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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

7 truques incríveis para fazer seu tempo de estudo render mais

Administrar bem o tempo é fundamental para dar conta de todas as responsabilidades e fazer o seu estudo ser mais produtivo.

7 truques incrveis para fazer seu tempo de estudo render mais
Faça um planejamento diário
Faça um planejamento de tudo aquilo que você tem que fazer no dia seguinte. Pergunte-se se aquela atividade precisa realmente ser feita naquele determinado dia e se é você quem deve executá-la. Tente programar, também, quanto tempo você gastará para fazer cada tarefa, pois isso impedirá que você agende mais compromissos do que pode cumprir.
Eleja as prioridades
Ao fazer a lista do item anterior, você deve saber o que é, ou não, prioridade. Comece o seu dia por aquilo que é mais importante. Dessa forma, você não corre o risco de deixar para trás algo que deveria ter sido feito. Se as atividades do dia forem enormes e demandarem muitas horas, tente dividi-las em pequenas tarefas, para que você consiga resolver uma parte por vez.
Use agenda
Não importa se ela será a convencional, de papel, ou no celular. O importante é que você tenha um lugar para anotar tudo o que é preciso ser feito, sem pular nenhuma tarefa – nem as mais banais, como responder e-mails ou fazer uma pausa para o cafezinho. Tudo que está no papel está fora da sua cabeça. Livre de preocupações, deixando você mais produtivo.
Evite distrações
Por mais que você seja organizado, se você não eliminar do seu dia as distrações constantes, não conseguirá administrar bem o seu tempo. Na era do Twitter e Facebook está cada vez mais difícil deixar de gastar tempo com o que não é essencial. Se você usa esses minutos para arejar um pouco a cabeça, não há problema. Mas compute o tempo que gasta nas atividades para ver se não está exagerando.
Fuja do perfeccionismo
Assim como o retrabalho, o perfeccionismo atrapalha o fluxo de produtividade. Você deve focar seus esforços para realizar a tarefa de forma satisfatória e não perfeita. Lembre-se sempre de que o perfeccionismo é um sabotador da boa administração do tempo.
Tenha momentos de isolamento
Se tiver que executar uma tarefa que exige muita concentração, procure se isolar para garantir que ninguém vai interrompê-lo. Assim, o seu estudo renderá muito mais. Nesses momentos, desligue a tv e avise os seus colegas e familiares que você não pode ser interrompido.
Aproveite o tempo ocioso
Não tem como fugir da fila do banco, do supermercado ou da espera no médico? Então, aproveite esses momentos para realizar algumas tarefas importantes. Você pode, por exemplo, planejar as tarefas que devem ser feitas no dia seguinte, ouvir um podcast ou uma aula gravada.

domingo, 16 de agosto de 2015

Texto sábio de um geriatra

Estamos envelhecendo.  Não nos preocupemos!  De que adianta, é assim mesmo.  Isso é um processo natural.  É uma lei do Universo conhecida como a 2ª Lei da Termodinâmica ou Lei da Entropia.  Essa lei diz que:  “A energia de um corpo tende a se degenerar e com isso a desordem do sistema aumenta”.  Portanto, tudo que foi composto será decomposto, tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar.  Como fazemos parte do universo, essa lei também opera em nós.  Com o tempo, os membros se enfraquecem, os sentidos se embotam.  Sendo assim, relaxe e aproveite.  Parafraseando Freud: “A morte é o alvo de tudo que vive”.  Se você deixar o seu carro no alto de uma montanha, daqui a 10 anos ele estará todo carcomido.  O mesmo acontece a nós.  O conselho é:  Viva.  Faça apenas isso. Preocupe-se com um dia de cada vez.  Como disse um dos meus amigos a sua esposa: “me use, estou acabando!”.  Hilário, porém realista.

Ficar velho e cheio de rugas é natural.  Não queira ser jovem novamente, você já foi.  Pare de evocar lembranças de romances mortos, vai se ferir com a dor que a si próprio inflige.  Já viveu essa fase, reconcilie-se com a sua situação e permita que o passado se torne passado.  Esse é o pré-requisito da felicidade.  “O passado é lenha calcinada.  O futuro é o tempo que nos resta: finito, porém incerto”  como já dizia Cícero.

