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quarta-feira, 6 de abril de 2016

As 55 ameaças aos seus direitos que tramitam no Congresso Nacional

Neste momento, enquanto você toma seu café, o parlamento brasileiro está aprovando leis que retiram seus direitos. Conheça 55 ameaças em tramitação no pior Congresso Nacional de todos os tempos.

As 55 ameaas aos seus direitos que tramitam no Congresso Nacional
O Brasil passa por um período sombrio, com um governo e uma oposição ruins e, provavelmente, o pior Congresso Nacional de todos os tempos. Neste momento, enquanto você toma seu café, o parlamento está aprovando leis que retiram, à luz do dia, direitos de trabalhadores, mulheres, populações tradicionais, minorias.
Tenho dito que se a Câmara dos Deputados, que tem à frenteEduardo Cunha, se esforçar, pode nos levar de volta ao Brasil Colônia em quatro anos. Quiçá revogando, por fim, o voto feminino, a República e a Lei Áurea.
A assessoria do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) realizou um levantamento das principais matérias tramitando no Congresso Nacional que, segundo a instituição, são uma ameaça à democracia e aos direitos conquistados ao longo de nossa história. Muitas delas têm sido vendidas aos cidadãos como instrumentos para o desenvolvimento, como pontes para o futuro. Quando, na verdade, não são nada além de um túnel direto ao passado.
Segue a lista, com os números das proposições para você acompanhar no site da Câmara dos Deputados e do Senado Federal:

a) Você, trabalhador e trabalhadora

1. Regulamentação da terceirização sem limite permitindo a precarização das relações de trabalho (PL 4302/1998 – Câmara,PLC 30/2015 – Senado, PLS 87/2010 – Senado)
2. Redução da idade para início da atividade laboral de 16 para 14 anos (PEC 18/2011 – Câmara);
3. Instituição do Acordo extrajudicial de trabalho permitindo a negociação direta entre empregado e empregador (PL 427/2015 – Câmara);
4. Impedimento do empregado demitido de reclamar na Justiça do Trabalho (PL 948/2011 – Câmara e PL 7549/2014 – Câmara);
5. Suspensão de contrato de trabalho (PL 1875/2015 – Câmara);
6. Prevalência do negociado sobre o legislado nas relações trabalhistas (PL 4193/2012 – Câmara);
7. Prevalência das Convenções Coletivas do Trabalho sobre as Instruções Normativas do Ministério do Trabalho (PL 7341/2014 – Câmara);
8. Livre estimulação das relações trabalhistas entre trabalhador e empregador sem a participação do sindicato (PL 8294/2014 – Câmara);
9. Regulamentação do trabalho intermitente por dia ou hora (PL 3785/2012 – Câmara);
10. Estabelecimento do Código de Trabalho (PL 1463/2011 – Câmara);
11. Redução da jornada com redução de salários (PL 5019/2009 – Câmara);
12. Vedação da ultratividade das convenções ou acordos coletivos (PL 6411/2013 – Câmara);
13. Criação de consórcio de empregadores urbanos para contratação de trabalhadores (PL 6906/2013 – Câmara);
14. Regulamentação da emenda constitucional 81/2014, do trabalho escravo, com supressão da jornada exaustiva e trabalho degradante das penalidades previstas no Código Penal(PL 3842/2012 – Câmara,PL 5016/2005 – Câmara e PLS 432/2013 – Senado);
15. Estabelecimento do Simples Trabalhista criando outra categoria de trabalhador com menos direitos (PL 450/2015 – Câmara);
16. Extinção da multa de 10% por demissão sem justa causa (PLP 51/2007 – Câmara e PLS 550/2015 – Senado);
17. Susta a Norma Regulamenta 12 sobre Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos (PDC 1408/2013 – Câmara e PDS 43/2015 – Senado);
18. Execução trabalhista e aplicação do princípio da desconsideração da personalidade jurídica (PL 5140/2005 – Câmara);
19. Deslocamento do empregado até o local de trabalho e o seu retorno não integra a jornada de trabalho (PL 2409/2011 – Câmara);
20. Susta Norma Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho, que regula as atividades de trabalhadores sob céu aberto (PDC 1358/2013 – Câmara);
21. Susta as Instruções Normativas 114/2014 e 18/2014, do Ministério do Trabalho, que disciplinam a fiscalização do trabalho temporário (PDC 1615/2014 – Câmara);
22. Estabelecimento da jornada flexível de trabalho (PL 2820/2015– Câmara e PL 726/2015 – Câmara);
23. Estabelecimento do trabalho de curta duração (PL 3342/2015 – Câmara);
24. Transferência da competência para julgar acidente de trabalho nas autarquias e empresas públicas para a Justiça Federal (PEC 127/2015 – Senado);
25. Aplicação do Processo do Trabalho, de forma subsidiária, as regras do Código de Processo Civil(PL 3871/2015 – Câmara);
26. Reforma da execução trabalhista (PL 3146/2015 – Câmara).

