Assustado acordo
num lampejo da madruga
e ouço sons, gemidos
não definíveis.
Arde-me o motivo
de corpo ausente.
A saudade é um sino
que solapa o entorno.
O acalanto enrijece o ventre
e o prazer nunca deixa
que o vazio remeta a silhueta
ao esquecimento.
Estás rediviva
– asas de labaredas –
entre minhas pernas,
ereta de desejos.
Mais vivaz do que nunca
o corpo nu
aconchega o cansaço
e abraça o travesseiro.
Sonha-me a noite
despida de pudores.
– Do livro QUINTAIS DO MISTÉRIO, 2012.
e ouço sons, gemidos
não definíveis.
Arde-me o motivo
de corpo ausente.
A saudade é um sino
que solapa o entorno.
O acalanto enrijece o ventre
e o prazer nunca deixa
que o vazio remeta a silhueta
ao esquecimento.
Estás rediviva
– asas de labaredas –
entre minhas pernas,
ereta de desejos.
Mais vivaz do que nunca
o corpo nu
aconchega o cansaço
e abraça o travesseiro.
Sonha-me a noite
despida de pudores.
– Do livro QUINTAIS DO MISTÉRIO, 2012.
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