Por Vanessa Barbosa,
Energia "móvel" e limpa
Tão grande quanto a necessidade de celulares e outros eletrônicos portáteis na vida moderna é a dependência que desenvolvemos por fontes de energia para recarregar as baterias. Se estamos no conforto da nossa casa ou no escritório, podemos facilmente realizar essa tarefa.
Mas se estamos no meio do nada, numa praia, acampando na floresta ou simplesmente em um lugar sem acesso a eletricidade, a coisa pode complicar. Atentos à questão, engenheiros e designers pelo mundo têm bolado soluções inovadoras (algumas até surreais) de acabar com o sufoco, com projetos que geram energia de maneira limpa e renovável. Veja algumas da propostas mais curiosas nos próximos slides.
SolePower, a palmiha que recarrega o celular
A startup SolePower desenvolveu uma palmilha de sapato que gera energia quando você caminha. De acordo com a empresa, uma caminhada de quatro quilômetros seria suficiente para para abastecer pequenos aparelhos eletrônicos, como celulares. A energia gerada é armazenada em uma bateria conectada a um cabo USB. O diferencial do SolePower, no entanto, é o fato de se tratar de um dispositivo removível, que não precisa ser incorporado em apenas um sapato. Isso significa que você pode trocá-lo entre o seu par de tênis favoritos, uma bota ou sapato social.
Respiração eletrificada
Se você é daqueles que curtem acampar, a máscara ao lado, criada pelo designer brasileiro João Paulo Lammoglia, pode ser uma opção engenhosa para recarregar celulares ou outros aparelhos eletrônicos. Chamada de AIRE, a máscara possui pequenas turbinas que geram energia com o deslocamento do ar através da respiração da pessoa. A energia cinética gerada é então transformada em energia elétrica e transferida para um dispositivo através de um cabo USB. “É uma energia disponível 24 horas por dia, sete dias por semana”, explica o designer em seu site.
Tomada solar
A firma de design industrial Kyuho Song & Boa Oh criou um carregador portátil que, quando afixado no vidro na presença da luz do sol, é capaz de produzir eletricidade com ajuda de um conversor. O aparelho possui painéis solares em um dos lados e conta com baterias de íons de lítio, que armazenam a energia convertida. São necessárias de cinco a oito horas por dia para uma carga completa. Mas calma, o projeto ainda não chegou às vias comercias de fato. Seus criadores esclarecem ao site Yanko Design que trata-se de um produto conceitual que ainda precisa de melhorias técnicas para atingir escala comercial.
Short termelétrico
A empresa britânica de telecomunicações Vodafone anunciou no mês passado, a tempo do festival de música de Isle of Wight, na Inglaterra, um short jeans que pode realmente carregar um celular, aproveitando a energia termelétrica e cinética do corpo. Se um pessoa vestir o ‘Power Shorts’ durante o dia inteiro garante energia suficiente para estender a bateria de celular por até quatro horas. O projeto foi desenvolvido com ajuda do Departamento de Eletrônica e Ciência da Computação da Universidade de Southampton, no Reino Unido.
Tecido converte calor em energia
Uma equipe de pesquisadores do Centro de Nanotecnologia da Universidade Wake Forest anunciaram o desenvolvimento de uma espécie de filtro termoelétrico capaz de produzir energia a partir do calor libertado pelo corpo humano. Com isso, a energia despendida durante uma caminha intensa ou pela prática de exercícios físicos seria suficiente para recarregar celulares e outros aparelhos portáteis. Chamado de “Power Felt” ("feltro de energia", no português), ele é formado por nanotubos de carbono que geram energia a partir da diferença de temperatura entre o corpo e o meio ambiente. Apesar de promissor, o projeto precisa de tempo e investimento para ganhar corpo e chegar ao mercado.
Camiseta "sonora"
Imagine ir a um festival de música sem esquentar a cabeça com a bateria do celular? A startup britânica Orange desenvolveu a camiseta ideal para garantir esse sossego. Batizada de “Sound Orange”, a camiseta é capaz de transformar a energia do som em eletricidade. Dois dias de música, segundo a empresa, seriam suficientes para recarregar por completo um smartphone. Por trás dessa “mágica” está um dispositivo acoplado à camiseta que utiliza a tecnologia de filmes piezoelétricos, encontrados em alto falantes, e serve para absorver as ondas sonoras. O som captado passa então por uma compressão com cristais de quartzo para se transformar em eletricidade.