Abra a mão daquela beleza exuberante, da memória infalível, da ausência da barriguinha, da vasta cabeleira e do alto desempenho, pra não se tornar caricatura de si mesmo. Fazendo isso ganhará qualidade de vida.  Querer reconquistar esse passado seria um retrocesso e o preço a ser pago será muito elevado.  Serão muitas plásticas,  muitos riscos e mesmo assim você verá que não ficou como outrora.  
A flor da idade ficou no pó da estrada.  Então, para que se preocupar?!  Guarda os bisturis e toca a vida.

Você sabe quem enche os consultórios dos cirurgiões plásticos?  Os bonitos.  Você nunca me verá por lá.  Para o bonito, cada ruga que aparece é uma tragédia, para o feio ela é até bem vinda, quem sabe pode melhorar, ele ainda alimenta uma esperança.  Os feios são mais felizes, mais despreocupados com a beleza, na verdade ela nunca lhes fez falta, utilizaram-se de outros atributos e recursos.  Inclusive tem uns que melhoram na medida em que envelhecem.  Para que se preocupar com as rugas, você demorou tanto para tê-las!  Suas memórias estão salvas nelas.  Não seja obcecado pelas aparências, livre-se das coisas superficiais.  O negócio é zombar do corpo 
disforme e dos membros enfraquecidos.

Essa resistência em aceitar as leis da natureza acaba espalhando sofrimento por todos os cantos.  Advêm consequências desastrosas quando se busca a mocidade eterna, as infinitas paixões, os prazeres sutis e secretos, as loucas alegrias e os desenfreados prazeres. Isso se transforma numa dor que você não tem como aliviar e condena à ruína sua própria alma.  Discreto, sem barulho ou alarde, aceite as imposições da natureza e viva a sua fase.  Sofrer é tentar resgatar algo que deveria ter vivido e não viveu.  Se não viveu na fase devida, o melhor a fazer é esquecer.

A causa do sofrimento está no apego, está em querer que dure o que não foi feito para durar.  É viver uma fase que não é mais sua.  Tente controlar essas emoções destrutivas e os impulsos mais sombrios. Isso pode sufocar a vida e esvaziá-la de sentido.  Não dê ouvidos a isso, temos a tentação de enfrentar crises sem o menor fundamento. Sua mente estará sempre em conflito se ela se sentir insegura.  A vida é o que importa.  Concentre-se nisso.  A sabedoria consiste em aceitar nossos limites.

Você não tem de experimentar todas as coisas, passar por todas as estradas e conhecer todas as cidades.  Isso é loucura, é exagero. Faça o que pode ser feito com o que está disponível.  Quer um conselho?  Esqueça.  Para o seu bem, esqueça o que passou.  Tem tantas coisas interessantes para se viver na fase em que está.  Coisas do passado não te pertencem mais. Se você tem esposa e filhos, experimente vivenciar algo que ainda não viveram juntos, faça a festa, celebre a vida, agora você tem mais tempo, aproveite essa disponibilidade e desfrute.  Aceitando ou não, o processo vai continuar.  Assuma viver com dignidade e nobreza a partir de agora.  Nada nos pertence.


Tive um aluno com 60 anos de idade que nunca havia saído de Belo Horizonte.  Não posso dizer que, pelo fato de conhecer grande parte do Brasil, sou mais feliz que ele.  Muito pelo contrário, parecia exatamente o oposto.  O que importa é o que está dentro de nós, a velha máxima continua atual como nunca: “quem tem muito dentro precisa ter pouco fora”.

Esse é o segredo de uma boa vida.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Dez dicas para otimizar os estudos

Confira as técnicas de aprendizagem.

