Mentes que visitam

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A curtida perdeu a inocência


O Houaiss define internet como “rede de computadores dispersos por todo o planeta que trocam dados e mensagens utilizando um protocolo comum, unindo usuários particulares, entidades de pesquisa, órgãos culturais, institutos militares, bibliotecas e empresas de toda envergadura”.
Os usuários particulares: muito rapidamente bilhões de pessoas transferiram vasto tempo de suas vidas para a internet, sobretudo para as redes sociais. Nesse universo, comunicam-se com mais velocidade, interagindo para conhecimento, lazer, profissionalmente, afetivamente e, diria, também maleficamente.
A natureza quase gratuita da maioria dos conteúdos internéticos proporciona inclusão digital e social sem precedentes, tornando-se um lugar de formação pessoal muito atrativo. Na net, em se sabendo buscar, encontra-se. Aprende-se o que se desejar, seja o mais comezinho, seja o mais erudito.
As redes possibilitam que se formem e unam grupos por coincidência de interesses, facilitam formar movimentos sociais, permitem denunciar abusos e até pressionar governos. São um espaço libertário. Creio que no futuro, quando se nomear a época em que vivemos, a ela se denominará era da internet.
Porém, há os malefícios. Quem quer agir maleficamente, consegue fazê-lo com grande facilidade. Com a abertura característica da internet surgiram abusos de toda ordem, gerando efeitos legais vários, sejam os decorrentes de responsabilidade civil, sejam os próprios da ordem criminal.
Muitos sites permitem quaisquer postagens e por usuários anônimos. Se por um lado as postagens anônimas permitem livres críticas e denúncias de atos ilícitos ou violentos em face de qualquer poder, por outro a devastação de dignidades causada pelo anonimato irresponsável ou criminoso pode tornar-se irreparável.
Lamentavelmente, o Direito teve que se intrometer nessa importante conquista social. O controle das publicações e a responsabilização quando ocorrem danos precisam ser estabelecidos pela ordem jurídica, seja de natureza positiva ou negativa, ensejando condutas de dar ou fazer, ou de não fazer, respectivamente.
Recentemente, foram criadas duas leis cujo objetivo principal é punir as condutas socialmente reprováveis e relacionadas ao crime informático: a Lei nº 12.735/2012 e a nº 12.737/2012. A doutrina e a jurisprudência também têm sido utilizadas para preencher eventuais lacunas legais.
Foi publicada também a Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet), norma amplamente discutida pela Sociedade, sem que se alcançasse uma maioria tranquila sobre suas qualidades. Essa Lei determina a neutralidade da rede e mantém previsões sobre guarda de dados e registros de conexão dos usuários.
Sobre nossos tribunais, vale saber: foi aplicada a responsabilidade objetiva prevista no Código do Consumidor para condenar um canal de televisão por declarações ao vivo de um entrevistado (REsp 331.182) e para responsabilizar um portal de internet por comentários ofensivos postados em uma notícia (REsp 1.352.053).
Porém, quando a postagem está inserida em rede social, as decisões judiciais têm sido pela impossibilidade de seu controle, isentando os sites por eventuais conteúdos ofensivos. As redes cuidam, por sua vez, de atender a moral média, exigindo do usuário a exclusão de imagens e de vídeos de nudez ou sexo.
Um sentença trabalhista recente gerou polêmica na internet. Ela teria atingido a garantia constitucional de opinião. Houve reconhecimento de justa causa na demissão de empregado que curtiu e comentou uma postagem na qual se falava mal de um dos sócios da empresa em que trabalhava.
Quem a ataca a vê desproporcional, no tanto em que resta caracterizada uma censura à liberdade de expressão. Seus defensores entendem que o curtir e comentar o texto foi apor concordância, caracterizando ato lesivo à honra e à boa fama do empregador. Doravante, cuidado com a liberdade de curtir, ela pode ensejar processo.
Por Léo Rosa 
Em coautoria com Débora Spagnol

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

7 truques incríveis para fazer seu tempo de estudo render mais

Administrar bem o tempo é fundamental para dar conta de todas as responsabilidades e fazer o seu estudo ser mais produtivo.

