Mentes que visitam

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Só um lembrete do Quintana...




A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo,
pois a única falta que terá,
será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

                                                                   Mário Quintana

terça-feira, 28 de maio de 2013

A evolução do ensino de matemática

1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro? 

2. Ensino de matemática em 1970: 

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou 

R$ 80,00. Qual é o lucro? 

3. Ensino de matemática em 1980: 

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro? 

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80 ,00 

( )R$ 100,00 

5. Ensino de matemática em 2000: 

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo? ( )SIM ( ) NÃO 

6. Ensino de matemática em 2009: 

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00. 
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00. 

( )R$ 20 ,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 

( )R$ 100,00 

7. Em 2012 e 2013 ...: 

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder pois é proibido reprová-los).
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 

( )R$ 100,00


E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.
Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar armado)

- Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:



Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... 

Quando é que se 'pensará' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


segunda-feira, 27 de maio de 2013

10 discursos de formatura famosos que valem para toda vida


Por Talita Abrantes

Conselhos memoráveis

Pelo menos até onde se tem notícia, as cerimônias de formatura das principais universidades americanas tendem a abrigar momentos memoráveis. E o diploma, a beca e a sensação de dever cumprido não são as únicas razões para isso.

Boa parte das instituições de ensino convidam personalidades para compartilhar suas experiências e dar dicas de carreira (e vida) para os recém-formados. Steve Jobs, Oprah Winfrey e até John Kennedy deram sua contribuição para momentos do tipo.

Entre os melhores discursos (eleitos anualmente pelas publicações americanas), EXAME.com selecionou 10 que trazem lições que podem (e devem) ser seguidas por todo profissional – independente do estágio em que está na carreira.


Sheryl Sandberg – Harvard Business School 2012

Dezessete anos após se formar em Harvard, a COO do Facebook Sheryl Sandberg compartilhou com a turma de 2012 do MBA de Harvard algumas das lições que aprendeu durante a própria trajetória profissional.

Lição 1: “Se te oferecerem um lugar em um foguete, não pergunte onde o assento fica”. De acordo com a COO do Facebook, este conselho foi dado por Eric Schimidt, então CEO do Google, quando ela estava em dúvida se aceitava ou não a proposta de trabalhar na empresa.

Lição 2: A metáfora de crescimento na carreira como subir uma escada não combina mais com uma estrutura corporativa cada vez menos hierárquica. Todos sobem, juntos. Para explicar isso, ela contou como contratou Lori Goler, então chefe de RH do Facebook. Em vez de focar nas próprias habilidades na hora de vender a si própria na entrevista, Lori perguntou à Sheryl “qual era o maior problema que ela enfrentava e como ela podia ajuda-la nisto”.

Lição 3: “Procure por oportunidades, procure por crescimento, procure por impacto, procure por missão. (…) Construa suas habilidades, não seu currículo. Avalie o que você pode fazer, não o cargo que darão a você. Faça trabalho de verdade”.




Salman Khan – MIT 2012
No ano passado, Salman Khan convidou os formandos do MIT a viver a vida como se ela fosse uma segunda chance e, com isso, redefinir o sentido de sucesso:

“Em 1962, você desejará ter passado mais tempo com seus filhos. Ter dito para sua esposa que você a amava com mais frequência. Ter tido mais chances de abraçar seus pais e dizer a eles o quanto você os apreciava antes da morte deles. Você gostaria de ter sorrido mais, gargalhado mais, dançado mais e criado mais. [Desejará] ter usado melhor os dons que lhe foram dados para “empoderar” outros e fazer o mundo melhor”.




Meryl Streep - Barnard College, Columbia University 2010

Depois de admitir bancar a especialistas em diferentes assuntos, Meryl Streep confidenciou para a turma de 2010 da Faculdade Barnard, da Universidade de Columbia, os seguintes conselhos:

1. "Esta é a sua vez e isso parece normal para voce. Mas, na verdade, não há nada normal. Há apenas mudança, resistência a isso, e então mais mudança"

2. "Eu posso afirmar que os prêmios tem pouca relevância para minha felicidade pessoal. Meu senso de bem estar e propósito no mundo vem de estudar o sentimento do mundo, a empatia com o meu trabalho. Isso vem de estar alerta, vivo e envolvido com as vidas das pessoas que amo no mundo mais amplo que precisam da minha ajuda,. Não importa o que você vê ou ouve de mim enquanto estou na TV segurando uma estateta, aquilo é atuação"




JK Rowling – Harvard University 2008

Depois de agradecer à Universidade de Harvard pelo peso perdido ao pensar na responsabilidade de fazer o discurso de formatura da turma de 2008 da Universidade de Harvard, JK Howling confidenciou à plateia as vantagens do fracasso.

Sim, segundo ela, perder e errar têm seu lado A. Embora não seja nada divertido passar por situações assim, ela afirma.

No entanto, para ela, o fracasso significou um desprendimento de tudo que não era essencial.

“Eu fui libertada, porque o maior medo que eu tinha aconteceu e eu continuava viva, tinha uma filha a quem eu adorava, uma velha máquina de escrever e uma grande ideia. Com isso, o fundo do poço se tornou o fundamento sólido sobre o qual reconstruí minha vida”, afirmou.

E, segundo ela, “você nunca conhecerá você verdadeiramente, ou a força dos seus relacionamentos, até ambos serem testados pela adversidade”.

De acordo com a escritora, a mudança do mundo está na força da imaginação. “Nós não precisamos de magia para mudar o mundo, nós já carregamos todo o poder que precisamos dentro de nós mesmos: podemos imaginar”.




Oprah Winfrey – Stanford 2008

Lição 1: Siga seus sentimentos. “Quando você faz o trabalho que você é destinado a fazer, você se sente bem e todo dia é um bônus, não importa o quanto você está sendo pago (...) Honre seu chamado. Todos tem um. (...) Propósito é o que traz verdadeira riqueza para a vida”.

Lição 2: Aprenda com os erros. “Todos nós tropeçamos. Todos nós temos nossos retrocessos. Se as coisas dão errado (…) é o jeito da vida dizer que é hora de mudar o curso. (…) Eu descobri que as dificuldades acontecem quando nós não prestamos atenção aos sussurros da vida.

Lição 3: Felicidade é doar os dons que recebeu. “Em nome de ser verdadeiramente feliz, você precisa viver com outros e tem que se posicionar por algo maior que você. Porque a vida é uma recíproca troca.”




Steve Jobs – Stanford 2005

Filho adotivo de um casal de operários e sem um diploma universitário, os primeiros anos da vida de Steve Jobs tinham todos os ingredientes para um futuro pouco promissor, segundo os olhos do senso comum. Veja o que ele contou aos formandos de Stanford, em 2005.

Lição 1: Siga sua curiosidade e intuição. Depois de deixar o curso de graduação, Jobs passou 18 meses de sua vida dedicando-se a cursar disciplinas que considerava interessantes. Com isso, foi parar no curso de caligrafia da instituição de ensino. "Se eu nunca tivesse entrado naquele simples curso na faculdade, o Mac nunca teria múltiplos tamanhos de letras ou fontes proporcionalmente espaçadas”, disse. “E já que o Windows copiou o Mac, é provável que nenhum computador pessoal as teria”.

Lição 2: Tenha fé de que tudo fará sentido no futuro. “Você não pode conectar os pontos olhando para frente; você apenas pode conectá-los olhando para trás”, disse. “Então, você precisa acreditar que os pontos, de alguma maneira, irão se conectar no futuro”.

Lição 3: Não tenha medo de recomeçar“Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple”, afirmou. “Foi um remédio de gosto ruim, mas eu acredito que o paciente precisava dele. Algumas vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé”.