Os concursos públicos constituem uma ótima alternativa para obtenção de estabilidade e boa remuneração. Em consequência desse fenômeno, os cursos preparatórios e as listas de inscritos nos certames estão, a cada dia, mais abarrotados. Apesar disso o que vemos é um número estável de aprovados quando o esperado seria um número crescente. Uma explicação é a baixa qualidade do ensino e a despreocupação das pessoas com as técnicas de aprendizagem. A principal solução que vejo para esse problema reside na capacidade de o concurseiro otimizar o seu estudo.
A otimização do estudo, ou “aprender a aprender”, é como “ler o manual” da máquina mais complexa que temos, o nosso cérebro, o que consiste na constante revisão do que faz bem para ele, além de focar naquilo que é verdadeiramente um diferencial, como a qualidade do aprendizado e não a quantidade. Há quem estude 12 horas por dia e tenha um resultado prático inferior ao de outra pessoa que estuda apenas uma hora por dia. O processo de otimização permite, por exemplo, estudar por uma mesma quantidade de horas, obtendo-se um considerável ganho em agregação de novos conhecimentos.
Dez dicas para otimizar os estudos
O mais interessante é que serve para todos, posto que a inteligência pode ser aperfeiçoada, independente do seu quociente intelectual (QI). O fato é que é possível aprender a ser mais inteligente, bem como a desenvolver espécies diferentes de inteligência, bastando, para isso, certo esforço. Caso contrário, continuaremos lidando com um número de aprovações que poderia ser muito melhor.
Dicas de otimização
1. Para aprimorar a memória, utilize imagens mentais, ícones e revisões constantes. Marcar, grifar e repetir são boas técnicas de “etiquetação” mental.
2. Para otimizar o tempo, monte e respeite, o máximo possível, seu quadro horário. Aproveite horários “vagos” para estudar. Trânsito, banheiro e ônibus são santuários do saber.
3. Faça pausas! A cada hora de estudo, pare por 10 ou 15 minutos. Aproveite para ir ao banheiro, pegar água e se alongar nesse intervalo.
4. Fuja de TV e telefone durante suas pausas!
5. Faça uma redação por dia e, no dia seguinte, corrija a anterior. Com isso, você treinará sua redação para economizar tempo na hora da prova e poderá aprimorar seu texto.
6. Se possível, deixe a leitura de e-mails e redes sociais apenas para sua hora de descanso.
7. Monte um banco de dados de questões. Dessa forma você não precisará interromper seu estudo para procurar por questões de uma ou de outra disciplina.
8. Costumo sugerir que a véspera de prova seja um dia de descanso. Isso reduz a ansiedade e tranquiliza o candidato.
9. No dia da prova, antes de iniciá-la, divida seu tempo, separando alguns minutos para preencher o cartão de respostas.
10. Independente do resultado da prova, se você for continuar estudando, refaça as questões recorrendo aos livros da matéria.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Crase

Há assuntos e assuntos. Alguns aparecem de vez em quando. Aí, pintou a dúvida? Basta uma consultinha e ela se vai. Vale o exemplo do hífen. Não é todos os dias que escrevemos infraestrutura. Ao fazê-lo, se surgir a interrogação, o dicionário tem a resposta na ponta da língua. Mas certos temas estão sempre presentes. É o caso da vírgula e da crase. Elas aparecem em qualquer texto e em mil e uma ocasiões. Daí a importância de dominar-lhes o emprego. O sinal de pontuação foi assunto das três colunas anteriores. Chegou a vez do acento grave. Abram-lhe alas.