7 truques incrveis para fazer seu tempo de estudo render mais
Faça um planejamento diário
Faça um planejamento de tudo aquilo que você tem que fazer no dia seguinte. Pergunte-se se aquela atividade precisa realmente ser feita naquele determinado dia e se é você quem deve executá-la. Tente programar, também, quanto tempo você gastará para fazer cada tarefa, pois isso impedirá que você agende mais compromissos do que pode cumprir.
Eleja as prioridades
Ao fazer a lista do item anterior, você deve saber o que é, ou não, prioridade. Comece o seu dia por aquilo que é mais importante. Dessa forma, você não corre o risco de deixar para trás algo que deveria ter sido feito. Se as atividades do dia forem enormes e demandarem muitas horas, tente dividi-las em pequenas tarefas, para que você consiga resolver uma parte por vez.
Use agenda
Não importa se ela será a convencional, de papel, ou no celular. O importante é que você tenha um lugar para anotar tudo o que é preciso ser feito, sem pular nenhuma tarefa – nem as mais banais, como responder e-mails ou fazer uma pausa para o cafezinho. Tudo que está no papel está fora da sua cabeça. Livre de preocupações, deixando você mais produtivo.
Evite distrações
Por mais que você seja organizado, se você não eliminar do seu dia as distrações constantes, não conseguirá administrar bem o seu tempo. Na era do Twitter e Facebook está cada vez mais difícil deixar de gastar tempo com o que não é essencial. Se você usa esses minutos para arejar um pouco a cabeça, não há problema. Mas compute o tempo que gasta nas atividades para ver se não está exagerando.
Fuja do perfeccionismo
Assim como o retrabalho, o perfeccionismo atrapalha o fluxo de produtividade. Você deve focar seus esforços para realizar a tarefa de forma satisfatória e não perfeita. Lembre-se sempre de que o perfeccionismo é um sabotador da boa administração do tempo.
Tenha momentos de isolamento
Se tiver que executar uma tarefa que exige muita concentração, procure se isolar para garantir que ninguém vai interrompê-lo. Assim, o seu estudo renderá muito mais. Nesses momentos, desligue a tv e avise os seus colegas e familiares que você não pode ser interrompido.
Aproveite o tempo ocioso
Não tem como fugir da fila do banco, do supermercado ou da espera no médico? Então, aproveite esses momentos para realizar algumas tarefas importantes. Você pode, por exemplo, planejar as tarefas que devem ser feitas no dia seguinte, ouvir um podcast ou uma aula gravada.

domingo, 16 de agosto de 2015

Texto sábio de um geriatra

Estamos envelhecendo.  Não nos preocupemos!  De que adianta, é assim mesmo.  Isso é um processo natural.  É uma lei do Universo conhecida como a 2ª Lei da Termodinâmica ou Lei da Entropia.  Essa lei diz que:  “A energia de um corpo tende a se degenerar e com isso a desordem do sistema aumenta”.  Portanto, tudo que foi composto será decomposto, tudo que foi construído será destruído, tudo foi feito para acabar.  Como fazemos parte do universo, essa lei também opera em nós.  Com o tempo, os membros se enfraquecem, os sentidos se embotam.  Sendo assim, relaxe e aproveite.  Parafraseando Freud: “A morte é o alvo de tudo que vive”.  Se você deixar o seu carro no alto de uma montanha, daqui a 10 anos ele estará todo carcomido.  O mesmo acontece a nós.  O conselho é:  Viva.  Faça apenas isso. Preocupe-se com um dia de cada vez.  Como disse um dos meus amigos a sua esposa: “me use, estou acabando!”.  Hilário, porém realista.

Ficar velho e cheio de rugas é natural.  Não queira ser jovem novamente, você já foi.  Pare de evocar lembranças de romances mortos, vai se ferir com a dor que a si próprio inflige.  Já viveu essa fase, reconcilie-se com a sua situação e permita que o passado se torne passado.  Esse é o pré-requisito da felicidade.  “O passado é lenha calcinada.  O futuro é o tempo que nos resta: finito, porém incerto”  como já dizia Cícero.

Abra a mão daquela beleza exuberante, da memória infalível, da ausência da barriguinha, da vasta cabeleira e do alto desempenho, pra não se tornar caricatura de si mesmo. Fazendo isso ganhará qualidade de vida.  Querer reconquistar esse passado seria um retrocesso e o preço a ser pago será muito elevado.  Serão muitas plásticas,  muitos riscos e mesmo assim você verá que não ficou como outrora.  
A flor da idade ficou no pó da estrada.  Então, para que se preocupar?!  Guarda os bisturis e toca a vida.

Você sabe quem enche os consultórios dos cirurgiões plásticos?  Os bonitos.  Você nunca me verá por lá.  Para o bonito, cada ruga que aparece é uma tragédia, para o feio ela é até bem vinda, quem sabe pode melhorar, ele ainda alimenta uma esperança.  Os feios são mais felizes, mais despreocupados com a beleza, na verdade ela nunca lhes fez falta, utilizaram-se de outros atributos e recursos.  Inclusive tem uns que melhoram na medida em que envelhecem.  Para que se preocupar com as rugas, você demorou tanto para tê-las!  Suas memórias estão salvas nelas.  Não seja obcecado pelas aparências, livre-se das coisas superficiais.  O negócio é zombar do corpo 
disforme e dos membros enfraquecidos.

Essa resistência em aceitar as leis da natureza acaba espalhando sofrimento por todos os cantos.  Advêm consequências desastrosas quando se busca a mocidade eterna, as infinitas paixões, os prazeres sutis e secretos, as loucas alegrias e os desenfreados prazeres. Isso se transforma numa dor que você não tem como aliviar e condena à ruína sua própria alma.  Discreto, sem barulho ou alarde, aceite as imposições da natureza e viva a sua fase.  Sofrer é tentar resgatar algo que deveria ter vivido e não viveu.  Se não viveu na fase devida, o melhor a fazer é esquecer.