Lição 4: Encontre um trabalho que você ame. "Como todo relacionamento, ele se tornará melhor e melhor conforme os anos forem passando. Então, continue procurando até você encontrar. Não sossegue”, disse.

Lição 5: Lembre-se que, um dia, irá morrer.“Seu tempo é limitado, então não o perca vivendo a vida de outra pessoa. Não seja preso pelo dogma – que é viver em função dos pensamentos de outros. Não deixe o barulho da opinião alheia tornar a sua voz interior inaudível”, disse. "Você já está nu. Não há nenhuma razão para não seguir seu coração”.




Bono Vox – Universidade da Pensilvânia 2004

Com uma introdução digna de uma estrela do rock que sabe como levar uma multidão inteira à loucura, Bono Vox, do U2, ensinou à turma de 2004 da Universidade da Pensilvânia que o mundo é mais maleável do que nós pensamos.

“Você não deve explicações para ninguém (...). Eu pensava que o futuro era algo sólido ou fixo, algo que você herda como um velho prédio e para onde você se muda como as gerações anteriores”, afirmou. Mas, segundo ele, esta ideia não é verdadeira. “O futuro não é fixo, ele é fluido. Você pode construir seu próprio prédio ou uma cabana”. 




Jon Stewart - College of Willian and Mary 2004

Segundo o comediante Jon Stewart, durante o tempo de faculdade, o conceito de sucesso e o que você precisa fazer para chegar lá é mais fácil: “Imagino que aqui todo mundo saiba exatamente qual é o número de créditos necessários para se graduar”.

Na vida depois da formatura, a história é outra. “Não há nenhum currículo principal. Tudo é uma ‘eletiva’. Os caminhos são infinitos e os resultados, incertos. (...) Faculdade é algo que você completa, vida é algo que você experimenta”.




John F. Kennedy – American University 1963
Cinco meses antes de ser assassinado, o então presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy compartilhou com os recém-formados da Universidade Americana alguns conselhos sobre a paz - em plena Guerra Fria:

“Nossos problemas são humanos – portanto, eles podem ser resolvidos por humanos. E um homem pode ser tão grande quanto ele quiser. Nenhum problema do destino humano está além dos seres humanos”. 




Michael Dell – The University of Texas Austin 2003

Não há vídeo disponível na internet do discurso que Michael Dell deu na formatura da turma de 2003 da Universidade de Texas Austin, mas é possível saber as lições que compartilhou na transcrição postada no site da universidade.

Lição 1: “É tempo de seguir para o que vem a frente. Mas você não pode deixar nada deter você de dar os primeiros passos. Você tem uma abundância de oportunidades atrás de você -mas não perca muito tempo tentando escolher a perfeita porque senão você perde a oportunidade certa. Reconheça que haverá falhas e que o aprendizado estará nos obstáculos. Você irá prender de seus erros e dos erros dos outros. Porque há pouco aprendizado no sucesso”.

Lição 2: “Assim que começar sua jornada, a primeira coisa que você deveria fazer é jogar fora o mapa que comprou em uma loja e começar a desenhar o seu próprio”

Lição 3: Seu caminho será pavimentado por relacionamentos. “Eu tenho experimentado muita sorte, mas nada disso teria acontecido sem as pessoas que compartilharam a própria sabedoria, o trabalho duro da equipe da Dell ao redor do mundo e o amor e apoio da minha família e amigos. Lembre-se: não existe sucesso feito por um só”

Lição 4: “Nunca seja a pessoa mais esperta na sala. Se você é, eu sugiro que você convide pessoas mais espertas ainda... ou encontre uma outra sala”

domingo, 19 de maio de 2013

EU TENHO RAZÃO


Esgrimindo esta frase: eu tenho razão,
Desfazem-se os casamentos,
Perdem-se os amigos,
Pais e filhos se afastam,
Os povos vão à guerra,
As discussões se estendem e azedam,
Destroem-se os diálogos,
Matam-se os homens.
Mas quem tem razão?
Razão é uma virtude que só é possuída por quem acredita que não a tem.
Porque, se acredita no contrário, já não a tem.
Pois ninguém tem toda a razão.
Todos têm, da razão, alguma coisa (contanto que falem com mediana razoabilidade).
Em caso de discussão, ninguém tem toda a razão com exclusividade.
Não é possível a ninguém conhecer a verdade completa de todas as coisas, sob todos os aspectos. Vale dizer, de coisa nenhuma.
Somente o Uno, Aquele que tudo conhece e que é a própria Verdade, tem toda a Razão.
E justamente Aquele que tem toda a razão permite que nós também tenhamos a nossa pequena parte da razão.
O importante é respeitar a parte de razão "do outro" – mas sem reticências, com sinceridade.
É preciso reconhecer que o outro pode perceber aspectos que eu não vejo.
Desde que coisas e problemas apresentam diversos ângulos e que eu, a partir da minha perspectiva, não os posso ver todos...
Ninguém tem toda a razão.
Mas todos nós temos, normalmente, uma parcela de razão.
Às vezes maior, às vezes menor. Mas uma parcela.
Quem concede e compreende a razão do outro, aumenta o grau da sua própria razão.
Quem se fecha na sua única razão, amesquinha essa razão. Limita-se. Tem menos razão.
Ao dialogar, é necessário ser compreensivo.
Diálogo compreensivo é o daqueles que tentam compreender a posição contrária, não, porém, a partir de sua própria perspectiva e, sim, a partir da perspectiva contrária.
As coisas, a partir da perspectiva do outro, serão vistas de outro modo.
Surgirá um ângulo que antes não era visto.
Os fanáticos de uma determinada ideologia só enxergam uma única perspectiva, e se negam a ver outra, diferente dessa.
Quanto mais fanáticos são eles, mais se obcecam na própria atitude e menos querem examinar outra, diferente.
Os fanáticos tanto mais se amesquinham quanto maior for o seu fanatismo.
Quanto mais cegos ficarem, menos razão terão.
Os fanatismos podem ser políticos, artísticos, científicos, esportivos, filosóficos, religiosos, nacionalistas, racistas, sociais... e pessoais.
Fanatismo é um tipo de cegueira espiritual.
O único modo de crescer como pessoa e viver mais intensamente é crescer em amplidão de consciência e compreensão do mundo.
Os fanáticos orgulham-se de viver com etiquetas. E, na maioria dos casos, defendem-nas com atitudes cegamente fanáticas.
Aparentemente, o fanatismo é um dos modos de essas pessoas apregoarem a insegurança que sentem.
Elas precisam manter teimosamente suas atitudes de teimosia e rejeição às atitudes alheias porque interiormente reconhecem a pouca consistência de suas idéias.
Tornam-se pequenos ou grandes cegos; pequenos ou grandes "sem razão".
Você, a exemplo do antigo filósofo, seja amigo de Catão, porém, mais amigo da Verdade.
A razão da imensa, da infinita verdade, você a terá: ela será concedida a você na medida em que reconhecer que não está com toda a razão.

*Dario Lostado
(Escritor, professor de filosofia, teólogo e psicólogo espanhol)

sábado, 18 de maio de 2013

31 Mar 64, para não esquecer


Gostaria de dizer algumas coisas sobre o que aconteceu no dia 31/03/1964 e nos anos que se seguiram. Porque concluo, diante do que ouço de pessoas em quem confio intelectualmente, que há algo muito errado na forma como a história é contada. 
Nada tão absurdo, considerando as balelas que ouvimos sobre o "descobrimento" do Brasil ou a forma como as pessoas fazem vistas grossas para as mortes e as torturas perpetradas pela Igreja Católica durante séculos. Mas, ainda assim, simplesmente não entendo como é possível que esse assunto seja tão parcial e levianamente abordado pelos que viveram aqueles tempos e, o que é pior, pelos que não viveram.

