Seu ‘like’ no Facebook pode virar dinheiro para criminosos. Site registrado
em nome de usuário em Goiânia vendia até 100 mil likes por R$ 3.990.
Por Murilo Roncolato e Nayara Fraga,
RADAR TECNOLÓGICO, O ESTADO DE SÃO PAULO.
Aplicativos como “Veja quem te visitou” ou “Mude a cor do seu perfil” não são
apenas brincadeiras desagradáveis de algum hacker que quer se divertir. Eles
servem também para um esquema fraudulento de venda de “curtidas” (ou “likes”)
a empresas ansiosas por audiência no Facebook.
Uma investigação feita por Fábio Assolini, analista da Kaspersky Lab e integrante
Uma investigação feita por Fábio Assolini, analista da Kaspersky Lab e integrante
do Grupo de Análise e Resposta a Incidentes de Segurança (Aris), revela que
cibercriminosos brasileiros vendem pacotes de “curtidas” que variam de R$ 50,
para mil “likes”, a R$ 3.990, para 100 mil “likes”.
“Uma maneira rápida e fácil, adquira cem mil curtidas em sua fan page no
“Uma maneira rápida e fácil, adquira cem mil curtidas em sua fan page no
Facebook. Compre este plano, escolha a melhor forma de pagamento que
desejar”, diz o site que comanda o negócio – encontrado sob os domínios
hxxp://publicidadesonline.com e hxxp://publicidadesonline.net. Eles foram
retirados do ar após Assolini comentar o comércio de “likes” em um blog.
De fato, a companhia que compra o serviço consegue movimentar o seu perfil na
De fato, a companhia que compra o serviço consegue movimentar o seu perfil na
rede social. Mas o que ela pode não saber é que isso é feito às custas de usuários
infectados por aplicativos do tipo “Mude a cor do seu perfil” — gente que não
necessariamente admira a marca “curtida” ou que até acaba ficando com raiva da
empresa por ver seu rosto exposto onde ela nunca pensou em estar.
O esquema, que promete também milhares de seguidores no Twitter, é totalmente
O esquema, que promete também milhares de seguidores no Twitter, é totalmente
brasileiro, segundo o analista da Kaspersky. Um dos sites estava registrado em
nome de um usuário localizado em Goiânia.
Involuntariamente. Para tomar conta de um perfil no Facebook, os cibercriminosos
Involuntariamente. Para tomar conta de um perfil no Facebook, os cibercriminosos
geralmente criam aplicativos falsos com motes apelativos para atrair usuários e
convencê-los a baixar o que, na verdade, é uma porta para um malware (software
usado para fins criminosos).
A pessoa, sem saber, está instalando um plug-in no navegador (Firefox ou Chrome)
A pessoa, sem saber, está instalando um plug-in no navegador (Firefox ou Chrome)
que roubará o seu nome de usuário e senha, não importa quantas vezes eles forem
trocados.
A menos que o plug-in seja excluído, ele continuará lá como um espião — e com o
poder de usar o seu perfil como bem entender. Caso o usuário suspeite ter
instalado aplicativos maliciosos ou plug-ins estranhos, é aconselhável verificar as
extensões no navegador, segundo Fábio Assolini.
O analista alerta que é provável que o plug-in esteja disfarçado de Adobe Flash
O analista alerta que é provável que o plug-in esteja disfarçado de Adobe Flash
Player, por exemplo, um dos mais populares na web e usado como isca em outros
ataques virtuais. Essa extensão força o usuário acessar o Facebook por um
domínio não-seguro que começa com http:// em vez de https://, que representa o
site seguro.
Quando isso ocorrer, é preciso excluir o plug-in malicioso do navegador.
Quando isso ocorrer, é preciso excluir o plug-in malicioso do navegador.
Veja como:
No Mozilla Firefox, vá em Ferramentas > Complementos > Extensões.
No Mozilla Firefox, vá em Ferramentas > Complementos > Extensões.
No Chrome, vá em Ferramentas > Extensões.
Procure pelos últimos plug-ins instalados.
Popular. Especialistas dizem que o Facebook, hoje com mais de 36,1 milhões
Popular. Especialistas dizem que o Facebook, hoje com mais de 36,1 milhões
de brasileiros, costuma ser eficiente na exclusão de aplicativos cuja intenção é
espalhar vírus pela rede. Mas, apesar dos esforços, a empresa diz ser necessária
a colaboração do usuário. “Em caso de dúvida, confirme antes com seu amigo
se aquela mensagem ou post é segura”, disse a empresa em uma de suas
campanhas.
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