b) O petróleo é nosso?

27. Fim da exclusividade da Petrobras na exploração do pré-sal (PL 6726/2013 – Câmara);
28. Estabelecimento de que a exploração do pré-sal seja feita sob o regime de concessão (PL 6726/2013);

c) Gestão da coisa pública

29. Estabelecimento de independência do Banco Central (PEC 43/2015 – Senado);
30. Privatização de todas as empresas públicas (PLS 555/2015 – Senado);
31. Proibição de indicar dirigente sindical para conselheiros dos fundos de pensão públicos (PLS 388/2015 – Senado);

d) Garantia do mínimo de dignidade

32. Estabelecimento do Código de Mineração(PL 37/2011 – Câmara);
33. Demarcação de terras indígenas (PEC 215/2000);
34. Cancelamento da política de Participação Social (PDS 147/2014– Senado);
35. Alteração do Código Penal sobre a questão do aborto, criminalizando ainda mais as mulheres e profissionais de saúde (PL 5069/2013 – Câmara);
36. Retirada do texto das políticas públicas do termo “gênero” e instituição do Tratado de San José como balizador das políticas públicas para as mulheres. É um total retrocesso para todo ciclo das políticas (MPV 696/2015 – Senado);
37. Instituição do Estatuto do Nascituro – provavelmente maior ameaça aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Seria concretizada a criminalização generalizada das mulheres, inviabilizando, inclusive, o aborto previsto no Código Penal(PL 478/2007 – Câmara);
38. Instituição do Estatuto da Família – retrocesso para grupos LGTBs e mulheres: não reconhecimento como família – ficam fora do alcance de políticas do Estado (PL 6583/2013 – Câmara);
39. Redução da maioridade penal (PEC 115/2015 – Senado);
40. Flexibilização do Estatuto do Desarmamento(PL 3722/2012 – Câmara);
41. Estabelecimento de normas gerais para a contratação de parceria público-privada para a construção e administração de estabelecimentos penais (PLS 513/2011 –Senado);
42. Aumento do tempo de internação de adolescentes no sistema socioeducativo (PLS 2517/2015 – Senado);
43. Atribuição à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania do exame do mérito das Propostas de Emenda à Constituição(PEC), acabando com as comissões especiais (PRC 191/2009 – Câmara);
44. Alteração da Constituição para que entidades de cunho religioso possam propor Ações de Constitucionalidade perante oSTF(PEC 99/2001 – Câmara).

e) Concentração de terra e questões agrárias

45. Substitutivo apresentado na CAPADR estabelece a inexigibilidade do cumprimento simultâneo dos requisitos de “utilização da terra” e de “eficiência na exploração” para comprovação da produtividade da propriedade rural (PL 5288/2009 – Câmara);
46. Alteração da Lei 5.889/1973, que estatui normas reguladoras do trabalho rural, e a Lei 10.101/2000, que dispõe sobre a participação dos trabalhadores no lucro ou resultados da empresa, visando a sua adequação e modernização (PLS 208/2012 – Senado);
47. Alteração da Lei no 1.079/1950, para definir como crime de responsabilidade de governador de Estado a recusa ao cumprimento de decisão judicial de reintegração de posse (PLS 251/2010 – Senado);
48. Alteração da Lei 8.629/1993, para dispor sobre a fixação e o ajuste dos parâmetros, índices e indicadores de produtividade (PLS 107/2011 – Senado);
49. Regulamentação da compra de terra por estrangeiros (PL 4059/2012 – Câmara e PL 2269/2007 – Câmara);
50. Alteração da Lei de Biossegurança para liberar os produtores de alimentos de informar ao consumidor sobre a presença de componentes transgênicos quando esta se der em porcentagem inferior a 1% da composição total do produto alimentício (PLC 34/2015 – Senado).