Nenhuma pessoa dotada de mediano senso crítico vai negar que houve excessos por parte do Governo Militar. Nesta seara, os fatos falam por si e por mais que se tente vislumbrar certos aspectos sob um prisma eufemístico, tortura e morte são realidades que emergem de maneira inegável.


Ocorre que é preciso contextualizar as coisas. Porque analisar fatos extirpados do substrato histórico-cultural em meio ao qual eles foram forjados é um equívoco dialético (para os ignorantes) e uma desonestidade intelectual (para os que conhecem os ditames do raciocínio lógico). E o que se faz com relação aos Governos Militares do Brasil é justamente ignorar o contexto histórico e analisar seus atos conforme o contexto que melhor serve ao propósito de denegri-los.


Poucos lembram da Guerra Fria, por exemplo. De como o mundo era polarizado e de quão real era a possibilidade de uma investida comunista em território nacional. Basta lembrar de Jango e Janio; da visita à China; da condecoração de Guevara, este, um assassino cuja empatia pessoal abafa sua natureza implacável diante dos inimigos.


Nada contra o Comunismo, diga-se de passagem, como filosofia. Mas creio que seja desnecessário tecer maiores comentários sobre o grau de autoritarismo e repressão vivido por aqueles que vivem sob este sistema. Porque algumas pessoas adoram Cuba, idolatram Guevara e celebram Chavez, até. Mas esquecem do rastro de sangue deixado por todos eles; esquecem as mazelas que afligem a todos os que ousam insurgir-se contra esse sistema tão "justo e igualitário". Tão belo e perfeito que milhares de retirantes aventuram-se todos os anos em balsas em meio a tempestades e tubarões na tentativa de conseguirem uma vida melhor.


A grande verdade é que o golpe ou revolução de 1964, chame como queira, talvez tenha livrado seus pais, avós, tios e até você mesmo e sua família de viver essa realidade. E digo talvez, porque jamais saberemos se isso, de fato, iria acontecer. Porém, na dúvida, respeito a todos os que não esperaram sentados para ver o Brasil virar uma Cuba.
Respeito, da mesma forma, quem pegou em armas para lutar contra o Governo Militar. Tendo a ver nobreza nos que renunciam ao conforto pessoal em nome de um ideal. Respeito, honestamente.


Mas não respeito a forma como esses "guerreiros" tratam o conflito. E respeito menos ainda quem os trata como heróis e os militares como vilões. É uma simplificação que as pessoas costumam fazer. Fruto da forma dual como somos educados a raciocinar desde pequenos. Ainda assim, equivocada e preconceituosa.


Numa guerra não há heróis. Menos ainda quando ela é travada entre irmãos. E uma coisa que se aprende na caserna é respeitar o inimigo. Respeitar o inimigo não é deixar, por vezes, de puxar o gatilho. Respeitar o inimigo é separar o guerreiro do homem. É tratar com nobreza e fidalguia os que tentam te matar, tão logo a luta esteja acabada. É saber que as ações tomadas em um contexto de guerra não obedecem à ética do dia-a-dia. Elas obedecem a uma lógica excepcional; do estado de necessidade, da missão acima do indivíduo, do evitar o mal maior.


Os grandes chefes militares não permanecem inimigos a vida inteira. Mesmo os que se enfrentam em sangrentas batalhas. E normalmente se encontram após o conflito, trocando suas espadas como sinal de respeito. São vários os exemplos nesse sentido ao longo da história. Aconteceu na Guerra de Secessão, na Segunda Guerra Mundial, no Vietnã, para pegar exemplos mais conhecidos. A verdade é que existe entre os grandes Generais uma relação de admiração.


A esquerda brasileira, por outro lado, adora tratar os seus guerrilheiros como heróis. Guerreiros que pegaram em armas contra a opressão; que sequestraram, explodiram e mataram em nome do seu ideal.


E aí eu pergunto: os crimes deles são menos importantes que os praticados pelos militares? O sangue dos soldados que tombaram é menos vermelho do que o dos guerrilheiros? Ações equivocadas de um lado desnaturam o caráter nebuloso das ações praticadas pelo outro? Penso que não. E vou além.


A lei de Anistia é um perfeito exemplo da nobreza que me referi anteriormente. Porque o lado vencedor (sim, quem fica 20 anos no poder e sai porque quer, definitivamente é o lado vencedor) concedeu perdão amplo e irrestrito a todos os que participaram da luta armada. De lado a lado. Sem restrições. Como deve ser entre cavalheiros. E por pressão de Figueiredo, ressalto, desde já. Porque havia correntes pressionando por uma anistia mitigada.


Esse respeito, entretanto. Só existiu de um lado. Porque a esquerda, amargurada pela derrota e pela pequenez moral de seus líderes nada mais fez nos anos que se seguiram, do que pisar na memória de suas Forças Armadas. E assim seguem fazendo. Jogando na lama a honra dos que tombaram por este país nos campos de batalha. E contaminando a maneira de pensar daqueles que cresceram ouvindo as tolices ditas pelos nossos comunistas. Comunistas que amam Cuba e Fidel, mas que moram nas suas coberturas e dirigem seus carrões. Bem diferente dos nossos militares, diga-se de passagem.


Graças a eles, nossa juventude sente repulsa pela autoridade. Acha bonito jogar pedras na Polícia e acha que qualquer ato de disciplina encerra um viés repressivo e antilibertário. É uma total inversão de valores. O que explica, de qualquer forma, a maneira como tratamos os professores e os idosos no Brasil.


Então, neste 31 de março, celebrarei aqueles que se levantaram contra o mal iminente. Celebrarei os que serviram à Pátria com honra e abnegação. Celebrarei os que honraram suas estrelas e divisas e não deixaram nosso país cair nas mãos da escória moral que, anos depois, o povo brasileiro resolveu por bem colocar no Poder.
Bem feito. Cada povo tem os políticos que merece.


Se você não gosta das Forças Armadas porque elas torturaram e mataram, então, seja, pelo menos, coerente. E passe a nutrir o mesmo dissabor pela corja que explodiu sequestrou e justiçou, do outro lado. Mas tenha certeza que, se um dia for necessário sacrificar a vida para defender nosso território e nossas instituições, você só verá um desses lados ter honradez para fazê-lo.


coaqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se opor a agitadores e terroristas de rmas na mãoários , para que a Nação não fosse levada à anarquia". (Gen Walter Pires-Ex Ministro do Exército)

Che Guevara - Anatomia de um Mito


Depoimentos de um historiador e de companheiros sobre a farsa que impingiram, principalmente, entre a Juventude.
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Che Guevara - Anatomia de um Mito

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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Marketing digital por e-mail e por redes sociais




por Ricardo Teixeira,

Empresas de todos os portes têm investido cada vez mais no "marketing mailling", ou "mail marketing", que é o marketing realizado a partir de bancos de dados principalmente em meio digital (internet). É a forma de marketing digital que entrega mensagens a clientes individualizados.

Algumas pessoas entendem o marketing mailling como "marketing de e-mail", isto é, a divulgação comercial que é feita por e-mail. Uma visão mais abrangente inclui também outras redes sociais (Facebook, Twitter, Linkedin, Google+, RSS/Feed etc.), desde que as mensagens sejam enviadas a um banco de dados de pessoas "amigas" ou cadastradas. Dentro deste conceito, até mesmo mensagens via SMS ou por via postal poderiam ser inclusas.

Às vezes, empresas compram listas de contato, sem filtro (listas de e-mails "pescados" ao acaso na internet ou em listas) ou com filtro (contatos de entidades de classes, de outras empresas etc.), mas essa estratégia não costuma trazer um bom custo-benefício, podendo, em alguns casos, ter um efeito negativo (um "de-marketing") perante o mercado. É melhor que sua empresa só envie e-mails a quem queira receber.