Botas turbinadas
Outra empreitada da empresa de tecnologia britânica Orange foram as botas “Power Boots”, desenvolvidas para o festival de Glastonbury, o maior festival de música do mundo a céu aberto, que acontece no Reino Unido. Mais do que manter os pés de seus donos protegidos e aquecidos – elas também geram energia para pequenos aparelhos eletrônicos a partir do calor dos pés. Doze horas andando, dançando ou realizando qualquer outra atividade com as botas podem gerar energia térmica suficiente para fornecer o equivalente a uma hora de carga para um celular. A capacidade de recarga é diretamente proporcional à quantidade de movimento realizada e ao calor gerado no interior das galochas.
Electree: carregador solar
Já pensou em recarregar a bateria do seu celular em uma mini árvore? Pois é, a designer Vivien Muller não só pensou, como transformou a ideia em realidade ao criar a Electree, um pequeno aparelho em forma de bonsai que capta a energia solar e a converte em eletricidade. Vem daí o nome do projeto, que une “Elec” de Electricity (eletricidade em inglês) com “tree”, de árvore. Dono de um design elegante e atraente, este carregador conta com 27 mini-paineis e uma bateria interna que, em tempos nublados, seria capaz de abastecer um Iphone 5 até nove vezes.
E o vento recarregou
Com o dispositivo iFan é possível recarregar o celular com ajuda de uma ventoinha. Se você está numa praia onde venta forte, ou escalando uma montanha ou pedalando uma bike, é só deixar o aparelho envolto na capinha aos sabores do vento para o ventilador interno começar a girar. A criação é do designer Tjerd Veenhoven, da Holanda.
Pisada elétrica
Como trabalho de conclusão de curso, estudantes de engenharia da Universidade de Rice, em Houston, no Texas, criaram um par de tênis que é capaz de aproveitar a energia mecânica do movimento dos pés e gerar uma corrente elétrica para abastecer pequenos aparelhos eletrônicos, como celulares. Um dispositivo acoplado sob a base do calcanhar no solado do tênis converte o movimento em eletricidade. O protótipo garante energia suficiente para carregar uma bateria de celular. Entretanto, algumas melhorias técnicas ainda são necessárias para tornar o protótipo atrativo para o mercado, como o tamanho do aparelho, muito grande e pesado para ser usado com conforto no dia a dia.
Fonte: http://exame.abril.com.br/
Energia "móvel" e limpa
Tão grande quanto a necessidade de celulares e outros eletrônicos portáteis na vida moderna é a dependência que desenvolvemos por fontes de energia para recarregar as baterias. Se estamos no conforto da nossa casa ou no escritório, podemos facilmente realizar essa tarefa.
Mas se estamos no meio do nada, numa praia, acampando na floresta ou simplesmente em um lugar sem acesso a eletricidade, a coisa pode complicar. Atentos à questão, engenheiros e designers pelo mundo têm bolado soluções inovadoras (algumas até surreais) de acabar com o sufoco, com projetos que geram energia de maneira limpa e renovável. Veja algumas da propostas mais curiosas nos próximos slides.
SolePower, a palmiha que recarrega o celular
Respiração eletrificada
Tomada solar
A firma de design industrial Kyuho Song & Boa Oh criou um carregador portátil que, quando afixado no vidro na presença da luz do sol, é capaz de produzir eletricidade com ajuda de um conversor. O aparelho possui painéis solares em um dos lados e conta com baterias de íons de lítio, que armazenam a energia convertida. São necessárias de cinco a oito horas por dia para uma carga completa. Mas calma, o projeto ainda não chegou às vias comercias de fato. Seus criadores esclarecem ao site Yanko Design que trata-se de um produto conceitual que ainda precisa de melhorias técnicas para atingir escala comercial.