Sem humilhação
Ferreira Gullar disse que a crase não foi feita pra humilhar ninguém. Pode ser. Mas que dá nó nos miolos, isso dá. Como desatá-lo? É fácil como andar pra frente.
Primeiro passo: desvendar o segredo do acentinho
Crase é como aliança no dedo esquerdo. Avisa que estamos diante de ilustre senhora casada. A preposição a se encontra com outro a. Pode ser artigo ou pronome demonstrativo. Os dois se olham. O coração estremece. Aí, não dá outra. Juntam os trapinhos e viram um único ser.
Segundo passo: descobrir se existem dois aa
Para que a duplinha tenha vez, impõem-se duas condições. Uma: estar diante de uma palavra feminina. A outra: estar diante de um verbo, adjetivo ou advérbio que peçam a preposição a:
Vou à escola das crianças.O verbo ir pede a preposição a (a gente vai a algum lugar). O substantivo escola adora o artigo (a escola das crianças). Resultado: a + a = à
*João é fiel à namorada.O adjetivo fiel reclama a preposição a (a gente é fiel a alguém). Namorada se usa com artigo (a namorada de João). Resultado: a + a = à
*Relativamente à questão proposta, nada posso informar.O advérbio relativamente exige a preposição a (relativamente a alguém ou a alguma coisa). Questão pede o artigo a (a questão ainda não tem resposta) Resultado: a + a = à
Terceiro passo: recorrer ao macete
Na dúvida, peça ajuda ao tira-teima. Substitua a palavra feminina por uma masculina. (Não precisa ser sinônima.) Se no troca-troca der ao, é crase na certa:
Vou à escola. Vou ao clube.João é fiel à namorada. Carla é fiel ao namorado. Relativamente à questão, nada posso fazer. Relativamente ao problema, nada posso fazer.
Vale a pergunta. Se é tão simples, por que tantos tombam tanto? Acredite. A resposta está no artigo. Nossa dificuldade não reside na preposição, mas no saber se aparece artigo ou não. É o caso de nome de cidades, estados, países ou pessoas, dos pronomes possessivos, de palavras repetidas. E por aí vai. Hoje ficamos com o primeiro caso. A próxima coluna se encarrega dos demais.
O xis da questão
Vou a Brasília? Vou à Brasília? Fui a Paraíba? Fui à Paraíba? Ia a França? Ia à França? Eta dor de cabeça! Cidades, estados e países são cheios de caprichos. Ora dão vez ao grampinho. Ora não. No aperto, a gente chuta. O resultado é um só. A Lei de Murphy, gloriosa, pede passagem. O que pode dar errado dá.
Como safar-se? Há saídas. Uma delas: seguir o conselho dos políticos. "Para vencer o diabo", dizem eles, "convoque todos os demônios." Um demoniozinho se chama troca-troca. Construa a frase com o verbo ir. Depois, substitua o ir pelo indiscreto voltar. Por fim, lembre-se da quadrinha:
Se, ao voltar, volto da, crase no a. Se, ao voltar, volto de, crase pra quê?
Viu? O da – casamento da preposição de com o artigo - denuncia a presença do a. Vamos ao tira-teima:Volto de Brasília.Se, ao voltar, volto de, crase pra quê? Sem artigo, nada de crase:Vou a Brasília.
*Voltei da Paraíba.Se, ao voltar, volto da, crase no a. O artigo dá a vez ao acentinho:Vou à Paraíba.
*Ia a França.Se, ao voltar, volto da, crase no a. Com artigo, vem grampinho:Ia à França.
*Na primeira viagem, vou a Lisboa, a Paris e a Viena. Na segunda, a Londres e a Roma dos papas. Na última, a Madri das touradas e a Brasília de JK.
Eta mistura! Volto de Lisboa, de Paris e de Viena. Volto de Londres e da Roma dos papas. Volto da Madri das touradas e da Brasília de JK.
Na primeira viagem, vou a Lisboa, a Paris e a Viena. Na segunda, a Londres e à Roma dos papas. Na terceira, à Madri das touradas e à Brasília de JK.

Será que o Brasil merece os políticos que têm?