O ideal é que a empresa tenha um "banco de dados espontâneo", isto é, de pessoas que se cadastram por iniciativa própria e que, uma vez cadastradas, possam se descadastrar com facilidade. Isso é possível quando a empresa tem uma boa estratégia de marketing digital, especialmente por meio de serviços, informações, descontos ou brindes oferecidos "gratuitamente" (na verdade, esses itens são oferecidos em troca do cadastro ou em troca de divulgação viral em redes sociais).

Especificamente quanto ao marketing de e-mails, pesquisa realizada em 2013 pela BlueHornet & Flagship Research demonstrou que o envio excessivo de e-mails é a principal razão para cancelamentos de cadastro por parte de clientes ou potenciais clientes. Ou seja, as empresas poderiam estar se esforçando para ampliar a base de cadastros e, num segundo momento, estariam perdendo boa parte desses contatos, pelo excesso de e-mail. As empresas teriam que batalhar para reconstituir seu banco de dados: o resultado é uma rotatividade muito grande de pessoas cadastradas.

A versão de 2012 desta Pesquisa havia mostrado que a falta de relevância do assunto (para 31% dos entrevistados) e a frequência excessiva de mensagens (30%) eram as principais razões para as pessoas desistirem de receber e-mail dessas empresas. A mesma pesquisa indicou que promoções, brindes e descontos são os motivos que mantêm os clientes interessados em prosseguir com o cadastro (83%), bem à frente de outras razões, como a fidelidade à marca (7%), o interesse por saber por atualizações da empresa (6%) e o interesse em participar de pesquisas de opinião (3%).

Além de se manterem cadastrados, o interesse pelo teor da mensagem também se eleva, quando o cliente percebe que a informação é útil para a sua vida (marketing de conteúdo) e que terá proveitos comerciais ou pessoais (descontos e brindes).

Obviamente, a mesma lógica aplicada ao marketing de e-mails vale para outras formas de marketing na internet, sobretudo nas redes sociais.

Como conclusão deste artigo, temos 15 dicas que podem orientar as ações de uma empresa quanto ao mailling marketing:

1. Só envie e-mails e mensagens a quem queira recebê-los;

2. Lute para criar um banco de dados espontâneo;

3. Estimule o cadastro espontâneo através de brindes, promoções e dicas;

4. Fidelize o canal de comunicação que está sendo criado, mostrando ao cliente que a empresa dá valor a esse canal e que o cliente vai ser beneficiado com esta comunicação;

5. Coloque títulos ou assuntos bem chamativos nos e-mails e mensagens;

6. Seja direto e objetivo na comunicação;

7. Desenvolva uma boa programação visual (boa diagramação, boas imagens, sem deixar a comunicação muito pesada);

8. Mantenha a pessoa cadastrada fornecendo-lhe brindes, promoções e dicas (coisas úteis aos clientes);

9. Evite o excesso de e-mails e mensagens;

10. Estabeleça uma constância razoável (semanal, quinzenal, mensal, isso pode variar, dependendo do público-alvo), mas não mande mensagens só para "cumprir tabela", quando não houver nada de importante a dizer ou a oferecer.

11. Contrate programas ou serviços de "entrega" de mensagens que fornecem estatísticas (quantas pessoas abriram as mensagens, quais os links mais clicados).

12. Monitore os resultados: tenha estatísticas sobre quantas pessoas se cadatraram/descadastraram a cada período, que tipo de prêmio promoveu mais cadastros, o que funcionou nas melhores campanhas, o que não funcionou nas piores campanhas etc.

13. Crie campanhas coerentes: cada mensagem deve ser vista como uma campanha de marketing, não só porque quer vender algo aos cadastrados, mais também porque quer que eles se sintam beneficiados;

14. Crie uma estrutura de boletim ou de newsletter: seus leitores devem ir se acostumando sobre qual lugar da mensagem vai estar a dica, qual lugar vai estar a promoção ou brinde etc.

15. Facilite o descadastro, isto é, mantenha um link bem visível para a pessoa se descadastrar sem burocracia.


Nesse artigo, vemos um caso de aplicação da famosa Curva de Laffer no marketing digital. Esta "curva", originariamente aplicada ao mundo da tributação, pode encontrar aplicação em outros campos. Tem como princípio que o excesso de uma iniciativa pode trazer resultados menores do que se essa iniciativa fosse aplicada de forma mais ponderada. A curva tem o formato de uma montanha: mais iniciativa gera mais resultado no começo, até o ponto de saturação (o início do declínio), em que mais iniciativa provoca menos resultados.

Um exemplo do funcionamento da curva de Laffer: o governo pode arrecadar mais se aumentar a alíquota de um imposto de 15% para 20%; porém, se aumentar para 25%, pode arrecadar menos do que arrecadaria com a alíquota a 15%, pois a alíquota elevada estimula a sonegação e desestimula a realização de negócios que geram os impostos (números meramente exemplificativos). Um outro exemplo, também numa área diferente que a do marketing digital: uma empresa pode ganhar mais se colocar um produto a venda por R$ 180,00 e conseguindo vender cinco unidades diariamente, do que se colocar o mesmo produto a venda por R$ 200 e vender só uma unidade / dia.

Aplicando a Curva de Laffer ao tema do nosso artigo, podemos dizer que a empresa estará perdendo clientes e realizando campanhas menos efetivas se disparar uma sobrecarga de mensagens, sobretudo se essas mensagens forem "ocas".

Fonte: http://www.administradores.com.br/

A verdade sufocada


RESPOSTA DO GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO, para analisar e refletir...