f) Direitos do serviço público

51. Dispensa do servidor público por insuficiência de desempenho (PLP 248/1998 – Câmara);
52. Instituição de limite de despesa com pessoal (PLP 1/2007 – Câmara);
53. Criação do Estatuto das Fundações Estatais (PLP 92/2007 – Câmara);
54. Regulamentação e retirada do direito de greve dos servidores (PLS 710/2011 – Senado; PLS 327/2014 – Senado; e PL 4497/2001 – Câmara); e
55. Extinção do abono de permanência para o servidor público (PEC 139/2015 – Câmara).

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Tome uma atitude e tenha sucesso

O que normalmente separa os concurseiros aprovados dos que ainda estão na fila? Você já pensou nisso? O empresário de sucesso daquele que não consegue bons resultados? 
A atitude.
É claro que, de vez em quando, surgem pessoas cujos dons são tão extraordinários a ponto de realizarem coisas com as quais o restante de nós só consegue sonhar. Mas, em geral, quem está no topo é parecido no que se refere ao talento. A vantagem do aprovado está na atitude, não na aptidão. Atitude é o critério para o sucesso e, como grande parte das coisas importantes na vida, não pode ser comprada.
Como afirma o ditado, você não pode escolher o que acontece com você, mas pode escolher o que acontece em você. Algumas coisas na vida escapam ao seu controle. Outras não. Suas atitudes serão o fiel da balança entre um e outro. Essa é a razão por que sua atitude é a sua maior qualidade ou a sua maior deficiência. Ela pode levantá-lo ou derrubá-lo.
Tome uma atitude
Uma atitude positiva é uma qualidade diária em quase todos os sentidos. Ela não só ajuda a resolver problemas pequenos como também fornece um instrumental poderoso que pode ser útil por toda a sua vida, inclusive nos concursos.
Dizem que quando Chesty Puller, da Marinha norte-americana, viu-se cercado de oito divisões inimigas durante a guerra coreana, sua resposta foi: Na vida, os obstáculos, os desafios, os problemas e os fracassos são inevitáveis. Nas provas também. Reprovações são naturais no rumo à aprovação. Como você vai lidar com elas? Vai desistir? Vai deixar que uma aprovação fora da lista de classificados te desestimule? Ou você vai voltar a fazer o melhor possível, se superar para a próxima prova?
Certa vez, ouvi um conferencista dizer que nenhuma sociedade jamais desenvolveu homens valentes durante tempos de paz. Os momentos da vida em que mais crescemos são aqueles que, a princípio, são os mais difíceis. Quanto melhor sua atitude, maiores as chances de você conseguir superar dificuldades, crescer e seguir em frente. Nos concursos, quanto melhor sua atitude perante um obstáculo (naturais e inevitáveis) melhor você passará por eles.
Ter uma atitude positiva é como juntar duas palavras aparentemente desconexas e negativas para criar um novo significado, positivo e animador. É da confusão que os problemas causam que podem surgir grandes estadistas, cientistas, autores, empresários e concursados. Todo desafio guarda em si sua cota de oportunidades. A atitude de uma pessoa determina seu modo de lidar tanto com os desafios quanto com as oportunidades e aproveitar o melhor de cada um deles.
Sua atitude influencia seu modo de ver o mundo e sua maneira de abordá-lo, portanto, mantenha a cabeça erguida, encare reprovações como oportunidades de rever e melhorar seu estudo e sua preparação.
Quer passar em concurso público? Clique aqui para baixar GRATUITAMENTE o e-book do QualConcurso com os 4 passos para aprovação em concurso público.

Conheça seis formas fáceis de descobrir se uma notícia da internet é falsa

Felizmente, existem algumas técnicas de verificação relativamente eficazes, que não requerem o conhecimento especializado ou algum software e caro. Apresento a seguir seis formas simples e gratuitas que qualquer leitor de notícias pode usar para verificar a veracidade da informação.

