POR YGOR SALLES
12/02/14
A CGU (Controladoria Geral da União) colocou no ar em meados do ano passado uma campanha publicitária nas redes sociais alertando para o que chama de ‘pequenas corrupções’. O órgão, responsável por fomentar a transparência nas contas do governo (leia-se ajudar a combater a corrupção), publicou uma série de imagens pedindo para as pessoas que deixem de lado certos hábitos que chamou de pequenas corrupções –furar fila, falsificar carteirinha de estudante, etc. Até aí, normal. Teve uma boa repercussão, mas nada de extraordinário.
Porém, na manhã do último domingo, o órgão federal juntou as recomendações em uma imagem só e recolocou no ar. O resultado foi surpreendente: a postagem já tem mais de 110 mil compartilhamentos e 6 milhões de visualizações, algo notável para uma página com pouco menos de 39 mil seguidores. Para comparar, o post mais compartilhado da história da Folha e os seus mais de 3 milhões de seguidores, o da morte de Nelson Mandela, teve pouco mais de 22 mil compartilhamentos.
“Nunca vimos algo parecido nem nas outras páginas do governo, que monitoramos para podermos ter base de comparação”, diz a chefe da comunicação do CGU, Thaisis Barboza.
Mas por qual motivo a campanha é tão compartilhada? O principal é que o assunto suscita polêmica.
Ela ataca uma das mais famosas leis não escritas deste país, a ‘Lei de Gérson’ –aquela que diz que “o importante é levar vantagem em tudo”. O problema dela é que, ao levar vantagem em tudo, geralmente se leva vantagem de forma imoral ou até ilícita. Muitas das atitudes são comuns entre os brasileiros –todo mundo conhece alguém que já aceitou troco errado, subornou um guarda, etc. “São mensagens de coisas que acontecem no nosso dia a dia, ou porque fazemos ou porque conhecemos quem faça. Estamos sujeitos a elas”, diz Thaisis.
Além do interesse legítimo de combater tais atitudes, a campanha viraliza porque, ao postar a imagem, o internauta dá aquele chutinho no calcanhar do amigo/parente fã da ‘Lei de Gérson’. Afinal, quem não tem aquele tio que brada contra a corrupção enquanto assiste ao ‘gatonet’ que instalou em casa?
Porém, na manhã do último domingo, o órgão federal juntou as recomendações em uma imagem só e recolocou no ar. O resultado foi surpreendente: a postagem já tem mais de 110 mil compartilhamentos e 6 milhões de visualizações, algo notável para uma página com pouco menos de 39 mil seguidores. Para comparar, o post mais compartilhado da história da Folha e os seus mais de 3 milhões de seguidores, o da morte de Nelson Mandela, teve pouco mais de 22 mil compartilhamentos.
“Nunca vimos algo parecido nem nas outras páginas do governo, que monitoramos para podermos ter base de comparação”, diz a chefe da comunicação do CGU, Thaisis Barboza.
Mas por qual motivo a campanha é tão compartilhada? O principal é que o assunto suscita polêmica.
Ela ataca uma das mais famosas leis não escritas deste país, a ‘Lei de Gérson’ –aquela que diz que “o importante é levar vantagem em tudo”. O problema dela é que, ao levar vantagem em tudo, geralmente se leva vantagem de forma imoral ou até ilícita. Muitas das atitudes são comuns entre os brasileiros –todo mundo conhece alguém que já aceitou troco errado, subornou um guarda, etc. “São mensagens de coisas que acontecem no nosso dia a dia, ou porque fazemos ou porque conhecemos quem faça. Estamos sujeitos a elas”, diz Thaisis.
Além do interesse legítimo de combater tais atitudes, a campanha viraliza porque, ao postar a imagem, o internauta dá aquele chutinho no calcanhar do amigo/parente fã da ‘Lei de Gérson’. Afinal, quem não tem aquele tio que brada contra a corrupção enquanto assiste ao ‘gatonet’ que instalou em casa?
A mudança por um Brasil mais ético deve começar em cada um de nós.
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