RESPOSTA DO GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO À MIRIAM LEITÃO
A verdade sufocada
À Senhora Jornalista Miriam Leitão
Li o seu artigo "ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível. Senti, em suas linhas, que a senhora procura mostrar que os MILITARES BRASILEIROS de HOJE, são bem diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de ONTEM. 
Penso que esse é o ponto central de sua tese. Para criar credibilidade nas suas afirmativas, a senhora escreveu: "houve um tempo em que a interpretação dos militares brasileiros sobre LEI E ORDEM era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com convicção terem aprendido o que não podem fazer". 
Permita-me discordar dessa afirmativa de vez que vejo nela uma injustiça, pois fiz parte dos MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus camaradas militares rasgarem leis e ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar a minha tese. 
No Império, as LEIS E A ORDEM foram rasgadas no Pará, Ceará, Minas, Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul pelas paixões políticas da época. AS LEIS E A ORDEM foram restabelecidas pelo Grande Pacificador do Império, um Militar de Ontem, o Duque de Caxias, que com sua ação manteve a Unidade Nacional. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Pelo contrário. 
Vem a queda do Império e a República. Pelo que sei, e a História registra, foram políticos que acabaram envolvendo os velhos Marechais Deodoro e Floriano nas lides políticas. A política dos governadores criando as oligarquias regionais, não foi obra dos Militares de Ontem, quando as leis e a ordem foram rasgadas e feridas pelos donos do Poder, razão maior das revoltas dos tenentes da década de 20, que sonhavam com um Brasil mais democrático e justo. 
Os Militares de Ontem ficaram ao lado da lei e da Ordem. Lembro à nobre jornalista que foram os civis políticos que fizeram a revolução de 30, apoiados, contudo, pelos tenentes revolucionários, menos Prestes, que abraçou o comunismo russo. 
Veio a época getuliana, que, aos poucos, foi afastando os tenentes das decisões políticas. A revolução Paulista não foi feita pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos paulistas que não aceitavam a ditadura de Vargas. 
Não foram os Militares de Ontem que fizeram a revolução de 35 (senão alguns, levados por civis a se converterem para a ideologia vermelha, mas logo combatidos e derrotados pelos verdadeiros Militares de Ontem); nem fizeram a revolta de 38; nem deram o golpe de 37. 
Penso que a senhora, dentro de seu espírito de justiça, há de concordar comigo que foram as velhas raposas GETÚLIO - CHICO CAMPOS - OSWALDO ARANHA e os chefetes que estavam nos governos dos Estados, que aceitaram o golpe de 37. Não coloque a culpa nos Militares de Ontem. 
Veio a segunda guerra mundial. O Nazismo e o Fascismo tentam dominar o mundo. Assistimos ao primeiro choque da hipocrisia da esquerda. A senhora deve ter lido - pois àquela época não seria nascida -, sobre o acordo da Alemanha e a URSS para dividirem a pobre Polônia e os sindicatos comunistas do mundo ocidental fazendo greves contra os seus próprios países a favor da Alemanha por imposição da URSS e a mudança de posição quando a "Santa URSS" foi invadida por Hitler. 
O Brasil ficou em cima de muro até que nossos navios (35) foram afundados. Era a guerra, a FEB e seu término. Getúlio - o ditador - caiu e vieram as eleições. As Forças Armadas foram chamadas a intervir para evitar o pior. Foram os políticos que pressionaram os Militares de Ontem para manter a ordem. 
Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Chamou-se o Presidente do Supremo Tribunal Federal para, como Presidente, governar a transição. Não se impôs MILITAR algum. 
O mundo dividiu-se em dois. O lado democrático, chamado pelos comunistas de imperialistas, e o lado comunista com as suas ditaduras cruéis e seus celebres julgamentos "democráticos". Prefiro o primeiro e tenho certeza de que a senhora, também. No lado ocidental não se tinham os GULAGs. 
O período Dutra (ESCOLHIDO PELOS CIVIS E ELEITO PELO VOTO DIRETO DO POVO) teve seus erros - NUNCA CONTRA A LEI E A ORDEM - e virtudes como toda obra humana.
A colocação do Partido Comunista na ilegalidade foi uma obra do Congresso Nacional por inabilidade do próprio Carlos Prestes, que declarou ficar ao lado da URSS e não do Brasil em caso de guerra entre os dois países. Dutra vivia com o "livrinho" (a Constituição) na mão, pois os políticos, nas suas ambições, queriam intervenções em alguns Estados, inclusive em São Paulo. A senhora deve ter lido isso, pois há vasta literatura sobre a História daqueles idos. 
Novo período de Getúlio Vargas. Ele já não tinha mais o vigor dos anos trinta. Quem leu CHATÔ, SAMUEL WEINER (a senhora leu?) sente que os falsos amigos de Getúlio o levaram à desgraça, eles eram políticos. Os Militares de Ontem não se envolveram no caso, senão para investigar os crimes que vinham sendo cometidos sem apuração pela Polícia; nem rasgaram leis nem feriram a ordem. 
Eram os políticos que se de gladiavam e procuravam nos colocar como fiéis da balança. O seu suicídio foi uma tragédia nacional, mas não foram os Militares de Ontem os responsáveis pela grande desgraça, sabe bem disso! 
A senhora permita-me ir resumindo para não ficar longo. Veio Juscelino e as Forças Armadas garantiram a posse, mesmo com pequenas divergências. Mais uma vez eram os políticos que queriam rasgar as leis e ferir a ordem e não os Militares de Ontem.
Nessa época, há o segundo grande choque da esquerda. No XX Congresso do Partido Comunista da URSS (1956) Kruchov coloca a nu a desgraça do stalinismo na URSS. Os intelectuais esquerdistas ficam sem rumo. 
Juscelino chega ao fim e seu candidato perde para o senhor Jânio Quadros, a Esperança da vassoura, Desastre total. Não foram os Militares de Ontem que rasgaram a lei e feriram a ordem. Quem declarou vago o cargo de Presidente foi o Congresso Nacional. A Nação ficou ao Deus dará. Ameaça de guerra civil e os políticos tocando fogo no País e as Forças Armadas divididas pelas paixões políticas, disseminadas pelas "vivandeiras dos quartéis" como muito bem alcunhou Castello. 
Parlamentarismo, volta ao presidencialismo, aumento das paixões políticas, Prestes indo até Moscou afirmando que já estavam no governo, faltando-lhes apenas o Poder. Os militares calados e o chefe do Estado Maior do Exército (Castello) recomendando que a cadeia de comando deveria ser mantida de qualquer maneira. A indisciplina chegando e incentivada dentro dos Quartéis, não pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos de esquerda; e as vivandeiras tentando colocar o Exército na luta política. 
Revoltas de Polícias Militares, revolta de sargentos em Brasília, indisciplina na Marinha, comícios da Central e do Automóvel Clube representavam a desordem e o caos contra a LEI e a ORDEM. Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto e outros governadores e políticos (todos civis)incentivavam o povo à revolta. As marchas com Deus, pela Família e pela Liberdade (promovidas por mulheres) representavam a angústia do País. Todo esse clima não foi produzido pelos MILITARES DE ONTEM. Eles, contudo, sempre à escuta dos apelos do povo, pois ELES são o povo em armas, para garantir as Leis e a Ordem. 
Minas desce. Liderança primeira de civil; a era Magalhães Pinto. Era a contra-revolução que se impunha para evitar que o Brasil soçobrasse ao comunismo. O governador Miguel Arraes declarava em Recife, nas vésperas de 31 de março: haverá golpe, só não sabemos se deles ou nosso.
Não vamos ser hipócritas, a senhora, inteligente como é, deve ter lido muitos livros que reportam a luta política daquela época (exemplos: A Revolução Impossível de Luis Mir - Combates nas Trevas de Jacob Gorender - Camaradas de William Waack - etc) sabe que a esquerda desejava implantar uma ditadura de esquerda. Quem afirma é Jacob Gorender. Diz ele no seu livro: "a luta armada começou a ser tentada pela esquerda em 1965 e desfechada em definitiva a partir de 1968".
Não há, em nenhuma parte do mundo, luta armada em que se vão plantar rosas e é por essa razão que GORENDER afirma: "se quiser compreendê-la na perspectiva da sua história, A ESQUERDA deve assumir a violência que praticou".. Violência gera violência e os políticos sempre jogam a responsabilidade em manter a ordem aos militares. Afinal eles levaram a desordem. 
Castello, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo com seus erros e virtudes desenvolveram o País.
Não vamos perder tempo com isso. A senhora é uma economista e sabe bem disso.
Veio a ANISTIA e João Figueiredo dando murro na mesa e clamando que era para todos, pois Ulisses Guimarães não desejando que Brizolla, Arraes e outros pudessem tomar parte no novo processo eleitoral, para não lhe disputarem as chances de Poder. João bateu o pé e todos tiveram direito, pois "lugar de Brasileiro é no Brasil", como dizia.
Não esquecer o terceiro choque sofrido pela a esquerda: Queda do Muro de Berlim, que até hoje a nossa esquerda não sabe desse fato histórico. 
DIRETAS JÁ! Sarney, Collor com seu desastre, Itamar, FHC, LULA e chegamos aos dias atuais.
Os Militares de Hoje, silentes, que não são responsáveis pelas desgraças que vivemos agora, mas sempre aguardando a voz do Povo.
Não houve no passado, nem há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em roubo, compra de voto, CPI, dólar em cueca, mensalões ou mensalinhos. Não há nenhum Delúbio, Zé Dirceu, José Genoíno, e que tais. A corrupção e a desordem estão ficando acima da lei e da ordem!
O que já se ouve, passamos a escutar, é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO.
Pois àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia... Certo, houveram excessos contra os civis. Então me diga: Como controlar o que o país vivia naquela época? Com vários grupos, uns querendo o comunismo, outro o socialismo, outro o presidencialismo e a maioria a democracia.. Se chegaria a um consenso na conversa? Existia controle social para tal?
Mas os Militares de Hoje, como os de Ontem, não querem ditadura, pois são formados democratas. E irão garantir a Lei e a Ordem, sempre que preciso. 
Os militares não irão às ruas sem o povo ao seu lado. OS MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE OS MILITARES DE ONTEM. A nossa desgraça é que políticos de hoje (olhe os PICARETAS do Lula!) - as exceções justificando a regra - são ainda piores do que os de ontem. Estamos sem ética e sem moral, estão esquecendo os bons princípios e mais, os políticos são despudorados.
O Brasil vem sofrendo, não por conta dos MILITARES, mas de ALGUNS POLÍTICOS - uma corja de canalhas, que rasgam as leis e criam as desordens, desrespeitam a todos e só pensam na sobrevivência política, independente do preço a ser pago pelo povo! 
Como sei que a senhora é uma democrata, espero que publique esta carta no local onde a senhora escreve os seus artigos, que os leio atenta e religiosamente, como se fossem uma Bíblia. Perfeitos no campo econômico, mas não muitos católicos ou evangélicos no campo político por uma razão muito simples: quando parece que a senhora tem o vírus de uma reacionária de esquerda. 
Atenciosa e respeitosamente,
GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO

Mães...