Texto traduzido por Régis Mesquita
Conhea seis formas fceis de descobrir se uma notcia da internet falsa
A notícia (verdadeira) do blog Tijolaço mostrando mais uma postagem falsa circulando no Facebook indignou muitas pessoas.
Um sujeito, cheio de ódio no coração, manipula uma imagem e cria uma mentira. Pessoas compartilham a mentira e pronto… milhões de pessoas são impactadas pelo ódio mentiroso de um desequilibrado.
Quem ganha com isto? A maldade, a sacanagem, a ignorância e, certamente, algumas pessoas interessadas em política e poder. Quem perde? Todas as pessoas que presam pela verdade.
Este problema não é só do Brasil. Acontece em todo o mundo. Pete Brown, da Universidade de Oxford, escreveu o artigo abaixo (cuja reprodução é livre) incentivando as pessoas a combaterem as mentiras da internet (no quesito mentiras o Facebook é imbatível).

Seis formas muito fáceis de descobrir se uma notícia da internet é falsa

E assim começa … bandeira ISIS (Estado Islâmico) é vista entre os refugiados, na Alemanha, durante briga com a polícia”, diz a manchete do Conservative Post; “Com esta nova imagem vazada, tudo parece confirmado”. A imagem em questão supostamente mostrava um grupo de refugiados sírios com bandeiras do ISIS (estado Islâmico) e atacando policiais alemães.
Para os que resistem em aceitar os refugiados na Europa, esta história foi uma dádiva de Deus. A foto se espalhou rapidamente através da mídia social, impulsionada por grupos de extrema direita, como o English Defence League… No momento em que escrevo, a página alega que a foto foi compartilhada mais de 300.000 vezes.
O problema é que a foto é de três anos atrás, e não tem nada a ver com a crise de refugiados. Na verdade, ela parece ter sido tirada em um confronto entre membros da extrema-direita do partido Pro NRW e um grupo de muçulmanos, que ocorreu em Bonn (Alemanha), em 2012. Algumas agências de notícias denunciaram a fraude …, assim como numerosos usuários do Twitter.
Na era digital, as notícias verdadeiras ou falsas (mentiras ou farsas) espalham muito rápido. Por isto, as retrações, as correções ou as matérias que denunciam as farsas, podem fazer muito pouco para combater a desinformação inicial. Como já argumentei em outro lugar, as habilidades de verificação digitais são essenciais para os jornalistas de hoje…
… Felizmente, existem algumas técnicas de verificação relativamente eficazes, que não requerem o conhecimento especializado ou algum software e caro. Apresento a seguir seis formas simples e gratuitas que qualquer leitor de notícias pode usar para verificar a veracidade da informação.

1) Busca de imagens reversa

A pesquisa de imagem reversa é uma ferramenta de verificação simples. Foi com ela que foi descoberto que a foto da bandeira do ISIS em briga com a polícia alemã era uma farsa. Tanto no Google Images quanto no TinEye foi encontradas páginas de 2012 que continham esta imagem. Como a captura de tela abaixo mostra, a história “ISIS refugiado” poderia ser desmascarada em menos de um segundo.
Quando um link para a história foi postada no Reddit, os usuários céticos rapidamente foram ao Google para consultá-lo. Logo, um usuário relatou: “Google Image Search diz a foto é de 2012”.

2) YouTube DataViewer(http://www.amnestyusa.org/citizenevidence/ )

Ao assistir o mais recente vídeo viral no YouTube, é importante verificar se ele não foi “reaproveitado”: um vídeo antigo, que foi baixado do YouTube e recarregado por alguém que de forma fraudulenta afirma ser de um novo evento.
A Anistia Internacional tem uma ferramenta simples, mas incrivelmente útil chamada YouTube DataViewer. Entre no site e insira o URL do vídeo, esta ferramenta irá extrair tempo de upload do clipe e todas as imagens em miniatura associadas. Essas informações – que não são facilmente acessível através do próprio YouTube – permite-lhe realizar uma pesquisa de verificação em duas vertentes.
O site permite que você identifique, entre as várias versões de um mesmo vídeo, qual é a mais antiga. É provável que a mais antiga seja a original e as outras falsas. Outra fonte de pesquisa são as miniaturas dos vídeos. As imagens miniaturas também pode ser pesquisadas usando a técnica da imagem inversa. Desta forma, você encontrará as páginas da web que contém o vídeo, o que oferece um método rápido e eficaz para identificar versões mais antigas ou informações do mesmo vídeo.