A causa do sofrimento está no apego, está em querer que dure o que não foi feito para durar.  É viver uma fase que não é mais sua.  Tente controlar essas emoções destrutivas e os impulsos mais sombrios. Isso pode sufocar a vida e esvaziá-la de sentido.  Não dê ouvidos a isso, temos a tentação de enfrentar crises sem o menor fundamento. Sua mente estará sempre em conflito se ela se sentir insegura.  A vida é o que importa.  Concentre-se nisso.  A sabedoria consiste em aceitar nossos limites.

Você não tem de experimentar todas as coisas, passar por todas as estradas e conhecer todas as cidades.  Isso é loucura, é exagero. Faça o que pode ser feito com o que está disponível.  Quer um conselho?  Esqueça.  Para o seu bem, esqueça o que passou.  Tem tantas coisas interessantes para se viver na fase em que está.  Coisas do passado não te pertencem mais. Se você tem esposa e filhos, experimente vivenciar algo que ainda não viveram juntos, faça a festa, celebre a vida, agora você tem mais tempo, aproveite essa disponibilidade e desfrute.  Aceitando ou não, o processo vai continuar.  Assuma viver com dignidade e nobreza a partir de agora.  Nada nos pertence.


Tive um aluno com 60 anos de idade que nunca havia saído de Belo Horizonte.  Não posso dizer que, pelo fato de conhecer grande parte do Brasil, sou mais feliz que ele.  Muito pelo contrário, parecia exatamente o oposto.  O que importa é o que está dentro de nós, a velha máxima continua atual como nunca: “quem tem muito dentro precisa ter pouco fora”.

Esse é o segredo de uma boa vida.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Dez dicas para otimizar os estudos

Confira as técnicas de aprendizagem.

Os concursos públicos constituem uma ótima alternativa para obtenção de estabilidade e boa remuneração. Em consequência desse fenômeno, os cursos preparatórios e as listas de inscritos nos certames estão, a cada dia, mais abarrotados. Apesar disso o que vemos é um número estável de aprovados quando o esperado seria um número crescente. Uma explicação é a baixa qualidade do ensino e a despreocupação das pessoas com as técnicas de aprendizagem. A principal solução que vejo para esse problema reside na capacidade de o concurseiro otimizar o seu estudo.
A otimização do estudo, ou “aprender a aprender”, é como “ler o manual” da máquina mais complexa que temos, o nosso cérebro, o que consiste na constante revisão do que faz bem para ele, além de focar naquilo que é verdadeiramente um diferencial, como a qualidade do aprendizado e não a quantidade. Há quem estude 12 horas por dia e tenha um resultado prático inferior ao de outra pessoa que estuda apenas uma hora por dia. O processo de otimização permite, por exemplo, estudar por uma mesma quantidade de horas, obtendo-se um considerável ganho em agregação de novos conhecimentos.
Dez dicas para otimizar os estudos
O mais interessante é que serve para todos, posto que a inteligência pode ser aperfeiçoada, independente do seu quociente intelectual (QI). O fato é que é possível aprender a ser mais inteligente, bem como a desenvolver espécies diferentes de inteligência, bastando, para isso, certo esforço. Caso contrário, continuaremos lidando com um número de aprovações que poderia ser muito melhor.
Dicas de otimização
1. Para aprimorar a memória, utilize imagens mentais, ícones e revisões constantes. Marcar, grifar e repetir são boas técnicas de “etiquetação” mental.
2. Para otimizar o tempo, monte e respeite, o máximo possível, seu quadro horário. Aproveite horários “vagos” para estudar. Trânsito, banheiro e ônibus são santuários do saber.
3. Faça pausas! A cada hora de estudo, pare por 10 ou 15 minutos. Aproveite para ir ao banheiro, pegar água e se alongar nesse intervalo.
4. Fuja de TV e telefone durante suas pausas!
5. Faça uma redação por dia e, no dia seguinte, corrija a anterior. Com isso, você treinará sua redação para economizar tempo na hora da prova e poderá aprimorar seu texto.
6. Se possível, deixe a leitura de e-mails e redes sociais apenas para sua hora de descanso.
7. Monte um banco de dados de questões. Dessa forma você não precisará interromper seu estudo para procurar por questões de uma ou de outra disciplina.
8. Costumo sugerir que a véspera de prova seja um dia de descanso. Isso reduz a ansiedade e tranquiliza o candidato.
9. No dia da prova, antes de iniciá-la, divida seu tempo, separando alguns minutos para preencher o cartão de respostas.
10. Independente do resultado da prova, se você for continuar estudando, refaça as questões recorrendo aos livros da matéria.