  • Nasci há vinte e poucos anos e já não posso precisar quantas vezes morri, renasci (...) não posso enumerar quantas vidas vivi. Todavia, é certo que para “cada vida nova” houve também uma nova mãe.

    Foi mãe àquela que me deu à luz, que me viu dar o primeiro passo e cometer os primeiros erros, mas também foram minhas mães as amigas de minha mãe. Talvez eu devesse chamá-las “tias-mães”. Não. Mais adequado seria “super-mães”. O nome é, sem dúvida, o que menos importa, vale lembrar apenas que elas foram o abraço do meu colo, o abrigo do meu recanto e o respiro do meu sossego. Preciso dizer mais??? Mães sim! São minhas mães àquelas que puderam ser o que eu não poderia: um pouco mãe da minha mãe.

    Mães. Cada uma e todas elas. Surgem e desaparecem sem jamais irem embora. O destino delas é sempre perpetuar a vida. Ficam e se multiplicam, aparecem e dão luz a um novo horizonte, uma nova fase, um novo caminho, um jeito novo de amar. É mãe toda e qualquer pessoas que consegue nos guiar para além de onde estamos, quem nos ensina a ver ou (re)ver o mundo, mãe é tanto quem nos cria como quem nos (re)cria ao longo da vida.

    Minhas amigas, é claro, também são minhas mães. O que mais poderiam ser? Que palavra outra poderia definir quem, sem nenhum motivo, dedicou tempo e verbo para me fazer sorrir até perder fôlego, ofereceu seus ouvidos às lamentações do meu primeiro “não”, perdoou as farpas de minhas TPMs e não hesitou em lançar a verdade mais dolorosa quando tentei fugir de meus pecados?

    Se não fossem mães, ao certo seriam anjos. Quem sabe sejam ambos. Das mãos dessas muitas mães ganhei chocolate tanto pra clarear um dia cinza qualquer, como também para me curar da primeira ressaca. Recebi a chave de suas casas pra ajudar a armar a festa, mas também para me esconder do mundo quando achei que já não havia pra onde ir. Mães. Elas me buscaram em festas, me fizeram companhia, dormiram ao meu lado, curaram minhas feridas, guardaram meus segredos, relevaram meus defeitos, me ensinaram a pedir desculpas e a compartilhar.

    Não há dúvida de que (re)nasci nos (a)braços de muitas amigas em meus vinte e nem tão poucos anos e, sendo assim, é impossível não me sentir um pouco filha de cada uma delas. Sei que cada uma dessas mães que ganhei de presente da vida doou um pedaço de si para que eu me sentisse melhor, crescesse melhor e, pq não, para que eu pudesse me tornar também uma mãe melhor para cada uma delas.

    Se você está recebendo esta mensagem é porque quero que saibas que, ao tentar construir meu próprio caminho, olhei em algum momento para você e me senti abraçada e inspirada. Hoje, sinto que és um pouco mãe do que há de melhor em mim. Obrigada por tudo e parabéns pelo seu dia!!!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ah, esses ingleses...


Em 2003, um deputado inglês chamado Chris Huhne foi pego por um radar dirigindo em alta velocidade.
Pra não perder a carteira, pois na Inglaterra é feio uma autoridade infringir a Lei, a mulher dele, Vicky Price, assumiu a culpa.
Chris Huhne and Vicky Pryce arriving at Southwark Crown Court earlier

O tempo passa, o deputado vira Ministro da Energia, o casamento acaba, a Vicky decide se vingar e conta a história pra imprensa.

Como é na Inglaterra, o tal do Chris Huhne é obrigado a se demitir primeiro do ministério e depois do Parlamento.

Pensei que a história tinha acabado.

Mas não tinha. Na Inglaterra é crime mentir para a Justiça e ontem a Justiça sentenciou o casal envolvido na fraude do radar em 8 meses de cadeia pra cada um. E vão ter de pagar multa de 120 mil libras, uns 350 mil reais.

Segredo de Justiça? Nem pensar, julgamento aberto ao público e à imprensa.

Segurança nacional? Nem pensar, infrator é infrator.

E o que disse o Primeiro Ministro David Cameron quando soube da condenação do seu ex-ministro: 'É uma conspiração da mídia para denegrir a imagem do meu governo.' Certo? Errado.

O que disse o Primeiro Ministro David Cameron acerca do seu ex-ministro foi o seguinte: 'É pra todo mundo ficar sabendo que ninguém, por mais alto e poderoso que seja, está fora do braço da Lei.'

Estes ingleses são um bando de botocudos. Só mesmo em paisinhos capitalistas um ministro perde o cargo por mentir para um guarda de trânsito. Porque aqui neste nosso "paraíso" a Primeira Lei que um guarda de trânsito aprende é saber com quem está falando...

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Vergonha Nacional


Especial – Revista Veja



Pesquisa de compra de bebidas alcoólicas por adolescentes;
Resultados nas cinco regiões e sete estados brasileiros.
Sérgio M Duailibi, Ronaldo Laranjeira.

Os adolescentes constituem um grupo de risco peculiar entre os consumidores de bebidas alcoólicas em dois aspectos principais: a época de início do seu consumo e a forma como bebem.
A precocidade de início do uso de álcool é um dos fatores preditores mais relevantes de problemas futuros, sendo que o consumo antes dos 16 anos aumenta significativamente o risco para beber pesado na idade adulta, em ambos os sexos.1
Pesquisas indicam que quanto menor a idade mínima legal para o consumo de bebidas, maiores as possibilidades de ocorrência   de acidentes de trânsito relacionados ao álcool 2,3 , de traumatismos acidentais, homicídios, suicídios e acidentes com armas de fogo.4,5
(Foto: Prof. Dr. Sérgio Duailibi - Coordenador da Pesquisa)

Quanto à forma de beber, estudos apontam que 90% do álcool consumido por adolescentes nos EUA ocorre na forma abusiva (“binge drinking”), através da ingestão de cinco ou mais doses, na mesma ocasião para homens, ou quatro ou mais doses para mulheres.4  Este padrão de consumo expõe o organismo jovem a doses tóxicas de álcool, predispondo-o a uma série de comportamentos de riscos, como gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis e acidentes automobilísticos.6,7
Este problema é relevante para a saúde e segurança pública: No Brasil, um levantamento realizado em 2009 indicou uma alta prevalência de consumo de álcool, tabaco e substâncias ilícitas entre adolescentes brasileiros.8 Jovens do sexo masculino com transtornos do humor de áreas urbanas estão mais em risco de desenvolver distúrbios relacionados ao álcool, enquanto o uso de drogas ilegais é altamente associada à disfunção familiar no início da vida.8 A intensificação das estratégias de aplicação da lei para reduzir o acesso de substâncias psicotrópicas é necessário nesta fase da vida.