3) Jeffrey Exif Viewer (http://regex.info/exif.cgi)

Fotos, vídeos e áudio tiradas com câmeras digitais e smartphones contêm informações Exchangeable Image File (EXIF): são metadados sobre a marca da câmera usada e a data, hora e local em que a mídia foi criada. Esta informação pode ser muito útil se você desconfiar da origem do conteúdo. Em tais situações, os leitores EXIF, como a de Jeffrey Exif Viewer, permitem que você carregue uma imagem ou digite a URL (endereço) dela para visualizar seus metadados.
Abaixo, os dados EXIF ​​de uma fotografia que eu tirei de um acidente de ônibus em Poole, em agosto de 2014. Se eu dissesse que esta foto foi tirada na semana passada, na cidade de Swanage, seria muito simples de refutar. Vale a pena notar que, enquanto o Facebook, Instagram e Twitter removem os dados EXIF ​​quando o conteúdo é carregado para seus servidores, outras plataformas como o Flickr e WhatsApp os mantém intactos.

4) FotoForensics (http://fotoforensics.com/)

FotoForensics é um site que utiliza a análise do nível de erro (ELA) para identificar as partes de uma imagem, que podem ter sido modificados ou “Photoshopeado”. Esta ferramenta permite que você ou faça o upload ou digite a URL de uma imagem suspeita. O site analisa e destaca as áreas nas quais as disparidades na qualidade sugerem alterações podem ter sido feitas. Ele também oferece uma série de opções de compartilhamento para que você possa divulgar o resultado das análises feitas pelo site.

5) WolframAlpha (http://www.wolframalpha.com/)

WolframAlpha é um “software de inteligência computacional”, que permite que você verifique o estado do tempo em um momento e local específicos. Você pode pesquisar usando critérios como “tempo em Londres, 2:00 em 16 de julho, 2014”. Assim, se, por exemplo, uma foto de uma tempestade de neve arrepiante foi compartilhado com você e WolframAlpha relata que naquele momento Londres estava com 27 graus de temperatura é claro que a foto ou o contexto são falsos.

6) Mapas on-line

Identificar a localização de uma foto suspeita ou vídeo é uma parte importante do processo de verificação. Google Street View, Google Earth (uma fonte de imagens históricas de satélite) e Wikimapia (a versão crowdsourced do Google Maps, que fornece informação adicional)–http://wikimapia.org/ – são todos excelentes ferramentas para realizar este tipo de trabalho de detetive.
Você deve identificar se existem pontos de referência para comparação, como, por exemplo, se a paisagem é a mesma ou se as informações do local batem com o que é visto. Esses critérios são frequentemente usados ​​para cruzar informações de vídeos ou fotos, a fim de verificar se eles foram ou não realmente gravados no local que afirmam terem sido gravados.
Dica do Regis Mesquita: duas outras boas maneiras de descobrir se algo é falso:
a) ficar atento aos comentários dos sites algumas vezes é ali que terá informações relevantes sobre a veracidade da informação.
b) aproveite da liberdade que você possui e procure fontes complementares de informação. Por exemplo: obter informações sobre um jogo Corinthians e São Paulo lendo apenas o que foi escrito por corintianos ou somente por são paulinos é complicado. As pessoas que compartilharam a imagem falsa que o blog Tijolaço denuncia provavelmente não leem este blog. Acessam sites parecidos com os que divulgaram as imagens e que não possuem interesse em divulgar o desmentido.]

quarta-feira, 30 de março de 2016

Governar é errar...