Sei que a resposta que darei não agradará a ninguém, contudo, direi o que penso, sem receio de nada, mesmo ciente das críticas que virão, desta feita não somente dos políticos, pois a população, em sua maioria, não gostará de ouvir a realidade.
Mas, ciente do meu papel de cidadão, não posso me furtar em dizer o que penso, especialmente quando objetivando despertar uma consciência coletiva que, quase sempre, somente vem com o choque das ideias contrapostas.
O momento é de muita tristeza e, sinceramente, não pensei que chegássemos a esse ponto. Não adianta querer culpar somente os políticos pela patente crise ética que estamos vivendo e, por conseguinte a própria banalização da roubalheira que se vê de “cabo a rabo” como se diz em todos os setores da vida pública em nosso país.
É oportuno que de plano se registre que tal situação de longe pode ser atribuída somente aos nossos políticos, sendo óbvio que por muito tempo escondemos por debaixo do tapete a poeira da corrupção e da inversão ética dos valores de um homem público e a própria concepção da palavra política, banalizando tudo isso ao ponto de há muito tempo nossos políticos terem se esquecido do principal papel de um político, qual seja, servir ao bem comum do povo.
"O político é eleito para servir ao povo que o elegeu, não para ser servido!" Herval Sampaio
Ou seja, não se pode buscar na política nada, repito, nada de interesse pessoal, além dos próprios benefícios do cargo, que sinceramente são discutíveis pela quantidade exagerada de privilégios que a maioria dos cargos políticos nesse país trazem, o que leva ao ponto de as pessoas quererem chegar ao poder, justamente pelo o que ele lhe beneficia, quando na realidade esse poder deveria ser tido tão somente como meio para realização das necessidades públicas.
O momento é muito difícil, contudo pode servir de processo, na acepção da palavra para que possamos depurar de uma vez por todas essa triste realidade indiscutível que passamos em nosso país durante muitos anos, principalmente no processo eleitoral (Triste realidade da politicagem brasileira: uma verdade que precisa ser enfrentada com rigor e firmeza e Triste realidade da politicagem brasileira II: uma verdade que precisa ser enfrentada com rigor e firmeza).
Não temos a pretensão de achar que mesmo com todo esse cenário e a partir do processo de depuração, que hora estamos defendendo, se possa acabar totalmente com a corrupção, pois é impossível que isso ocorra. Contudo, cremos piamente que podemos pelo menos inverter o cenário atual para que aquilo que é indiscutivelmente regra geral passe a ser exceção.
Nesse texto não podemos por óbvio generalizar e também não podemos atingir nenhum dos políticos que tiveram seus nomes atingidos nos últimos escândalos, principalmente na semana passada, porém, é indiscutível que precisamos responder à pergunta que não quer calar:
Nós, povo brasileiro merecemos os políticos que temos?
Digo, sem receio, em que pese respeitar, desde já, posições em contrário, que merecemos sim os políticos que temos. Não só porque fomos nós que os colocamos em seus cargos, mas, também, pela certeza de que esses políticos tão somente retratam a essência de nossa sociedade. Ou melhor, a nossa própria essência, corrupta por natureza, em que buscando sempre os nossos interesses egoístas, esquecemos sempre do bem comum que devia trilhar nossas condutas.
Nos pequenos gestos, já dizemos o que somos e para que e a quem servimos, sendo patente que o povo brasileiro, por sua grande maioria, não preserva os valores básicos e culturais necessários de uma sociedade para que possa cobrar de seus políticos a mesma postura e talvez por isso a gente veja no cenário atual a total apatia do povo brasileiro com tantos escândalos, escândalos estes que se renovam de tempo a tempo, e infelizmente demonstram a mesma apatia, como se o povo achasse normal ou até mesmo compactuasse com tudo isso.
Os pequenos exemplos dados em junho de 2013 e até mesmo esse ano, por duas vezes, não foram e nem são suficientes para que os próprios políticos reconheçam que suas ações, regra geral, estão totalmente erradas e o mais importante, que passem a mudar.
E não dizemos isso como discurso vago!
Pode-se ver claramente que os políticos não nos ouviram e isso restou comprovado no trato com que os mesmos tiveram com a reforma política ainda em andamento, que sinceramente chamem de tudo menos de reforma, pois não se toca em nenhum momento em qualquer aspecto substancial que venha mesmo que de longe a combater ao que chamamos de estrutura do poder pelo poder (A reforma que não reforma).
Como entendemos que os escândalos atuais e passados demonstram a origem de toda a corrupção, qual seja, a patente influência do poder econômico, do poder político e do poder midiático em todo o processo eleitoral, fazendo com que poucas empresas e pessoas dominem na essência todo o processo eleitoral e elegendo evidentemente quem não tem qualquer compromisso, repito, qualquer compromisso, com os desejos mínimos de um povo tão sofrido e que não tem os seus direitos assegurados há bastante tempo em nossa Constituição.
Sabe o por quê?
Digo: porque o financiamento empresarial é um investimento pesado que aufere lucros inimagináveis no mercado e que cobra dos políticos uma fatura que ele, pessoalmente, não paga nada, sobrando para o dinheiro público bancar tudo isso como estamos vendo atordoados.
Infelizmente, a maioria esmagadora dos políticos descumpre a constituição, descumpre as leis, descumpre os valores mínimos éticos, e tudo isso somado faz com que se tenha o poder e o dinheiro, como meta principal de suas ações, não se vendo, em momento algum, de todo esse processo, qualquer possibilidade de efetiva punição dos políticos, pelo menos nesse momento promiscuo de campanha e prestação de contas ().