Resultados nas cinco regiões e sete estados brasileiros.pdf


Capa da Revista VEJA: Vergonha Nacional: A Lei Proíbe menores de beber, mas ninguém, nem os pais, a respeita. os jovens pagam o preço por isso, e ele é alto.

Laura Diniz e Carolina Rangel 

Chávez está morto, e o chavismo também!


Chávez está morto, e o chavismo também! Fraude tira a eleição do oposicionista Capriles; Maduro é “eleito” com menos de 2 pontos de diferença. É roubo!

Bingo!
Escrevi ontem aqui: “É a ditadura que sustenta o chavismo, não é o chavismo que sustenta a ditadura”. Com essas palavras, chamava a atenção para o fato de que é mentirosa a versão de que a sociedade venezuelana foi mesmerizada pelo tirano e de que a oposição representa não mais do que a vontade de uma extrema minoria. Nicolás Maduro, que já exerce o poder de forma ilegítima — cuja posse foi legalizada por uma Corte de Justiça composta de eunucos —, foi declarado o vencedor das eleições deste domingo. Com pouco mais de 99% da apuração concluída, obteve 50,66% dos votos, contra 49,07% do oposicionista Henrique Capriles, que não reconheceu o resultado e pediu a recontagem do total de votos, não de apenas uma parte. Os oposicionistas dizem ter recebido mais de 3 mil denúncias de fraudes, vindas de todo o país. No discurso da “vitória”, Maduro diz concordar com a recontagem, mas tentará sabotá-la, podem ficar certos.
O resultado representa uma humilhação para todos os institutos de pesquisa. A diferença mínima que se apontava era de 7,2 pontos percentuais; havia quem falasse em 12. Deve ficar em torno de 1,6 ponto. Eis aí: o chavismo, felizmente, morreu com Hugo Chávez. Ainda que se faça a recontagem de 100% dos votos e que a “vitória” de Maduro seja confirmava, é evidente que se trata de roubo e de fraude — mesmo que os votos tenham sido os declarados oficiais. Por quê?
A eleição na Venezuela não é nem livre nem limpa. Não é livre porque a oposição não dispõe dos mesmos instrumentos de que dispõe o governo para falar com a população. Chávez estatizou a radiodifusão no país, e as TVs e as rádios são usadas como porta-vozes oficiais do governo. O Beiçola de Caracas chegava a ficar no ar, por dia, até seis horas. Falava bem da própria gestão e demonizava seus opositores. As notícias passam por um severo serviço de censura interna, e só vai ao ar o que o governo considera “saudável” e “didático” para a consciência do povo. Os críticos do governo são tratados como larápios, como sabotadores, como malvados em defesa de privilégios.
É o modelo que a turma de José Dirceu e Rui Falcão gostaria de implementar no Brasil. É o que quer essa gente xexelenta, financiada por estatais, que pede “o controle da mídia” no Brasil — como se ela já não fosse petista o bastante e não estivesse, no mais das vezes, a serviço de grupos militantes. Mas eles, claro!, querem muito mais. Invejam o chavismo. Invejam Cristina Kirchner. Mas volto ao ponto.
As eleições na Venezuela, pois, não são livres, já que a oposição é obrigada a enfrentar uma estupenda máquina de desqualificação. Ainda assim, praticamente a metade dos que foram votar disse “não” ao chavismo. Isso é formidável! Significa que toda essa gente soube resistir à pressão oficial, especialmente de 5 de março a esta data, quando morreu o tirano. Chávez passou a ser tratado como santo. Declarou-se não apenas a sua imortalidade. Falou-se também na sua ressurreição. Quem se encarregou da peça publicitária indecorosa foi João Santana, o marqueteiro do PT.
Uma emissora estatal fez um desenho animado com a sua chegada ao céu. No céu do bolivarianismo, um monte de “heróis” latino-americanos divide uma choupana. Dante encontra Beatriz para conduzi-lo no paraíso. A gente teria de se apertar, numa cabana, entre outros, com Chávez, Guaiacaipuro, Sandino, Allende, Evita, Simón Bolívar e Che Guevara, que detestava tomar banho, daí o apelido de “Chancho”, o “porco”, o “fedorento”, o “porco fedorento”. Se o céu é isso aí, podem me mandar para o inferno. A choupana, eu já conheci na terra, mas com banho, que a gente pode, sim, ser pobre e limpinho e não matar ninguém (coisa que a esquerda ilustrada não sabe…).
As oposição também têm de enfrentar uma formidável máquina assistencialista. Chávez transformou a Venezuela num país dependente exclusivamente do petróleo, destruiu a indústria, arrasou a agricultura e passou a distribuir caraminguás da renda do óleo às populações mais pobres. É a sua versão do “Bolsa Família”. Só que essa distribuição de benesses é controlada por milícias — armadas! — que dominam as áreas mais pobres do país. A degeneração social é de tal sorte que Caracas é hoje uma das cidades mais violentas do mundo, com, atenção!, 122 mortos por 100 mil habitantes. A taxa, no Brasil, já escandalosa, fica em torno de 25. Mata-se em Caracas DEZ VEZES MAIS do que em São Paulo e quatro vezes mais do que no Rio.
O Chávez amado pelas massas — e, consequentemente, o chavismo supostamente invencível — é fruto da propaganda oficial. Se as oposições pudessem disputar em condições de igualdade e se houvesse imprensa livre no país, essa canalha já teria sido varrida do poder há muito tempo. Até porque a Venezuela continuará em espiral negativa porque o governo está infiltrado de delinquentes — alguns deles procurados internacionalmente por envolvimento com o tráfico de drogas. Parte da cocaína que circula hoje no EUA e no Brasil tem origem na Venezuela, que dá abrigo e apoio material aos narcoterroristas das Farc. É esse o governo para o qual Lula gravou um vídeo emprestando seu apoio entusiasmado.
Se as eleições não são livres, também não são limpas. As milícias chavistas assombram os locais de votação e aterrorizam os eleitores, especialmente os mais pobres. Assim, a Venezuela é hoje um país governado por um súcia autoritária, eivada de criminosos, sim! Se tiverem curiosidade, pesquisem sobre as denúncias feitas pelo juiz venezuelano Eladio Ramón Aponte Aponte. Ele era nada menos que o presidente do Superior Tribunal de Justiça, o STF da Venezuela, e um dos pilares do chavismo no Judiciário.
No ano passado, fugiu do país, entregou-se às autoridades americanas e declarou-se cúmplice da máfia do tráfico de drogas no país, com a qual, afirma, está envolvida a alta cúpula do chavismo. Reproduzo trecho de reportagem de José Casado, de abril do ano passado, no Globo:
“[o juiz] Citou especificamente [como envolvidos com o tráfico]: o ministro da Defesa, general de brigada Henry de Jesus Rangel Silva; o presidente da Assembleia Nacional, deputado Diosdado Cabello; o vice-ministro de Segurança Interna e diretor do Escritório Nacional Antidrogas, Néstor Luis Reverol; o comandante da IVa Divisão Blindada do Exército, Clíver Alcalá; e o ex-diretor da seção de Inteligência Militar, Hugo Carvajal.
O juiz Aponte Aponte conheceu a desgraça em março, quando seu nome foi descoberto na folha de pagamentos de um narcotraficante civil, Walid Makled. Convocado para uma audiência na Assembleia Nacional, desconfiou. Na tarde de 2 de abril, ajeitou papéis em uma caixa, deixou o tribunal e entrou em um táxi. Rodou 500 quilômetros até um aeroporto do interior, alugou um avião e aterrissou na Costa Rica. Ali, pediu para entrar no sistema de proteção que a agência antidrogas dos EUA oferece aos delatores considerados importantes.”
Eis aí o governo que conta o integral apoio do Brasil. Lula gravou um vídeo em apoio a Maduro, e Dilma deu um golpe no Mercosul, com o apoio de Cristina Kirchner, para afastar o Paraguai e levar para o bloco essas flores do bem.
A Venezuela disse “não”! A despeito da propaganda, a despeito das mistificações, a despeito da truculência, a despeito da violência, metade dos eleitores — mesmo na contagem chavista — disse “não” à continuidade do regime. Numa democracia, essa canalha não teria chance.
Eis aí por que é preciso ficar atento e cuidar dos marcos legais e institucionais. As modernas ditaduras na América Latina, reitero, não se instalam com tanques, mas com golpes legais, como os que Chávez foi aplicando em seu país de maneira dedicada e meticulosa.
Nesta semana, o PT dá início a uma campanha em favor do financiamento público de campanha. É uma tentativa de, por intermédio de um golpe legal, garantir a permanência do PT no poder ainda que, um dia, o povo não queira. Vejam o caso da Venezuela: é claro que a maioria da população não quer mais o chavismo se puder escolher seu destino de modo soberano.
Chávez está morto.
O chavismo sobreviveu pouco mais de um mês e morreu também.
Nicolás Maduro é só um cadáver adiado, o último suspiro de um delírio totalitário na América Latina.
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 4 de maio de 2013