                   ... à custa dos outros

Descrição: Dilma.jpg















É extremamente raro — se não inédito — ver um político da situação reconhecer que o governo errou. Normalmente, tal acusação é feita, quando é feita, por políticos da oposição.
Sem dúvida, o simples fato de um político — independentemente de ser situação ou oposição — reconhecer que o governo falhou já é um avanço. Só que isso nem sequer deveria ser necessário.
O conhecido aforismo em latim "errare humanum est" já deixa manifesto que o erro é inerente ao — e inseparável do — ser humano. Sendo assim, a menos que um político esteja implicitamente sugerindo que os governantes estão acima dos comuns mortais (não duvide disso), um reconhecimento de erro acaba sendo redundante. É claro que os políticos se equivocam: o sobrenatural seria se eles não errassem.
No entanto, vale enfatizar que o aspecto mais relevante do "erro político" não é que ele exista, mas sim as consequências que ele acarreta.
Quando um indivíduo qualquer se equivoca, os custos e os prejuízos vinculados ao seu erro são arcados por ele próprio. A responsabilidade individual consiste justamente em aceitar as consequências de nossas ações, em não culpar os outros por nossas falhas, e em não descarregar nem culpas nem ônus sobre terceiros inocentes.
Na teoria econômica, com efeito, criou-se o termo "externalidades negativas" para descrever custos que não são arcados pelo indivíduo que as produziu, mas sim por terceiros.
Os políticos, por sua vez, são inteiramente capazes de transferir o custo de seus erros para todo o conjunto da população. Afinal, quem são os grandes prejudicados pelos fiascos das políticas implantadas pelo governo?
Por exemplo, a política de crédito subsidiado concedido pelos bancos estatais para grandes empresas é inerentemente inflacionária. Quem arcou com o aumento de preços?
A política de crédito subsidiado para a compra de imóveis é inerentemente inflacionária. Quem arca com o aumento dos preços dos imóveis e acaba tendo de viver de aluguel ou sendo forçado a morar em barracões?
A política de aumento dos gastos públicos e a política da concessão de crédito por meio do BNDES geraram um explosivo déficit orçamentário e um grande aumento na dívida pública. Tal política, além de também ser inflacionária, deteriorou as contas do governo, elevando a dívida bruta, o que retirou do país o grau de investimento (investment grade) e ajudou a acelerar a depreciação do real, o que por sua vez turbinou ainda mais a inflação de preços. Quem arcou com tudo isso?
A política de aumento generalizado das tarifas de importação — para proteger o grande baronato industrial e os grupos de interesse que mais gastam dinheiro para fazer lobby perante o governo — ajudou a encarecer sobremaneira os preços de vários bens de consumo. Quem arcou com tudo isso?
A política de obrigar geradoras e transmissoras de energia elétrica a baixar suas tarifas na marra inviabilizou vários investimentos destas, e consequentemente obrigaram as distribuidoras a recorrer ao mercado de curto prazo, cujos preços são muito maiores. Como consequência, as distribuidoras ficaram desabastecidas e endividadas, e tiveram de ser socorridas pelo Tesouro (dinheiro nosso). O montante repassado já chegou a R$ 39 bilhões e as tarifas ao consumidor estão mais altas do que estavam antes do anúncio da redução de tarifas. Quem arcou com tudo isso?
A política de criar agências reguladoras serviu para cartelizar o mercado interno, protegendo grandes empresários contra a concorrência externa e, com isso, impedindo que houvesse preços baixos e produtos de qualidade no mercado. Quem arcou com tudo isso?

A política de encargos sociais e trabalhistas encareceu artificialmente a mão-de-obra e, com isso, impediu que os salários fossem maiores. Quem arcou com tudo isso?