Daí porque, não temos a menor dúvida, de que suas excelências, com certeza, continuarão a praticar tais atos, pois já perceberam que o povo brasileiro, pode até não concordar, mas não conseguem se expressar e, principalmente, agir para combater tais desmandos.
Estamos vendo nesse atual momento a renovação dos mandatos de alguns políticos, outrora formalmente condenados pela prática de improbidade de uso do dinheiro público pela influência do poder econômico em suas campanhas, levando-se a crer que o resultado de tudo o que ocorreu não serviu de lição alguma. Pelo contrário, deve ter servido de incentivo para que outros políticos e os mesmos continuassem a agir desse modo, o modus operandi que se diz de ação dos políticos brasileiros vem se repetindo com a desfaçatez sem precedentes.
E porque que não se vê qualquer mudança?
Repito, porque talvez nós somos claramente a reprodução desses mesmos políticos e nós quando me refiro é a maioria do povo brasileiro, com raras exceções de homens públicos não só na política, incluindo o Legislativo e Executivo, como do Judiciário, que se surgem e tentam lutar bravamente para retirar da política tais corruptos, contudo, por incrível que pareça, o povo os coloca de volta, e os coloca sem qualquer cerimônia.
Temos vários exemplos recentes de políticos que foram pegos, como se diz, “com a boca na botija”, e foram punidos pelo Judiciário, até mesmo pelos seus próprios pares e, passada a punição, muitas vezes branda, voltaram ao cenário político pela mão, ou melhor, pelo voto do próprio povo. Ora, se o povo vê tudo isso que está acontecendo e ao invés de tomar atitudes, atitudes firmes, utilizando a sua maior arma que é o voto, age justamente em sentido contrário, avalizando tais condutas e colocando de volta, verdadeiros larápios da coisa pública, para administrar os recursos do erário.
Fica, desse jeito, óbvio, em nosso sentir, que tais políticos refletem a realidade de nossa sociedade, daí porque com muita tristeza, eu respondo mais uma vez, sem nenhuma tergiversação, que o Brasil merece sim os políticos que tem.
E esse triste quadro somente mudará, acredito, se houver uma mudança comportamental radical, repito, radical, na compreensão de todos esses fenômenos, de modo que daqui por diante possamos com a nossa maior arma, que é o voto, mudar tal realidade e nesse momento cobrar das autoridades competentes, o verdadeiro processo de depuração ética, da política como um todo, envolvendo membros de qualquer poder.
Tenho esperança de que as coisas efetivamente possam vir a mudar. E se por acaso não ocorrer tal mudança brusca, haverá tão somente mais um escândalo, como aqueles que vimos num passado bem recente, dois, já bem recentemente. E, com certeza, diante do cenário de intrigas pessoais totalmente desregradas dos objetivos institucionais, só estamos esperando o próximo escândalo, ou melhor, os próximos escândalos e mais uma vez, continuaremos com muito discurso e poucas ações, como é da praxe das autoridades e do povo brasileiro.
Sei que serei mal compreendido com esse pequeno texto. Prefiro, contudo ser, do que ser no futuro, de algum modo ser criticado por não ter lutado, por não ter me indignado, como há muito tempo e venho dizendo, com tudo isso e lutando pessoalmente e não como juiz para expurgar na maior quantidade possível todo e qualquer tipo de corrupção, pois só assim teremos políticos que estejam em total consonância com a mudança comportamental, que o povo brasileiro de uma vez por todas precisa passar.
Não será fácil, mas não tenho duvida alguma que é possível sim!
Porque quando nos tocarmos de que todo o problema reside em nós mesmos e em nosso comportamento nas urnas e deixarmos de transferir tal responsabilidade para tais políticos (Analfabetos Políticos!), os nossos filhos e netos, terão a esperança de ver um Brasil bem melhor, do que a tristeza que estamos vendo nesse momento difícil de total inversão dos valores básicos de um país que formalmente quer ser enquadrado como de primeiro mundo e nunca o será enquanto não agir firme no combate a corrupção.
Desta feita, podemos agir de modo imediato e mediato. Primeiro, cobrando nesse momento a efetiva apuração e punição de todos os envolvidos nos escândalos de desvio de dinheiro público, doa a quem doer, indo mais uma vez, às ruas e ao Congresso Nacional fazer a devida pressão para que desta feita se faça a tão sonhada depuração em nossa política e depois já nas próximas eleições, usar a nossa maior arma contra tudo isso que é o voto consciente e totalmente desatrelado de qualquer vantagem individual.
Sem essas duas posições firmes, continuaremos nesse estado ou até mesmo bem pior do que isso, pois como dito, quando mais se esperava uma posição firme dessa reforma política tanto no campo constitucional quanto infraconstitucional, a par de todos esses escândalos, os nossos políticos, com todo respeito, com a maior “cara de pau” mantiveram e sofisticaram o financiamento empresarial, o que demonstra que eles querem continuar sendo pau mandados, não do povo, mas sim, das poucas empresas que descaradamente roubam o dinheiro público e o divide com os políticos corruptos, com a certeza de que nada vai lhes acontecer.
Dentro desse cenário, não existe outra resposta à pergunta feita no início, senão a certeza de que nós merecemos “sim” os políticos que temos. Agora, se vamos continuar com eles, aí são outros “quinhentos”.
Como venho bradando há muito tempo em vários textos, palestras, aulas, entrevistas, etc, tudo só depende de nós e se vamos mudar essa triste realidade só o futuro nos dirá, já que o passado e o presente demonstram uma apatia jamais vista de um povo que tanto sofre como se resigna facilmente e o pior ver o erro e insiste no mesmo com a esperança sabe-se lá do que!