Short termelétrico
A empresa britânica de telecomunicações Vodafone anunciou no mês passado, a tempo do festival de música de Isle of Wight, na Inglaterra, um short jeans que pode realmente carregar um celular, aproveitando a energia termelétrica e cinética do corpo. Se um pessoa vestir o ‘Power Shorts’ durante o dia inteiro garante energia suficiente para estender a bateria de celular por até quatro horas. O projeto foi desenvolvido com ajuda do Departamento de Eletrônica e Ciência da Computação da Universidade de Southampton, no Reino Unido.
Tecido converte calor em energia
Uma equipe de pesquisadores do Centro de Nanotecnologia da Universidade Wake Forest anunciaram o desenvolvimento de uma espécie de filtro termoelétrico capaz de produzir energia a partir do calor libertado pelo corpo humano. Com isso, a energia despendida durante uma caminha intensa ou pela prática de exercícios físicos seria suficiente para recarregar celulares e outros aparelhos portáteis. Chamado de “Power Felt” ("feltro de energia", no português), ele é formado por nanotubos de carbono que geram energia a partir da diferença de temperatura entre o corpo e o meio ambiente. Apesar de promissor, o projeto precisa de tempo e investimento para ganhar corpo e chegar ao mercado.
Camiseta "sonora"
Imagine ir a um festival de música sem esquentar a cabeça com a bateria do celular? A startup britânica Orange desenvolveu a camiseta ideal para garantir esse sossego. Batizada de “Sound Orange”, a camiseta é capaz de transformar a energia do som em eletricidade. Dois dias de música, segundo a empresa, seriam suficientes para recarregar por completo um smartphone. Por trás dessa “mágica” está um dispositivo acoplado à camiseta que utiliza a tecnologia de filmes piezoelétricos, encontrados em alto falantes, e serve para absorver as ondas sonoras. O som captado passa então por uma compressão com cristais de quartzo para se transformar em eletricidade.
Botas turbinadas
Outra empreitada da empresa de tecnologia britânica Orange foram as botas “Power Boots”, desenvolvidas para o festival de Glastonbury, o maior festival de música do mundo a céu aberto, que acontece no Reino Unido. Mais do que manter os pés de seus donos protegidos e aquecidos – elas também geram energia para pequenos aparelhos eletrônicos a partir do calor dos pés. Doze horas andando, dançando ou realizando qualquer outra atividade com as botas podem gerar energia térmica suficiente para fornecer o equivalente a uma hora de carga para um celular. A capacidade de recarga é diretamente proporcional à quantidade de movimento realizada e ao calor gerado no interior das galochas.
Electree: carregador solar
Já pensou em recarregar a bateria do seu celular em uma mini árvore? Pois é, a designer Vivien Muller não só pensou, como transformou a ideia em realidade ao criar a Electree, um pequeno aparelho em forma de bonsai que capta a energia solar e a converte em eletricidade. Vem daí o nome do projeto, que une “Elec” de Electricity (eletricidade em inglês) com “tree”, de árvore. Dono de um design elegante e atraente, este carregador conta com 27 mini-paineis e uma bateria interna que, em tempos nublados, seria capaz de abastecer um Iphone 5 até nove vezes.
E o vento recarregou
Com o dispositivo iFan é possível recarregar o celular com ajuda de uma ventoinha. Se você está numa praia onde venta forte, ou escalando uma montanha ou pedalando uma bike, é só deixar o aparelho envolto na capinha aos sabores do vento para o ventilador interno começar a girar. A criação é do designer Tjerd Veenhoven, da Holanda.
Pisada elétrica
Como trabalho de conclusão de curso, estudantes de engenharia da Universidade de Rice, em Houston, no Texas, criaram um par de tênis que é capaz de aproveitar a energia mecânica do movimento dos pés e gerar uma corrente elétrica para abastecer pequenos aparelhos eletrônicos, como celulares. Um dispositivo acoplado sob a base do calcanhar no solado do tênis converte o movimento em eletricidade. O protótipo garante energia suficiente para carregar uma bateria de celular. Entretanto, algumas melhorias técnicas ainda são necessárias para tornar o protótipo atrativo para o mercado, como o tamanho do aparelho, muito grande e pesado para ser usado com conforto no dia a dia.
Fonte: http://exame.abril.com.br/
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