a 2010. 
Dos 50 melhores educandários do país, apenas três são públicos, e todos são 
federais – na edição anterior, eram seis. É uma disparidade grande demais, que 
não se explica apenas pelo conjunto de distorções do programa encarregado de 
avaliar a performance de estudantes e escolas do Ensino Médio. 
Entre as deficiências apontadas, denuncia-se com frequência que o Enem faz o 
confronto da escola pública com instituições privadas que selecionam seus alunos.

O exame seria assim um duelo desigual de estudantes de colégios muitas vezes 
precários – e em condições socioeconômicas inferiores – com alunos de escolas
de elite. Há dados que comprovam algumas falhas, como o fato de que, entre as
10 melhores escolas, em sete eram menos de cem os alunos que estavam 
concluindo o Ensino Médio e fizeram o teste. Essa seletividade não é suficiente, 
no entanto, para alterar o conjunto dos resultados e sustentar pretextos 
desqualificadores do exame. O Enem deve ser mantido e aperfeiçoado, com a 
correção de eventuais falhas. Seria um desserviço continuar a atacá-lo, como 
tática diversionista, para esconder as limitações da educação pública.

Os números divulgados pelo MEC são incontestáveis: 92% das escolas estaduais 
tiveram nota abaixo da média geral do país, que já é insatisfatória. E esse não é 
um problema localizado nas regiões mais pobres. Nenhum Estado conseguiu 
registrar mais de 20% das escolas com notas acima da média nacional. 
A precariedade revelada pela amostragem exige, há muito tempo, reações do 
setor público. Mas a capacidade de articulação dos governos federal e estaduais 
tem se mostrado insuficiente para que aconteça uma virada na educação 
brasileira. Como apenas 12% dos estudantes estão na rede privada, isso significa
que 88% do contingente do Ensino Médio continua à espera de investimentos 
em estrutura, em equipamentos e em pessoal.

Os avanços proporcionados pelo próprio Enem, que buscam a melhoria das 
práticas pedagógicas e procuram ampliar o acesso de egressos da rede pública ao
Ensino Superior, não são suficientes para compensar os erros das políticas públicas
e as omissões de comunidades e pais alheios ao que se passa nas escolas. 
O descaso do Brasil com a formação básica assumiu, como têm alertado os 
especialistas, a conotação de desprezo com parcela da população que mais 
depende do suporte dos governos. 
Alunos de escolas mantidas pelos Estados são, em sua maioria, de famílias de
baixa renda. Privá-los de um bom ensino é também uma forma de ampliar 
suas privações e negar-lhes a chance de crescer econômica e socialmente 
através da educação.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

ALERTA !!! SUPERMERCADOS.



Hoje, 24/1/2013, minha empregada fez compras em
um Supermercado de nossa Cidade.
Comprou, entre outros produtos, uma certa quantidade de caixinhas de Erva-Doce.
Na prateleira, o valor indicado, por unidade, era de R$1,48 (Um real e quarenta e oito centavos).
Ao passar na caixa do referido supermercado, 
foi-lhe cobrado R$2,88 (Dois reais e oitenta e oito centavos), por unidade (!!!!!).
Como a referida empregada é pessoa muito atenta e 
experiente, reclamou e tiveram, até, que chamar o Gerente, daquele estabelecimento. 
Tentaram engambela-la, mas, dado à  sua insistência e constatado o erro (ou safadeza?...), o Gerente disse à caixa ( (mais ou menos isto), que, então, 
"Deixasse, mesmo, pelo preço de R$1,48)" 
A minha secretária, respondeu, veementemente.
"Deixar, não ! É o que consta na prateleria !".
Por ai se verifica, quantas pessoas, neste Brasil,
são lesadas !
Infelizmente, neste País, a tônica é ser "bonzinho", "deixar passar", "perdoar sempre" e "aceitar todas as ignomínias e safadezas", a que o brasileiro está acostumado, também, na área dos Serviços Públicos.
Portanto, se desejamos mudar a cultura do "deixa 
pra lá...", que impera no Brasil, devemos ter consciência cidadã e exigir nossos direitos, tendo cumprido com os nossos deveres.

> reclame, sempre;
> use o Procon;
> assista os programas das TVs de Câmaras Municpais de Vereadores, para se inteirar do que se passa na sua Cidade;
> acompanhe os desempenhos do vereador, deputado estadual e federal, bem como senador, em quem voce votou;
> com a facilidade dos telefones celulares que fotografam, tire fotos dos eventos (servem como provas) - no caso do Supermercado, tire fotos das prateleiras e os preços lá colocados. Anote em sua lista de compras, os valores por unidade (que sejam bem visíveis);
> se há pertubação da ordem pública, como, p.ex.,  barulho noturno (a lei diz após as 22 horas), reclame à Prefeitura Municipal local. Entre com ação judicial contra os donos dos bares barulhentos e, até, contra a Prefeitura Municipal. Em minha Cidade, uma amiga entrou com uma ação judicial contra a Prefeitura Municpal local e a ganhou, inclusive com direito à receber certa quantia. Era cardíaca, morava no balneário local. 
Abriram um barzinho noturno, no mesmo 
quarteirão, o que lhe infernizou a vida. 
Como, sempre, a Prefeitura não respondeu aos seus reclamos. Ela, então, buscou a Justiça.
Com esta ação ganha, abriu, então, um precedente.
Tal notícia, foi publicada num dos jornais locais.
Em países civilizados, democráticos, onde a lei é obedecida, onde não existe "saídas para corruptos e corruptores", todos são "inocentes até prova em contrário".
Parece que, no Brasil, não é assim; por aqui se pratica o seguinte: "grande parte da população é de  desonestos, até prova em contrário"...
É o que se observa na mídia brasileira.
Por enquanto é só.
Sempre alerta !

Se permanecermos ajoelhados, servis, continuaremos escravos.