Curto Circuito


Por  | On The Rocks – qui, 2 de mai de 2013

Está sendo orquestrado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o maior golpe na república brasileira desde o primeiro de abril de 1964. E há uma enorme relação entre ambos (em tempo: não acho que passará em plenário)

Em votação simbólica, a CCJ aprovou um projeto de emenda constitucional que, na prática, acaba com duas prerrogativas do Supremo Tribunal Federal (STF). O controle constitucional e com a súmula vinculante, uma espécie de jurisprudência que obriga decisões de outras instâncias no mesmo sentido.
Segundo a PEC, o STF só poderia declarar a inconstitucionalidade de uma lei por uma maioria de 4/5 dos votos, uma quase unanimidade. Além, esta declaração ainda teria que ser aprovada pelo Congresso depois da decisão do Supremo.
Ou seja, se a PEC for aprovada teremos um Guardião da Constituição e um Guardião do Guardião da Constituição.
Em outras palavras. Curto-circuito. O legislativo se arvorará a julgar se as leis que ele criou são ou não legais. Curioso desenho. O congresso faz uma lei, o STF declara que é inconstitucional, o Congresso – que a fez – reitera sua constitucionalidade.
Neste caso de conflito, decidiria o povo. Em um primeiro momento, parece interessante. Mas o povo aparece sempre como último refúgio. É preciso ter muito cuidado com a defesa da democracia direta ou plebiscitária. Como já sabia Sócrates, pode ser converter em uma tirania da maioria, e isso significa por em riscos as minorias.
*****
De maneira estabanada, e politicamente orientada, alguns analistas atribuíram este ataque da CCJ à retaliação por conta do julgamento do “Mensalão”. É preciso muita imaginação e criatividade para enxergar em um Projeto de Emenda Constitucional que versa sobre a súmula vinculante e sobre o foro adequado para se declarar a constitucionalidade de uma lei algo que tenha qualquer relação com o “mensalão”.
Matérias distintas, prerrogativas idem.
Outros apontam que a irritação dos deputados seria por conta da aprovação, na Corte, do casamento igualitário.
Aqui temos um ponto. O proponente da PEC demonstrou claramente sua revolta com o STF fazer o “papel de legislador” quando aceitou a constitucionalidade do casamento igualitário e do aborto de anencéfalos.
Pululalam críticas ao “ativismo judiciário” ou à “judicialização da política”.
Esta ótica é completamente descabida de sentido. Só aqueles que querem crer na neutralidade política da lei podem acreditar nisso. A Constituição, Carta Magna, é antes de tudo um documento político!
Quem tem o poder de interpretá-la, quem “guarda a constituição”, é, logo, um ator político. Quem interpreta as normas, as cria também. E quem tem a prerrogativa de interpretação final, é, em última instância, o legislador final.
Mas isso revela o caráter político do jurídico, o que é inconveniente à ideologia do direito.
Assim, o Supremo Tribunal é um órgão político e, logo, também legiferante. E o é em qualquer lugar do mundo.
*****
O que, então, se passa na CCJ?
Para entender é necessário, primeiro, ver a sua composição e os votos. A proposta desta PEC veio do deputado Nazareno Fontelenes (PT-PI), o que motivou a interpretação politicamente enviesada já mencionada acima, por parte de uma grande revista nacional.
Acusou-se, claro, o PT. Seria um projeto do partido para dar um golpe institucional e calar o STF por conta do “Mensalão”. Parece que funciona para a classe média: culpe o PT por toda e qualquer coisa.
Mas esqueceram que o relator da PEC era João Campos (PSDB-GO), que deu parecer favorável.
Esqueceram também que foi uma votação simbólica, o que significa um certo consenso dentro Comissão de Constituição e Justiça. Ou seja, a PEC 33/2011 não representa um partido, o governo ou a oposição, mas o Congresso Nacional, ou uma parte dele.
Neste sentido, Fernando Limongi foi preciso. Percebeu que é uma briga de poderes, não de partidos.
Mas a intenção do Congresso não é nobre e nem visa reestabelecer o equilíbrio entre os poderes dado o “casuísmo” do Supremo Tribunal. O Congresso age para aumentar seu poder e, consequentemente, o custo de sua barganha.
Há dois vetores diferentes mas que, curiosamente, se complementam. O vetor vertical é a tendência ao “governismo” que é incentivado pelas regras do jogo. Dada a distribuição de recursos e uma centralização destes em verbas com alto grau de discricionariedade. Isso faz com que seja muito custoso pra um deputado se manter, de fato, não de direito, na oposição.
Assim, o Executivo tem – não sem muita negociação – uma base considerável, que lhe dá, em matérias programáticas, garante a estabilidade do governo e a aprovação das suas pautas.
Mas há um outro vetor, horizontal, que diz respeito apenas ao interno, ao congresso em si mesmo e não na relação com o executivo. Neste sentido o congresso é uma instituição que transita, sem nenhuma contradição, entre a unidade e a fragmentação.
A fragmentação é bastante perceptível quando o olhamos na transversalidade. Bancadas de interesses perpassam os partidos, unem políticos de partidos adversários, separam colegas. A bancada de um estado se une para defendê-lo, os deputados do agrobusiness ou religiosa agem, muitas vezes, contra os valores que, teoricamente, seus partidos defendem.
Por outro lado, a unidade é dada pela ideia de corporação, de defesa de interesses do grupo, da função. Assim, antes de tudo, um deputado é ... deputado! Não de um partido ou de outro, representante de um estado, uma região. Ser deputado os une, mais que qualquer outra forma de identidade.
O que a PEC 33 significa, nesta decomposição de vetores?
Que a Comissão de Constituição e Justiça, auto-interessada, está tentando agir para aumentar o poder do Congresso sobre os outros dois poderes. Por isso foi aprovado de maneira simbólica e uniu tanta gente de partidos e intenções diferentes. Os motivos, aqui, somam-se ao invés de se contraporem.
O Congresso quer ser a esfera legislativa e a que controla a lei e a guarda. Ou seja, o Poder dos Poderes, a primeira e última instância. Um "Poder Constituinte permante" (na expressão do amigo Raphael Neves), que faz as leis e as julga procedentes.
Há, em curso, uma certa autonomização da representação legislativa, uma mudança da sua característica. Um processo em germe que trará consequências profundas (mas que não dá pra dizer ainda quais), e a aprovação da PEC 33 pela CCJ, mais do que qualquer outra coisa, revela este movimento.