Tendo arrogado para si próprios um poder quase absoluto para decidir sobre nossas vidas e economias, os políticos, ao cometerem erros, detêm o benefício de converter a sociedade em responsável solidária por seus erros. Aquilo que no livre mercado seria considerável inaceitável e motivo de acionamento judicial — as ações de um indivíduo repercutirem adversamente sobre um outro que não é obrigado a arcar com elas—, torna-se a regra quando o envolvido é o estado: os erros dos políticos se transformam estruturalmente em um fardo compartilhado por todo o conjunto da sociedade.
Porém, provavelmente ainda há aqueles que acreditam que essa caracterização predatória da política é injusta, pois, sendo os políticos "nossos representantes", eles acabam pagando por seus erros nas urnas. Só que essa argumentação não é satisfatória.
Em primeiro lugar porque, a menos que ocorra uma perfeita transubstanciação democrática, os governantes só representam, a rigor, aqueles que votaram neles, e não aqueles que não votaram neles. Consequentemente, ninguém deveria ser obrigado a pagar pelos erros daqueles governantes que não receberam seu voto. Tanto a presidente quanto um governador de estado têm poder sobre seus não-eleitores simplesmente porque a lei assim obriga, e não porque esse é o desejo de seus não-eleitores. A representação não-consentida não é motivo para que aquele involuntariamente representado pague pelos erros de seu político não-desejado.
Adicionalmente, não existe nenhuma garantia de que os erros serão castigados (um político pode arruinar um país, corromper-se em benefício próprio, punir seus não-eleitores minoritários, e ainda assim ser reeleito). No máximo, afirma-se que seus erros acarretarão na não-renovação de seu cargo público.
Essa, aliás, é a demonstração mais clara de como os políticos são capazes de externalizar seus erros com impunidade: afinal, a responsabilidade de um governante que destrói as finanças públicas e o poder de compra da moeda deve se limitar à sua não-reeleição? O estrago gerado é totalmente desproporcional a essa eventual "punição".
Portanto, eis o fato: os governantes erram porque são seres humanos; porém, e à diferença de todo o resto dos seres humanos, eles não assumem a responsabilidade pelos erros gerados por suas próprias decisões. Ao contrário: eles conseguem transferir as consequências de seus erros para outras pessoas que não deveriam ser obrigadas a arcar com este ônus.
Isso, e nada mais do que isso, é a síntese da política estatal: uma maciça socialização dos prejuízos imposta sobre o conjunto de cidadãos inocentes por um grupo de pessoas irresponsáveis que se arrogam a autoridade de governar a todos.


terça-feira, 29 de março de 2016

Cuidado (!) nem tudo o que está na internet é verdade

internet tomou conta do mundo e se tornou uma excelente ferramenta para várias áreas. Todavia, também inspira cuidados, afinal, nem tudo que está lá é verdade.
Tudo o que est na internet verdade
Para se ter uma ideia de quão grande é a internet, em 2014, quase 3 bilhões de pessoas no mundo já tinham acessosegundo a ONU, ou seja, quase a metade da população. Se pararmos para pensar a popularização da internet veio a partir dos anos 90, quando desenvolveram o “www” (World Wide Web), a sua expansão é inegável e monstruosa.
Mas, como o foco desse post não é a história da internet, vamos ao que interessa, que é o cuidado que devemos ter com as informações que estão disponíveis na internet.
É comum, principalmente nas redes sociais, a divulgação de informações falsas, as quais são recepcionadas por nós como se se tratasse de uma verdade absoluta.
Um dos exemplos mais banais é o referente ao auxílio-reclusão. Dizem que todos recebem, que o valor é um absurdo, que é inadmissível um preso receber dinheiro do Estado, …
As pessoas leem essas afirmações, assimilam, acreditam que representam a verdade, repassam a informação para outra pessoa, a qual assimilará, acreditará, repassará, …
Aí, está formado o ciclo, em que várias pessoas foramcontaminadas pelas inverdades da internet.
Só a título de curiosidade, o auxílio-reclusão tem vários requisitos, dentre eles: o preso deveria estar contribuindo ao INSS quando da prisão, o que é a exceção da exceção, e quem recebe é a família e não o preso.
Outra mentira comum de se ver por aí é relacionada às eleições, no sentido de que se mais da metade dos eleitores votarem nulotem que ser feita uma nova eleição.
Não é bem por aí, pois anular o voto faz com que ele não seja computado na apuração, haja vista que somente os votos válidos são levados em consideração (vale a leitura de um outro post do blog).
Então, galera, vamos com calma. Ao ter acesso a uma informação,verifique se ela é verdadeira antes de repassá-la adiante, para não dar continuidade a um ciclo de mentiras.
Temos que nos informar, só que corretamente e não com base em informações incorretas.

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Para atingir um resultado maior e melhor, o assunto deve ser debatido e as opiniões trocadas.